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William Blake: "A Poison Tree" (c. 1794) British Museum |
"Eu estava zangado com meu amigo
Eu contei minha ira – minha ira terminou
Eu estava zangado com meu inimigo
Eu não contei – minha ira cresceu
E eu reguei com lágrimas
Noite e dia com meus medos
E resumi isso com sorrisos
E com suaves artifícios fraudulentos
E cresceu dia e noite
Ate que nasceu uma maçã brilhante
E meu inimigo contemplou-a a brilhar
E ele sabia que era minha
E de meu jardim roubou
Quando a noite escondeu o tronco
De manhã feliz eu vi
Meu inimigo estirado sob a árvore"
A Poison Tree (versão original)
"I was angry with my friend
I told my wrath- my wrath did end
I was angry with my foe
I told it not – my wrath did grow
And I watered it in tears
Night and morning with my fears
And I summed it with smiles
And with soft deceitful wiles
And it grew both night and day
Till it bore an apple bright
And my foe beheld it shine
And he knew that it was mine
And into my garden stole
When the night had veiled the pole
In the morning glad I see
My foe outstretched beneath the tree"
William Blake
Comentários:
Não é possível preservar as rimas quando se quer preservar o sentido original. Este poema joga com sentimentos humanos como:
- Raiva (do inimigo)
- Dissimulação (artifícios fraudulentos)
- Inveja (o inimigo contemplando a fruta de outro)
- Vingança (o inimigo morre com a maçã venenosa)
Algumas palavras pouco comuns:
- Wrath = raiva extrema , ira
- Foe = enemy = inimigo
- Deceitful = enganoso
Leia novamente, agora que você como entender o significado oculto. O poema não parecerá tão simplório, como você pode ter imaginado a princípio.
Imagem: Cópia B pintada à mão de "A Poison Tree", de William Blake, de 1794, atualmente conservada no Museu Britânico.