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sábado, 16 de março de 2019

Shakespeare: "Soneto 33"




O "Soneto 33" foi escrito por William Shakespeare e faz parte dos seus 154 sonetos.

É o primeiro dos quais às vezes são chamados de sonetos estranhos (33-36): poemas preocupados com a resposta do eu-lírico a uma "falha sensual indeterminada" (35) cometida por sua amada.

Na tradução de Thereza Christina Rocque da Motta:

"Já vi muitas manhãs gloriosas cobrirem
Os cumes das montanhas com o olhar soberano,
Beijando com a tez dourada o verde dos campos,
Colorindo pálidos córregos com a divina alquimia,
Não permitindo que as nuvens baixas vaguem
Com aspecto horrendo sobre a face celestial,
E do mundo distante esconder sua visagem,
Fugindo, despercebido, para o Oeste em desgraça.

Mesmo assim, meu sol brilhou cedo, um dia,
Em todo o seu esplendor triunfante sobre o cenho;
Porém, ó dor, ele apenas foi meu por uma hora –
As brumas encobriram-no totalmente agora.

Embora ele, por isso, desdenhe o meu amor;
Os sóis do mundo manterão a sua mácula."

William Shakespeare (1564/1616), foi um poeta, dramaturgo e ator inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon". Os Sonetos de Shakespeare perfazem um conjunto de 154 poemas publicados em 1609, embora as datas de composição sejam imprecisas. Eles tratam de assuntos como amor, beleza, política e mortalidade.

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