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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Potencial do queijo como alimento funcional



Queijo emmental feito em escala piloto com linhagens
 bacterianas probióticas - Foto: Raíssa César / UFMG
Pesquisa do ICB investiga potencial do queijo como alimento funcional - Trabalho é realizado em parceria com instituto francês de estudos agronômicosAna Rita Araújo - UFMG

Linhagens de bactérias utilizadas na manufatura dos produtos lácteos estão sendo utilizadas para caracterizar como alimento probiótico o queijo emmental, que está em testes no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, no âmbito de convênio de cooperação com o Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (INRA) da França. A originalidade do trabalho, que foi destacado em reportagem publicada na edição 2012 do Boletim UFMG, está na utilização do queijo como matriz de proteção para linhagens probióticas e na investigação de uma bactéria pouco conhecida, a Propionibacterium freudenreichii.

Desenvolvido pelo doutorando Fillipe Luiz Carmo, o trabalho inclui o estudo de duas outras bactérias, Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii. Totalmente realizado na UFMG, o experimento comprovou que houve melhora do quadro inflamatório intestinal em modelo experimental de colite ulcerativa em camundongos que ingeriram o queijo produzido com as três linhagens bacterianas pesquisadas. 

“O queijo é feito em escala piloto, por uma empresa francesa que utiliza as linhagens bacterianas probióticas indicadas por nós”, explica o doutorando, que é orientado pelos pesquisadores Vasco Azevedo, do ICB, e Gwénaël Jan, do INRA-Rennes. Fillipe Luiz Carmo destaca a complexidade da Propionibacterium freudenreichii, “que está sendo enquadrada entre as chamadas next generation probiotics, ou probióticos do futuro ou de nova geração”.

Outro estudo inédito desenvolvido no ICB em colaboração com o grupo francês e com o grupo do professor Siomar Soares, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, busca desvendar a genômica da bactéria Faecalibacterium prausnitzii, alvo de vários estudos recentes. A tese de doutorado sobre o tema será defendida em maio, na UFMG, pelo pesquisador Leandro Benevides. 

“Muito difícil de ser cultivada, já que morre em ambiente com oxigênio, essa bactéria tem potencial para uso para tratamento, em cápsulas e em transplante de fezes”, comenta o orientador, Vasco Azevedo, acrescentando que a linhagem pode ser usada como marcador, pois sua presença indica que o organismo está saudável. Leia mais...

Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais - Pesquisa do ICB investiga potencial do queijo como alimento funcional (site)

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