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domingo, 29 de abril de 2018

Como manter um bonsai?




Manter um bonsai não é algo tão complicado - Especialista dá dicas para quem curte as 'árvores miniaturas' - via Revista Encontro


Muito comum no Japão, o bonsai, apesar de ser uma espécie de "árvore em miniatura", corresponde a uma planta adulta que teve o crescimento interrompido por meio de uma poda especial. Normalmentente, ele é vendido em vasos e agrada todos os tipos de pessoas, combinando com qualquer ambiente. No Brasil, o bonsai também conquistou vários fãs, mas demanda cuidados específicos para manter a planta bonita e saudável.

Segundo Marcelo Muller, da Esalflores, de Curitiba (PR), qualquer planta pode virar um bonsai. "O tamanho do bonsai depende do vaso, que é essencial para fazer essa tradicional planta", comenta o especialista. A troca do vaso também deve ser realizada frequentemente (de dois em dois anos), de preferência por profissionais especializados.

Para o bonsai crescer e se manter saudável, o Sol, a água e os adubos são indispensáveis. De acordo com Muller, a árvore deve ficar perto de uma janela para ter incidência solar direta por no mínimo três horas diárias. Ela também pode ficar em ambientes externos, mas desde que se evite que a planta sofra com as mudanças climáticas, como Sol demais ou, até mesmo, geadas.

A quantidade de água é um dos cuidados mais importantes. Essa medida depende da temperatura. "A terra deve estar sempre úmida, nunca encharcada, e a planta não deve ter um pratinho embaixo. A checagem visual deve ser feita com frequência para perceber se o bonsai está precisando de água", destaca o especialista.

Ele lembra ainda que o fertilizante deve ser usado no mínimo a cada 20 dias, sempre seguindo as indicações do fabricante. Em excesso, pode até mesmo matar o bonsai. "O tipo do produto pode ser tanto os genéricos, quanto os específicos para árvores com flores e frutas", diz Marcelo Muller.
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Fonte: Revista Encontro | Manter um bonsai não é algo tão complicado (reprodução) - Imagem: Pixbay

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Dia do Sacerdote




O mais famoso sacerdote da história, Jesus.
("O Sermão do monte", por Carl Heinrich Bloch)
27 de abril. Esta data homenageia uma figura que está intimamente comprometida com os valores e princípios de sua doutrina religiosa, os sacerdotes. 

Os sacerdotes são considerados servos e intermediários entre a humanidade e a divindade a quem cultuam. Por isso, nem todos os dirigentes de uma religião são considerados sacerdotes, apenas intérpretes ou conselheiros dos fiéis.

Seja qual for a religião, a pessoa que escolhe este caminho terá que passar por um processo de aprendizado a fim de exercer esta missão. Somente após a iniciação são aptos a praticarem alguns rituais sagrados que são típicos de suas religiões.

Na religião cristã, os católicos acreditam que os padres são sacerdotes. No entanto, os protestantes não veem seus pastores assim, pois Jesus Cristo seria o único sacerdote. As religiões de matriz africana como o Candomblé e a Umbanda também reverenciam seus líderes como sacerdotes, pois eles são os responsáveis últimos pela comunicação entre os fiéis e os orixás.

A versão feminina dos sacerdotes é conhecida por sacerdotisa, figura que esteve presente nas mais diferentes doutrinas religiosas desde tempos primórdios.

Parabéns a todos aqueles que vivem uma vida de sacrifícios em nome da fé! Com perseverança e dedicação você aceitou o chamado de Deus e representa todo o amor e agradecimento dos seres humanos às maravilhas feitas pelo Divino!

A sua fé e determinação é um exemplo para todos nós! Que continue a ter forças e esperanças para seguir o seu lindo caminho no sacerdócio! Feliz Dia do Sacerdote!
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Fonte / Leia mais: https://www.calendarr.com/brasil/dia-do-sacerdote/ - Imagem: wikipedia

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Pesquisa melhora enzima que degrada plástico



José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP

De 4,8 a 12,7 bilhões de quilos de plástico são lançados anualmente nos oceanos. Mantida a tendência, a quantidade deverá decuplicar por volta de 2025. É o que revelou um estudo publicado na revista Science em 2015, com dados de 2010.

Um dos fatores que fazem com que os plásticos sejam tão utilizados é justamente aquele que mais contribui para sua ameaça ao meio ambiente: a resistência à degradação. Ao ser descartada, uma garrafa PET (polietileno tereftalato) pode permanecer no meio ambiente por 800 anos.

Com tudo isso, é fácil entender o grande interesse suscitado pela descoberta de uma enzima capaz de digerir o polietileno tereftalato. E a enzima, denominada PETase, acaba de ter sua capacidade de degradar o plástico incrementada. A novidade foi descrita em artigo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS).

Dois pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (IQ-Unicamp) participaram da pesquisa, em colaboração com pesquisadores do Reino Unido (University of Portsmouth) e dos Estados Unidos (National Renewable Energy Laboratory). São o pós-doutorando Rodrigo Leandro Silveira e seu supervisor, o professor titular e pró-reitor de Pesquisa da Unicamp Munir Salomão Skaf.

A participação foi apoiada pela FAPESP por meio de Bolsa de Pós-Doutorado e de Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior concedidas a Silveira e do Centro de Pesquisa em Engenharia e Ciências Computacionais, coordenado por Skaf e um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) mantidos pela Fundação.

“Usado principalmente na fabricação de garrafas de bebidas, o polietileno tereftalato é também muito empregado na confecção de roupas, tapetes e outros objetos. Em nossa pesquisa, caracterizamos a estrutura tridimensional da enzima capaz de digerir esse plástico, a engenheiramos, aumentando seu poder de degradação, e demonstramos que ela é também ativa em polietileno-2,5-furanodicarboxilato (PEF), um substituto do PET fabricado a partir de matérias-primas renováveis”, disse Silveira à Agência FAPESP.

O interesse pela PETase surgiu em 2016, quando um grupo de pesquisadores japoneses, tendo à frente Shosuke Yoshida, identificou uma nova espécie de bactéria, Ideonella sakaiensis, capaz de usar o polietileno tereftalato como fonte de carbono e energia – em outras palavras, capaz de se alimentar de PET. Trata-se, até hoje, do único organismo conhecido com essa capacidade. Ele, literalmente, cresce sobre o PET.

“Além de identificar a Ideonella sakaiensis, os japoneses descobriram que ela produzia duas enzimas que são secretadas para o meio ambiente. Uma das enzimas secretadas era justamente a PETase. Por ter certo grau de cristalinidade, o PET é um polímero muito difícil de ser degradado. Usamos tecnicamente o termo ‘recalcitrância’ para nomear a propriedade que certos polímeros muito empacotados possuem de resistir à degradação. O PET é um deles. Mas a PETase o ataca e o decompõe em pequenas unidades – o ácido mono(2-hidroxietil)tereftálico (MHET). As unidades de MHET são então convertidas em ácido tereftálico e absorvidas e metabolizadas pela bactéria”, disse Silveira.

Todos os seres vivos conhecidos utilizam biomoléculas para sobreviver. Todos menos a Ideonella sakaiensis, que consegue utilizar uma molécula sintética, fabricada pelo ser humano. Isso significa que tal bactéria é resultado de um processo evolutivo muito recente, ocorrido ao longo das últimas décadas. Ela conseguiu se adaptar a um polímero que foi desenvolvido no início dos anos 1940 e só começou a ser utilizado em escala industrial nos anos 1970. Para isso, a PETase é a peça-chave.

“A PETase faz a parte mais difícil, que é romper a estrutura cristalina e despolimerizar o PET em MHET. O trabalho da segunda enzima, que transforma MHET em ácido tereftálico, já é bem mais simples, uma vez que seu substrato é formado por monômeros aos quais a enzima tem fácil acesso por estarem dispersos no meio reacional. Por isso, os estudos se concentraram na PETase”, disse Silveira.

A etapa seguinte foi estudar detalhadamente a PETase e nisso consistiu a contribuição da nova pesquisa. “Nosso foco foi descobrir o que conferia à PETase a capacidade de fazer algo que as demais enzimas não eram capazes de fazer com muita eficiência. Para isso, o primeiro passo foi obter a estrutura tridimensional dessa proteína”, disse.

“Obter a estrutura tridimensional significa descobrir as coordenadas x, y e z de cada um dos milhares de átomos que constituem a macromolécula. Nossos colegas britânicos fizeram esse trabalho por meio de uma técnica bastante conhecida e utilizada, chamada difração de raio X. Eles se serviram de um laboratório muito parecido com o Sirius, que está sendo construído em Campinas”, explicou. Leia mais...
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Fonte: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP - Pesquisa melhora enzima que degrada plástico

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Desigualdade levará à 'barbárie' no longo prazo




Crise, que crise? O número de bilionários brasileiros aumentou quase 40% em 2017 na comparação com 2016, aponta a ONG britânica Oxfam. Em relatório publicado nesta semana, a organização divulgou informações sobre a desigualdade global.

Desigualdade: 5 brasileiros têm riqueza equivalente à soma dos 104 milhões mais pobres.
© AP PHOTO / SILVIA IZQUIERDO

Segundo a Oxfam, a cada dia de 2017 um novo bilionário surgia e 82% de toda a riqueza gerada no ano passado ficou nas mãos do 1% mais rico e nada ficou com os 50% mais pobres.

Ao todo, existem hoje no mundo todo 2.043 bilionários e 90% deles são homens. No Brasil, esta classe de ultrarricos conta com 43 pessoas (em 2016, eram 31). 

Outro ponto destacado pela Oxfam é que as mulheres fornecem, anualmente, US$ 10 trilhões em cuidados não remunerados para sustentar a economia global.

A publicação utiliza como base a lista de bilionários da revista Forbes e do banco Credit Suisse.

A Sputnik Brasil conversou com Rafael Araújo, professor de história e de relações internacionais do Instituto Federal de Sergipe, para entender o significado destas cifras e qual o caminho que o Brasil está trilhando. 

"Ao longo prazo, esse cenário vai levar à barbárie. Não há sistema político e econômico que se sustente com um numero tão grande de indivíduos totalmente à margem", afirma Rafael Araújo.

Para Araújo, o relatório da Oxfam indica uma tendência de crescimento da desigualdade desde a crise econômica mundial de 2009. No caso brasileiro, a situação é ainda mais sensível já que o cenário é acompanhado da "retirada de direitos sociais e trabalhistas".

O professor do Instituto Federal de Sergipe também pontua que os brasileiros têm uma "dificuldade histórica" em discutir distribuição de renda e impostos sobre grandes fortunas — um item que está previsto na Constituição, relembra Araújo.
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Fonte: Sputnik Brasil - Desigualdade levará à 'barbárie' no longo prazo, alerta historiador (reprodução)

terça-feira, 24 de abril de 2018

A Biblioteca Joanina, em Portugal




A Biblioteca Joanina, na Universidade de Coimbra, em Portugal, foi mandada edificar por D. João V e ficou concluída entre os anos de 1717 e 1728. Alberga 200 mil volumes, 40 mil dos quais só no piso nobre (o que pode ser visitado). 

As coleções datam dos séculos XVI, XVII e XVIII e representam na sua maioria o que de melhor havia na Europa culta daquele tempo. Com a devida justificação, um investigador pode consultar os livros, sendo que eles são retirados pelos funcionários e levados para a Biblioteca Geral.

A preservação dos exemplares é a principal preocupação, mas o próprio edifício foi construído de maneira a que os livros estivessem cuidadosamente guardados.

-As paredes exteriores têm espessura de 2 metros e 11 centímetros e a porta é de Teca, o que ajuda a manter uma temperatura constante entre 18 a 20 graus centígrados.


-O fato do interior da biblioteca estar todo revestido a madeira, permite uma taxa de humidade relativa de 60%, o que contribui para a estabilidade do ambiente.

Resolvidos os problemas da temperatura e da humidade, falta-nos os insectos. Os papirófagos (insetos que comem papel) são um problema grave no que diz respeito à conservação de livros antigos. Para proteger os volumes, existem duas defesas:

-As estantes são de Carvalho, que é uma madeira bastante resistente e densa o que dificulta a entrada dos bichos, e para além disso exala um odor que os repele!

-Para além disso, no interior desta fantástica biblioteca, existe uma colonia de morcegos. Sim, leram bem: MORCEGOS! As mesas da biblioteca são protegidas todas as noites (porque são também antiguidades!), e os morcegos circulam livremente, comendo os insetos que ainda resistirem.

Vale a pena visitar. É um autêntico templo literário!
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Fonte: http://constelacao-das-letras.blogspot.com/search/label/Curiosidades

segunda-feira, 23 de abril de 2018

11 curiosidades sobre carros no Brasil




Ford-T de 1908, modelo que impulsionou a produção em série
O carro - das línguas celtas, através do latim carru - é um veículo motorizado com quatro rodas. Existem aproximadamente 700 milhões de passageiros de automóveis a nível mundial - cerca de um carro para cada onze pessoas. 

Em todo o mundo, havia cerca de 806 milhões de carros e camiões leves na estrada em 2007, eles queimam mais de 1 bilhão de m³ de gasolina/diesel e combustível por ano. Os números estão aumentando rapidamente, sobretudo na China e na Índia.

Conheça a seguir onze curiosidades, que você provavelmente ainda não sabia, sobre os carros no Brasil:

1. O primeiro carro a subir a serra da Ibiapaba, até a cidade de Ibiapina no Ceará, foi um FORD 1924 modelo T.

2. O primeiro automóvel a rodar nas ruas de Fortaleza, foi um RAMBLER SEDAN 1909 de propriedade do Sr. Júlio Pinto.

3. Você sabia que o Veteran Car Club é uma instituição internacional que congrega, a partir de Berna na Suíça, todos os Clubes de Automóveis Antigos do mundo e que o de São Paulo é filiado ao Veteran Internacional e a Fia?

4. O primeiro "carro de praça", taxi de hoje, surgiu no Rio de Janeiro e era guiado pelo Sr. Felisberto Caldeira, ex-cocheiro de Campos Sales e Rodrigues Alves, que tornou-se assim o primeiro "Chauffer de praça" do Brasil.

5. Este foi o texto da lei que pela primeira vez no Brasil, estabelecia limites de velocidade: "Nos lugares estreitos, ou onde haja acumulação de pessoas, a velocidade será a do homem a passo. Em caso algum poderá a velocidade ir alem de 30 km por hora."

6. O primeiro automóvel a ser desembarcado em solo cearense, foi um PICCOLO 1910 de propriedade do Sr. João Thome de Saboia e Silva. O desembarque ocorreu no porto de Camocim.

7. Um acompanhante assíduo de José do Patrocínio, nos seus passeios pelas ruas e estradas do Rio de Janeiro, era nada mais nada menos que Olavo Bilac. Certo dia tendo resolvido aprender "a difícil arte de dirigir" insistiu para que José do Patrocínio o ensinasse. Numa das lições Olavo Bilac levou o carro de encontro a uma árvore na estrada da Tijuca. Patrocínio ficou desconsolado, mas Bilac, ao contrário, gabava-se de ter sido o precursor no brasil, dos acidentes automobilísticos.

8. Em 1893, todas as lojas do elegante e sofisticado comercio da rua direita, em São Paulo, interromperam suas atividades. Uma verdadeira multidão se comprimia para ver de perto, a passagem de um carro aberto, com quatro rodas de borracha. Era um automóvel a vapor com fornalha, caldeira e chaminé, levando 2 passageiros. Seu orgulhoso "chauffer": Henrique Santos Dumont, irmão daquele que seria mais tarde "O Pai da Aviação". Seu veiculo: um "DAIMLER" inglês de patente alemã que ficaria mais tarde famoso com a marca Mercedes Benz.

9. Em 1917 desta vez no Rio de Janeiro, o povo carioca assistia boquiaberto, a passagem do primeiro automóvel pela cidade. Era José do Patrocínio o famoso "Tigre da Abolição" que saia pelas ruas dirigindo seu veiculo a vapor importado da Franca.

10. Um acompanhante assíduo de José do Patrocínio, nos seus passeios pelas ruas e estradas do Rio de Janeiro, era nada mais nada menos que Olavo Bilac. Certo dia tendo resolvido aprender "a difícil arte de dirigir" insistiu para que José do Patrocínio o ensinasse. Numa das lições Olavo Bilac levou o carro de encontro a uma árvore na estrada da Tijuca. Patrocínio ficou desconsolado, mas Bilac, ao contrário, gabava-se de ter sido o precursor no brasil, dos acidentes automobilísticos.

11. O primeiro carro de motor a explosão a circular no brasil, foi um "DECAUVILLE" 6 cilindros, local: Petrópolis. Seu proprietário: Fernando Guerra Duval, isso aconteceu em 1900.

domingo, 22 de abril de 2018

Dia Internacional da Mãe Terra



Este 22 de abril, é o Dia Internacional da Mãe Terra. "Mãe Terra" é uma expressão comum para o planeta Terra em vários países e regiões, que reflete a interdependência que existe entre seres humanos e outras espécies vivas e o planeta que habitamos. 

A data de 22 de abril tem muitos significados para o mundo. Em 22 de abril de 1970 o senador norte-americano Gaylord Nelson, ativista ambiental, faz a primeira manifestação para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criou a Agencia de Proteção Ambiental e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.

Os grupos de ecologistas utilizavam o dia como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Este dia foi reconhecido pela ONU em 2009, quando a mesma instituiu o Dia Internacional da Mãe Terra, celebrado em 22 de abril.

Utiliza-se este dia também para buscar soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas.

Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.

O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.

O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.

No Dia da Terra todos estamos convidados a participar e promover atividades para a saúde do nosso planeta, tanto em nível global como regional e local.

A Carta da Terra diz “A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais”.

Esta mesma data, 22 de abril, é uma data histórica politicamente em nosso país porque no ano de 1500 o Brasil iniciou a colonização pelos Portugueses, a partir da Bahia, num Porto Seguro, mas, seguro para quem?

Os portugueses ao chegarem aqui com suas 13 caravelas, encontraram um povo que vivia em perfeita harmonia com a natureza, com identidade cultural, com seu próprio modelo de governar, sua medicina, arte, comunicação, economia, espiritualidade, educação e ecologia, eram os POVOS INDÍGENAS. 

Vistos como “POVOS NÃO CIVILIZADOS” foram obrigados a se curvar a colonização europeia e violentados em suas diversas formas, o que gerou um trauma em nossas raízes e temos um Brasil que precisa ser curado em sua essência de interação entre os povos nativos e os povos imigrantes o que fez dar as nossas terras a capacidade de internacionalizá-la, abriu-se para o mundo, mas com muita dor.

O dia 19 de abril, data tão próxima do dia 22, foi estabelecido como Dia do Índio pelo então presidente Getúlio Vargas em 1943, porque em 1940 foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano.

Já em Feira de Santana, no dia 22 de abril de 2015, foi aprovada por unanimidade a Lei Municipal que institui a data de 15 de abril como o Dia Municipal da Preservação e Proteção do Patrimônio Natural e Cultural, Lei que além de ser dinâmica em sua aplicação, pede que os locais que representem o patrimônio natural e cultural façam o uso da Bandeira Internacional da Paz e Cultura, para que sejam protegidos tanto em épocas de violência como em épocas de paz.

Procuramos mostrar nesta reflexão o quanto a data 22 de abril tem significância mundial, nacional e para nossa cidade, mas com um apelo único: Preservar e Proteger a casa comum, a Terra, a partir da preservação e proteção das raízes culturais.

Que a Mãe Terra, tão compassiva, possa nos perdoar por tanta violência que já cometemos em seu corpo planetário, atingindo as diversas criaturas, incluindo o ser humano. Que os povos Indígenas perdoem aqueles que não compreenderam a sua sabedoria de viver em harmonia com a natureza.
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Fonte: Com informações de Nações Unidas e Viva Sustentável (reprodução) Imagem: Wikipedia / Tiradentes


sábado, 21 de abril de 2018

Quem foi Tiradentes?



Joaquim José da Silva Xavier,
o Tiradentes.

Pintura de Oscar Pereira da Silva
O Dia de Tiradentes é comemorado em 21 de abril, e é considerado um feriado nacional no Brasil.

Esta data homenageia a figura do herói nacional Joaquim José da Silva Xavier, popularmente conhecido por “Tiradentes” (referência ao seu ofício de dentista).

A celebração desta data é importante porque Tiradentes é considerado um brasileiro que lutou pela independência de Minas Gerais do domínio dos portugueses.

Quem foi?

Tiradentes foi um dentista, comerciante, minerador, militar e ativista político brasileiro, e atuava na época do Brasil Colonial nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Tiradentes foi reconhecido como herói nacional e um mártir da Inconfidência Mineira, quando a República brasileira foi instalada através de um golpe em 15 de novembro de 1889.

Um dos primeiros atos do novo governo foi transformar a data em que ele foi executado, 21 de abril, em uma festa cívica a ser celebrada nos quartéis.

Tiradentes é considerado um grande líder por ter lutado por seu povo e seus ideais, apesar de ser o mais humilde entre todos os membros do movimento, Tiradentes foi quem assumiu as maiores responsabilidades.

Como morreu?

Tiradentes foi enforcado e posteriormente esquartejado, no Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1792.

Partes de seu corpo foram expostos nos principais centros urbanos do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A sua casa foi queimada, o terreno salgado e todos os seus bens confiscados.

A prisão onde foi encarcerado é a atual sede da Assembleia estadual do Rio de Janeiro e recebe o nome de Palácio Tiradentes. Igualmente, a cidade onde nasceu mudou de nome e passou a se chamar Tiradentes.

Origem do Feriado de Tiradentes

No ano de 1789, uma parte da população de Minas Gerais fez uma tentativa de revolta separatista contra o domínio dos portugueses no Brasil. Tiradentes foi ativista desse movimento e o único condenado à morte por enforcamento.

Por este motivo, as suas ações são reconhecidas como atos heroicos que lhe garantiram o status de importante figura histórica brasileira.

O feriado foi estabelecido pela Lei Nº 4.897/1965 durante o governo do presidente Castelo Branco.

O nome de Tiradentes está escrito no Panteão da Pátria e da Liberdade Brasileiro (conhecido como o “Livro dos Heróis da Pátria”) desde 21 de abril de 1992.

Curiosidade

Durante a ditadura militar brasileira (1864-1985), Tiradentes foi retratado como barba e cabelos compridos para se assemelhar a Jesus Cristo. Mas é provável que tivesse a cabeça raspada e o rosto barbeado, como era comum fazer para evitar os piolhos entre os prisioneiros.

Tiradentes é Patrono Cívico do Brasil. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional. É também patrono das Polícias Militares e Polícias Civis dos Estados.
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Fonte:  https://www.calendarr.com/brasil/tiradentes/ (reprodução) Imagem: Wikipedia / Tiradentes

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Alimentos funcionais e plantas medicinais no controle da obesidade

Potenciais alimentos funcionais e plantas medicinais pesquisados no controle da obesidade e suas comorbidades   via UFMS¹  "O conhecimento empírico do uso de plantas consideradas medicinais e o efeito de possíveis alimentos funcionais para tratamento ou prevenção da obesidade e suas comorbidades desperta interesse dos nutricionistas que enfrentam a preocupante realidade do alto consumo de uma dieta rica em açúcares e gorduras, recheada de produtos industrializados....
Exsicata graviola
Potenciais alimentos funcionais e plantas medicinais pesquisados no controle da obesidade e suas comorbidades 

via UFMS¹

"O conhecimento empírico do uso de plantas consideradas medicinais e o efeito de possíveis alimentos funcionais para tratamento ou prevenção da obesidade e suas comorbidades desperta interesse dos nutricionistas que enfrentam a preocupante realidade do alto consumo de uma dieta rica em açúcares e gorduras, recheada de produtos industrializados.

Pelo projeto guarda-chuva “Efeitos de plantas típicas da região do Cerrado e Pantanal em modelo experimental de obesidade na síndrome metabólica”, coordenado pela professora do curso de Nutrição Karine de Cássia Freitas, participam cerca de 20 pessoas em pesquisas com potenciais alimentos funcionais e plantas medicinais.

“No ocidente, com esse consumo excessivo de gordura saturada e carboidratos simples, aliado ao sedentarismo – mais horas em frente ao computador, televisão, as pessoas pouco caminham, as famílias já não deixam seus filhos brincarem nas ruas pela questão da violência em alguns bairros, estamos lidando com muitos casos de obesidade que já se iniciam na infância e com esse excesso de peso há aumento da pressão arterial, desenvolvimento do Diabetes Mellitus Tipo II, esteatose hepática, alterações no colesterol e triglicerídeos, entre outras comorbidades”, expõe a professora.

Tudo isso, despertou o interesse para que professores e acadêmicos de graduação e pós-graduação da UFMS verificassem o potencial de possíveis alimentos funcionais, que têm características para gerar benefícios na prevenção ou tratamento da obesidade e doenças que se associam a esse quadro.

Os alimentos e plantas medicinais estudados são escolhidos por dois motivos básicos: a população já usa para tratar determinada doença – conhecimento empírico ou são alimentos com alguns potenciais já conhecidos e que passam a ser investigados em outros aspectos.

“Como a nossa população, em sua maioria, tem baixo nível sócio-econômico, não tem acesso a médicos e consultas regulares, acabam por recorrer muito a esse tipo de tratamento alternativo, com chás e garrafadas. É importante verificar se há de fato algo verdadeiro, científico, comprovado no uso e se não há risco nesse uso, sendo ainda uma maneira de valorizar a região Centro-Oeste, favorecendo a economia regional e a saúde da população”, diz Karine.

Para investigar o potencial tóxico, os testes estão sendo feitos em ratos e camundongos de laboratório, de acordo com recomendações de órgãos internacionais. Já para avaliação do efeito do alimento ou planta em estudo, são utilizadas rações com características próximas à dieta atual do ocidente, rica em gordura (banha de porco) ou dieta de cafeteria, com chocolate, açúcar, bolachas doces, ou seja, uma mistura hipercalórica. E para comparação há sempre um grupo controle, com alimentação normal que manteria a saúde dos animais.

Após um período de 60 a 90 dias, os animais com excesso de peso e com alterações metabólicas são tratados por igual período. Há ainda modelos em que os animais adoecem ao mesmo tempo em que são tratados, protegendo-os do efeito que aquela dieta causaria.

Pesquisas


Extração de citocinas de tecido adiposo
Pensando em um possível fitoterápico, uma das dissertações de mestrado investigou o potencial da folha de graviola. 

O extrato produzido foi diariamente administrado aos animais, durante três meses após dieta hipercalórica, por meio de gavagem. “Trabalhamos com três doses diferentes para sabermos qual seria a mais efetiva – a partir de apontamentos de estudos anteriores. 

Segundo literatura, a folha da graviola é a segunda planta mais utilizada pela população – após a carqueja – para tratamento de obesidade e está bem adaptada ao Cerrado”, explica Karine.

A pesquisa de mestrado apontou que os animais que receberam o extrato da graviola apresentaram perda de peso; a análise histológica do tecido adiposo do animal demonstrou células com menor tamanho; houve aumento da produção da interleucina 10, uma citocina anti-inflamatória; também foi registrado redução do colesterol LDL, considerado ruim, assim como do VLDL e dos triglicerídeos e na maior dose do extrato ainda houve aumento do colesterol bom – HDL.

Outra possibilidade, segundo a pesquisadora, é tentar entender dentro desse tipo de extrato, qual o composto que está sendo responsável por esses efeitos. “Temos que fazer uma parceria com a Química, para o isolamento de frações e substâncias, e depois testar novamente. Aí poderíamos partir para estudos em seres humanos com um produto mais efetivo, ou mesmo, um fitoterápico”.

A professora enfatiza que, aliado a prática da atividade física e modificação de hábito alimentar, o extrato de graviola parece colaborar na perda de peso, mas não se pode afirmar que alguém pode tomá-lo por longo tempo sem qualquer toxidade.

A folha da cagaiteira – árvore do cerrado – também foi investigada em pesquisa quanto à possibilidade de tratamento para controle de glicemia e da síndrome metabólica. Após o extrato ser administrado por 21 dias aos animais, os resultados apontaram que não houve redução da glicose, mas melhoraram muito outros parâmetros bioquímicos, com aumento do HDL, e diminuição do índice aterogênico.

Outro alimento pesquisado em dissertação de mestrado foi à amêndoa da bocaiuva liofilizada, ou seja, processo de retirada da umidade para conservação, a qual foi triturada e adicionada à ração dos animais.

O alimento tem alto teor de fibra, 25%, principalmente da fibra insolúvel e tem ácido graxo monoinsaturado – cerca de 30%. Por possuir triglicerídeo de cadeia média – ácido graxo imediatamente oxidável, é uma fonte de energia muito rápida.

“Não percebemos benefícios sobre o peso dos animais, mas houve elevação do HDL e a glicose sanguínea reduziu em um dos grupos que consumiu a amêndoa de bocaiuva”, finaliza a professora. 

Outras pesquisas estão em andamento – como análise de compostos extraídos da guavira, e a folha da amoreira, mas para aplicação segura em seres humanos, muitos estudos ainda devem ser realizados."
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Fonte: 1-UFMS » Pesquisa e Extensão » Potenciais alimentos funcionais e plantas medicinais pesquisados no controle da obesidade e suas comorbidades (reprodução)

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Produção de sardinhas em cativeiro é ampliada pela UFSC



Projeto é realizado em parceria entre a UFSC e a Universidade
do Vale do Itajaí (Univali). Foto: Jeferson Dick/Lapmar/UFSC
Laboratório de Piscicultura Marinha da UFSC amplia produtividade de sardinhas em cativeiro - O Laboratório de Piscicultura Marinha (Lapmar) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu melhorias na produção de sardinhas (Sardinella brasiliensis) em cativeiro, no projeto Isca-Viva, lançado em 2009. Entre os objetivos do projeto está a contribuição para o processo de gestão pesqueira, com técnicas de produção e manejo de isca-viva para a pesca de atum.

Uma das principais evoluções  é a reprodução por desova espontânea de sardinhas produzidas em cativeiro. Antes, os pesquisadores somente conseguiam realizar isto com indução de hormônios e reprodutores selvagens. A velocidade da produção de larvas também aumentou: hoje elas são “desmamadas” de 20 a 30 dias após sua eclosão, já podendo ser comercializadas como iscas-vivas na metade do tempo anterior (40-60 dias). A alimentação e exigência nutricional da espécie em cativeiro também foram determinadas, otimizando a produção com baixo custo.

Com os aperfeiçoamentos, a produção do Lapmar, que serve somente à pesquisa atualmente, aumentou substancialmente. “Desde o início dos trabalhos foram poucas, menos de dez, pois era necessário induzir hormonalmente. Agora com desova espontânea, começaram a desovar desde setembro desse ano, sendo 15 vezes no total”, explica o pesquisador Fabio Sterzelecki, que desenvolve pós-doutorado no Lapmar.

O custo de produção é outro fator beneficiado com a pesquisa. “O tempo até ser comercializada como isca-viva foi diminuído em até três vezes. Então, os custos acompanharam esse valor. Como estamos na segunda geração de cativeiro, os resultados melhoraram muito, além do manejo de transporte e de criação em geral serem otimizados”, diz Sterzelecki.

Os pesquisadores do Lapmar estão enviando questionários para os consumidores de sardinha para determinar o preço que poderiam pagar por unidade. “Além disso, está sendo construído um artigo sobre a viabilidade econômica da espécie com os resultados recentes. A estimativa inicial era de 40 centavos, mas como o tempo de produção  foi diminuído em três vezes, e com desenvolvimento de tecnologias mais baratas, então acredito que o custo possa cair agora para  cerca de 10 centavos o juvenil”, relata Sterzelecki.

Outro passo do projeto é o contato com o setor produtivo. “Um diretor da Gomes da Costa (empresa enlatadora de pescados) entrou em contato recentemente para adquirir alguns exemplares de cativeiro para testes na indústria de enlatados. Enviamos 3000 alevinos para engorda no mar em gaiolas flutuantes da Univali e possíveis testes na indústria alimentícia”, conta o pesquisador, que em seu estágio de pós-doutoramento irá testar a produção em larga escala. “Fizemos o primeiro teste intensivo nesse último mês (20-30 dias para isca-viva) e em janeiro  pretendo realizar os primeiros testes em larga escala com alternativas mais baratas”.

O projeto Isca-Viva é desenvolvido pelo Lapmar/UFSC, em parceria com a Univali e a Epagri, e já rendeu duas teses de doutorado, duas de mestrado e um trabalho de conclusão de curso.
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Fonte: Divulga UFSC - Laboratório de Piscicultura Marinha amplia produtividade de sardinhas em cativeiro - Mais informações pelo telefone (48) 3721-6386 ou pelo e-mail lapmar@cca.ufsc.br

domingo, 15 de abril de 2018

Plástica: Seios firmes sem silicone



Técnica reagrupa os tecidos mamários,
deixando a mama firme e ligeiramente mais volumosa
Técnica do jaquetão levanta e aumenta a mama sem usar prótese

Mulheres com seios flácidos que querem resgatar a antiga forma, mas têm receio de usar próteses de silicone já podem recorrer à técnica do jaquetão. Criada pelo cirurgião plástico paulista José Cinotto, a técnica reagrupa os tecidos mamários, deixando a mama firme e ligeiramente mais volumosa. 

“Não é possível afirmar o quanto a mama irá aumentar, pois depende do volume de tecido interno e do grau de flacidez de cada paciente”, diz Cinotto. 

A mama caída é recolocada no lugar por meio da sobreposição dos tecidos internos (glandular e gorduroso) de um lado para outro (como um jaquetão fechado). Em cada mama, o material da esquerda é deslocado e fixado do lado direito e o da direita é deslocado e fixado do lado esquerdo. “Internamente, é como se os tecidos fossem dois braços cruzados, dando suporte à mama e deixando-a rígida e com o formato perfeito. Daí, os seios são levantados naturalmente”, explica o cirurgião. 

O tecido mamário é fixado nas costelas com fios de náilon. A cicatriz é igual à da mamoplastia tradicional: incisão em forma de T invertido e ao redor da auréola. A anestesia é local com sedação ou peridural. A operação dura em média duas horas e meia. Se houver indicação, uma lipoaspiração é feita na região axilar para dar melhor contorno à mama. 

A paciente recebe alta no mesmo dia e pode voltar às atividades diárias em 72 horas. A chance de queda futura com a técnica do jaquetão é bem menor do que com prótese de silicone. “Embora a prótese fique aderida ao músculo peitoral, ela torna-se um peso extra. Com o jaquetão, por não existir peso excedente, há chance menor de queda futura.

Obs.: Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis no blog possuem apenas caráter informativo.
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Fonte: O Dia online | Daniella Daher

sábado, 14 de abril de 2018

Os desafios de uma matriz energética renovável para o meio acadêmico



Rafael Amaral Shayani
Os desafios que uma matriz energética renovável traz para a academia - por Rafael Amaral Shayani

A questão energética tem se mostrado um desafio formidável para a humanidade. O consumo energético mundial cresce ano após ano, baseado em combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural). As fontes renováveis de energia (solar, eólica, etc.), apesar de baterem recordes de crescimento, ainda correspondem a uma fração muito pequena da matriz energética. Como resultado, o setor energético aumenta suas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo cada vez mais para o aquecimento global, na contramão de todos os esforços mundiais em busca do desenvolvimento sustentável.

O setor energético é extremamente conservador. Existe, de forma arraigada, a ideia de que segurança energética é o ponto principal a ser buscado, e que apenas as fontes fósseis são capazes de trazer essa segurança, visto que muitas das fontes renováveis são intermitentes e, consequentemente, sem condições de garantir energia firme.

O Acordo de Paris, entretanto, apresenta uma forma diferente de fazer planejamento energético. Reconhece a importância de abordagens não mercadológicas integradas, holísticas e equilibradas, e também que o combate às mudanças climáticas deve respeitar, promover e considerar suas respectivas obrigações em matéria de direitos humanos, o direito à saúde, os direitos dos povos indígenas, comunidades locais, migrantes, crianças, pessoas com deficiência e pessoas em situação de vulnerabilidade, o direito ao desenvolvimento, bem como a igualdade de gênero, empoderamento das mulheres e a igualdade intergeracional.

Trata-se de uma forma completamente diferente de fazer planejamento energético! Tal mudança de abordagem exige que o tema Energia seja tratado de forma interdisciplinar! Não é mais suficiente que o assunto seja tratado apenas do ponto de vista técnico de engenharia, por exemplo. Questões humanas e sociais devem ser estudadas pelos alunos interessados no tema Energia. 

As seguintes questões devem ser debatidas nas Universidades, fornecendo importantes elementos para que os alunos, que se tornarão os profissionais do futuro habilitados a tratar desse intricado tema, possam tomar decisões com uma visão mais ampla e completa do assunto: qual a relação entre Energia e Meio Ambiente? Energia e Justiça Social? Energia e Saúde Pública? Energia e Direitos Humanos? Energia e Erradicação da Pobreza? Energia e Cidadania Mundial? Energia e Paz Mundial? 

O foco dos estudos energéticos deve deixar de ser as tecnologias e passar a ser o ser humano. Os estudantes devem ser capacitados a analisar os impactos técnicos, sociais e ambientais de determinadas tecnologias, com seus respectivos custos. Não mais podemos considerar as implicações relacionadas com a emissão de gases de efeito estufa de termelétricas fósseis como externalidades; elas devem ser consideradas nos custos e influenciar na decisão de adotá-la ou não!

Outro ponto importante é fazer os alunos refletirem sobre a questão energética como de implicação mundial. Os alunos devem se inspirar nas palavras de Bahá’u’lláh (1817-1892) de que “a Terra é um só país, e os seres humanos, seus cidadãos” e “seja de âmbito mundial a vossa visão e não limitada a vós mesmos” ao considerar soluções energéticas que promovam justiça social e encaminhem a humanidade em direção à paz mundial. Cabe aos professores mudarem o método de ensino, aprofundando questões humanas e sociais nos cursos de engenharia, para formarmos os novos profissionais do século XXI, com uma visão mais ampla e abrangente do que antes.

Rafael Amaral Shayani é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília – UNB e Membro do Laboratório de Fontes Renováveis de Energia
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Fonte: Artigos | UnB - Os desafios que uma matriz energética renovável traz para a academia

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Potencial do queijo como alimento funcional



Queijo emmental feito em escala piloto com linhagens
 bacterianas probióticas - Foto: Raíssa César / UFMG
Pesquisa do ICB investiga potencial do queijo como alimento funcional - Trabalho é realizado em parceria com instituto francês de estudos agronômicosAna Rita Araújo - UFMG

Linhagens de bactérias utilizadas na manufatura dos produtos lácteos estão sendo utilizadas para caracterizar como alimento probiótico o queijo emmental, que está em testes no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, no âmbito de convênio de cooperação com o Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (INRA) da França. A originalidade do trabalho, que foi destacado em reportagem publicada na edição 2012 do Boletim UFMG, está na utilização do queijo como matriz de proteção para linhagens probióticas e na investigação de uma bactéria pouco conhecida, a Propionibacterium freudenreichii.

Desenvolvido pelo doutorando Fillipe Luiz Carmo, o trabalho inclui o estudo de duas outras bactérias, Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii. Totalmente realizado na UFMG, o experimento comprovou que houve melhora do quadro inflamatório intestinal em modelo experimental de colite ulcerativa em camundongos que ingeriram o queijo produzido com as três linhagens bacterianas pesquisadas. 

“O queijo é feito em escala piloto, por uma empresa francesa que utiliza as linhagens bacterianas probióticas indicadas por nós”, explica o doutorando, que é orientado pelos pesquisadores Vasco Azevedo, do ICB, e Gwénaël Jan, do INRA-Rennes. Fillipe Luiz Carmo destaca a complexidade da Propionibacterium freudenreichii, “que está sendo enquadrada entre as chamadas next generation probiotics, ou probióticos do futuro ou de nova geração”.

Outro estudo inédito desenvolvido no ICB em colaboração com o grupo francês e com o grupo do professor Siomar Soares, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, busca desvendar a genômica da bactéria Faecalibacterium prausnitzii, alvo de vários estudos recentes. A tese de doutorado sobre o tema será defendida em maio, na UFMG, pelo pesquisador Leandro Benevides. 

“Muito difícil de ser cultivada, já que morre em ambiente com oxigênio, essa bactéria tem potencial para uso para tratamento, em cápsulas e em transplante de fezes”, comenta o orientador, Vasco Azevedo, acrescentando que a linhagem pode ser usada como marcador, pois sua presença indica que o organismo está saudável. Leia mais...

Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais - Pesquisa do ICB investiga potencial do queijo como alimento funcional (site)

sábado, 7 de abril de 2018

Drogas: Inalantes



É a famosa cola de sapateiro, dos meninos de rua. Produz sensação de euforia e excitação, perturbações auditivas, visuais e até alucinações. A aspiração repetida do solvente pode resultar na destruição de neurônios, provocando perda de reflexos, dificuldade de concentração e déficit de memória.

A maioria dos inalantes deprime o sistema nervoso central (SNC) com efeitos agudos muito semelhantes aos do álcool. Na verdade, muitos usuários de inalantes usam simultaneamente outras drogas, especialmente o álcool. Os efeitos sedativos combinados aos do álcool podem causar morte súbita.

Os sintomas agudos do abuso de inalantes começam com a desinibição, que pode surgir com a excitação, seguida de falta de coordenação, vertigem, desorientação e, então, fraqueza muscular, às vezes alucinações e certamente coma e morte. A morte pode ocorrer cedo e rápido com o abuso de alguns inalantes que causam distúrbios no ritmo cardíaco. Isto é chamado de síndrome da morte súbita por inalação (SSD). Os efeitos no coração são mais prováveis se os níveis de adrenalina forem aumentados através de corrida, excitação ou medo, por exemplo.

Os fluocarbonos disponíveis hoje em dia, principalmente em extintores de incêndio e certos gases anestésicos, são os principais agentes causadores da SSD. Pode ocorrer morte por asfixia se o inalante for aspirado de um recipiente fechado. O vapor dos inalantes toma o lugar do oxigênio no recipiente e nos pulmões.

A falta de oxigênio não é detectada pelo cérebro durante a intoxicação devido aos crescentes efeitos sedativos do inalante. No caso de sobrevivência do usuário, podem ocorrer danos cerebrais permanentes. Nitritos, como o amil nitrito são exceções entre os inalantes porque eles não deprimem o sistema nervoso central.

Eles relaxam os vasos sanguíneos e baixam a pressão sanguínea, causando leves torturas e vertigens, que podem ser sentidas como um "barato" por alguns, mas a principal razão para o uso dos nitritos é a sua pretensa capacidade de aumentar o prazer sexual.

Os inalantes podem reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro, o que pode matar células do cérebro. Uma vez que um inalante chega aos pulmões, ele entra na corrente sanguínea. As substâncias químicas no sangue atingem o cérebro em segundos.  O uso excessivo de alguns inalantes pode causar danos à medula óssea. Isto pode causar uma produção insuficiente de glóbulos vermelhos. A fadiga constante é sintoma deste estado.  O cantato crônico com alguns inalantes pode danificar os rins e o fígado e reduzir suas funções. Se isto acontecer, o corpo fica menos apto para se livrar das toxinas ou produtos do metabolismo (talvez até do próprio inalante).
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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Cafeína, efeitos físicos e psíquicos



Aspectos históricos e culturais

A forma pura da cafeína foi extraída das plantas em 1820, mas atualmente pode ser produzida em laboratório. Em nosso dia-a-dia a encontramos em pequenas quantidades por meio do café, do chá preto, chá mate, guaraná, coca-cola ou da noz de cola.

Café

Infusão feita das sementes do cafeeiro, o café é a bebida que contém cafeína mais consumida no mundo.

O cafeeiro é originário da Etiópia, tendo chegado à Arábia no século XIII e à Turquia no século XVI. Mas é somente com sua chegada à Itália, no princípio do século XVII, que se dá sua grande expansão, pois começaram a surgir, desde então, casas de café por toda Europa, servindo de local de encontro e discussões sérias. Na segunda metade do século XVII, o café chegou à América.

Antes de ser consumido da maneira que conhecemos, o café, há cerca de 700 anos, foi uma comida, depois vinho e também remédio.

No século XVII, em vários condados da Alemanha e na Rússia Czarista, consumidores de café foram condenados à morte.

Tendo se popularizado com sua chegada à Europa, foram os Estados Unidos, após sua independência, que se tornaram o principal consumidor mundial, respondendo hoje pelo consumo de cerca de 1/3 (um terço) do café cultivado no mundo. O Brasil entra, por sua vez, na estatística do café com o primeiro lugar entre os produtores, vindo acompanhado da Colômbia, detentora do segundo.

É também cultivado em Java, Sumatra, Índia, Arábia, África Equatorial, Hawaí, México, Antilhas, América Central e outros países da América do Sul.

Chá ou chá preto

A primeira referência ao chá na literatura chinesa data de 350 d.C.. De origem chinesa, a lenda remete sua descoberta ao imperador Chen Nung, no ano 2737 a.C.. Tendo se difundido no Japão e outros países orientais, chegou à Europa por volta de 1600, através de mercadores vindos do Oriente.

No século XVII, o chá consolidou-se como a bebida nacional da Grã-Bretanha. Na segunda metade desse mesmo século, chegou às colônias americanas. Em 1767, o governo britânico passou a cobrar uma taxa pelo chá ali consumido. Esta taxa foi um dos temas explorados pela resistência anticolonialista na guerra de independência dos Estados Unidos.

Atualmente, o principal consumidor mundial é a Grã-Bretanha, vindo logo em seguida os Estados Unidos. Na produção, o primeiro lugar é da Índia, com a China em segundo. O chá também é produzido no Japão, Sri Lanka, ex União Soviética, Indonésia, Turquia, Bangladesh, Irã, Taiwan, vários países da África e América do Sul, inclusive Brasil.

Erva mate

Nativa da América do Sul, contém relativamente, uma grande quantidade de cafeína. É consumida principalmente como chá ou chá mate, ou chimarrão, bebida popular dos pampas, ou tererê este aqui popular no Paraguai.

A cultura da erva mate é uma grande indústria no sul do Brasil, no Uruguai e Argentina, sendo deles exportada em grande quantidade para toda a América do Sul.

Guaraná

Fruto do guaranazeiro, arbusto trepador originário do estado do Amazonas, seu cultivo foi iniciado pelos índios Maues. Esses objetivavam com o seu consumo realizar trabalhos físicos mais cansativos. O consumo era feito através de dissolução do pó do guaraná em água.

O homem branco teve o primeiro contato com o guaraná por volta do século XVI. É comum encontrarmos hoje refrigerantes com nome guaraná, mas esses são normalmente feitos com sabor artificial. Outra forma comum de consumo, que se assemelha à dos índios Maues, vincula o guaraná à idéia de um produto natural, sendo um produto, nesse caso, pouco popular.

Efeitos físicos e psíquicos

A cafeína é uma droga estimulante consumida por via oral, que em pequenas quantidades aumenta a circulação por provocar dilatação dos vasos sangüíneos. Pode, em dose excessiva, produzir excitação, insônia, dores de cabeça, taquicardia, problemas digestivos e nervosismo.

Alguns a usam para resolver problemas cardíacos, auxiliar pessoas com depressão nervosa decorrente do uso do álcool, ópio e outras drogas. Porém alguns estudiosos não observam nenhum uso terapêutico na cafeína, alertando para o perigo da dependência psíquica e da síndrome de abstinência.
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