quinta-feira, 13 de março de 2025

Eleições 2026 podem ser decididas no tapetão?

Denúncia contra Bolsonaro e o xadrez político de 2026: um jogo decidido no tapetão?

Por Ronald Stresser 

 
 

O que era apenas uma investigação, sobre uma suposta conspiração golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ganha novos atores. O ex-ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Flavio Bierrenbach, apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para ampliar a denúncia contra Bolsonaro. A tese sugere que o ex-presidente também deve responder por crime militar. Para muitos observadores, a movimentação parece mais um lance do jogo político que se intensifica à medida em que o país avança rumo às eleições de 2026.  

Na reunião com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Bierrenbach argumentou que Bolsonaro, como capitão reformado do Exército, pode ter violado o artigo 155 do Código Penal Militar, que trata do incitamento à indisciplina. A pena pode chegar a dois anos de reclusão, além da perda de posto e patente. O ex-ministro justificou sua investida com uma frase contundente: "O dever dos militares é defender a Constituição e não enxovalhar a farda com trama golpista."

A denúncia de Bierrenbach levanta uma questão incômoda: há um esforço institucional para inviabilizar Bolsonaro eleitoralmente? Para seus apoiadores, a resposta é clara. Desde que deixou o Planalto, o ex-presidente enfrenta um cerco jurídico crescente, que já inclui investigações sobre ataques às urnas eletrônicas, suposto uso indevido de joias sauditas e agora, possivelmente, um crime militar.  

O papel de Bierrenbach no embate

O nome de Flavio Bierrenbach não surge ao acaso nesse enredo. Com uma trajetória que transita entre os três poderes, ele foi vereador e deputado pelo MDB antes de chegar ao STM, nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Curiosamente, sua origem política remonta à militância estudantil nos anos 1960, quando liderou a União Nacional dos Estudantes (UNE), ao lado de José Serra e Marcelo Cerqueira.

Agora, com mais de 80 anos e uma longa carreira na magistratura, Bierrenbach ressurge no cenário público como peça-chave na ampliação do cerco jurídico contra Bolsonaro. Mas sua atuação reacende uma questão maior: as eleições de 2026 serão decididas nas urnas ou nos tribunais?

A quem interessa Bolsonaro inelegível?

A sucessão presidencial se aproxima, e o tabuleiro já se movimenta. Se confirmada a inelegibilidade de Bolsonaro, a direita precisará de novos nomes para fazer frente ao PT. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o do Paraná, Ratinho Júnior, e o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, aparecem como alternativas, mas o apelo popular de Bolsonaro ainda faz dele o principal nome do espectro conservador.  

Ao endurecer as acusações, o sistema parece apostar que o melhor caminho para vencer Bolsonaro não é nas urnas, mas no tapetão. Para os eleitores que se identificam com a direita, esse movimento soa como um alerta: é preciso encontrar novas lideranças que possam resistir a essa ofensiva. 

Enquanto isso, Bolsonaro segue no centro do furacão, desafiando o cerco jurídico e testando os limites da democracia brasileira. Se 2022 foi marcado por uma eleição polarizada, 2026 promete ser ainda mais acirrada. Mas a grande pergunta permanece: será uma disputa justa ou um jogo de cartas marcadas?

Reginaldo da Saúde visita o gabinete do deputado Alexandre Curi

Reginaldo da Saúde, em visita ao gabinete do deputado Alexandre Curi (PSD), assumiu o compromisso de fortalecer o diálogo entre o parlamentar e suas bases no estado do Paraná

 
  

Na manhã desta quatta-feira (12/03), o gabinete do deputado estadual Alexandre Curi (PSD) recebeu a visita de Reginaldo do Nascimento Santos, o Reginaldo da Saúde, que é pré-candidato a deputado estadual em 2026 e procura por um partido. O encontro com a assessoria parlamentar do deputado foi marcado por diálogos estratégicos sobre o futuro do Paraná, fortalecendo articulações políticas que podem impactar diretamente as eleições estaduais.  

Reginaldo, que tem se consolidado como uma liderança popular emergente, destacou a importância da reunião e elogiou Alexandre Curi, que é considerado um dos principais nomes para a sucessão do governador Ratinho Júnior.  

"Hoje foi uma visita importante ao deputado Alexandre Curi, um nome forte, preparado e com grande apoio nos municípios. Ele tem trabalho prestado e sabe da responsabilidade que é governar um estado como o Paraná", afirmou Reginaldo. 

A voz do trabalhador na política  

Natural de Nova Cantu e atualmente morador de Curitiba, Reginaldo da Saúde construiu sua trajetória profissional na enfermagem e em diversas áreas ligadas ao atendimento à população. Com um discurso voltado para a defesa dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais, ele tem se apresentado como um nome comprometido com pautas essenciais, como:  

  • Melhores salários para servidores públicos, especialmente professores, profissionais da saúde e segurança; 
  • Aposentadoria justa aos 55 anos, garantindo dignidade aos trabalhadores que dedicaram décadas ao serviço público e privado;
  • Moradia digna para todos, com políticas de habitação acessíveis;
  • Mais investimentos na saúde pública, reduzindo filas e melhorando o atendimento à população. 

"Nosso compromisso é com quem mais precisa. Precisamos de uma política que olhe para os trabalhadores, para os professores, para os profissionais da saúde e da segurança. E isso passa por alianças que fortaleçam essas causas" ressaltou Reginaldo.  

Construindo alianças para 2026

Sem uma legenda definida até o momento, Reginaldo tem conversado com partidos estratégicos, como MDB, PSD, PP e PT, e mantém diálogo com figuras influentes da política nacional, como Zeca Dirceu e Ricardo Barros. Além disso, ele vê Alexandre Curi como um aliado fundamental na busca por melhorias para os municípios paranaenses.  

A visita ao gabinete do deputado não foi apenas uma formalidade, mas um movimento estratégico dentro de uma caminhada política que ganha cada vez mais força. Com humildade, fé e compromisso com o povo, Reginaldo da Saúde segue firme na luta por um Paraná mais justo e igualitário.

quarta-feira, 12 de março de 2025

COP30: O elefante na sala e o desafio de enfrentar a Crise Climática

A carta inspiradora que evita o tema central da crise climática e a pressão dos ambientalistas por mais clareza nas discussões

 
 

Belém, novembro de 2025. A Amazônia será palco de uma das mais importantes Conferências do Clima da história: a COP30. O evento, que promete reunir líderes mundiais, cientistas e ativistas em um esforço conjunto contra a emergência climática, já começou a movimentar o debate global. No entanto, a primeira carta de apresentação da presidência brasileira do evento, publicada no dia 10, acendeu um alerta entre ambientalistas. Em 11 páginas de apelos por um “mutirão internacional”, o documento menciona os combustíveis fósseis – principal motor da crise climática – apenas uma vez.  

A ausência do tema no centro das discussões foi recebida com cautela por especialistas. Para eles, não há como falar em soluções reais sem enfrentar o “elefante no meio da sala”. Quango falamos de emergência climática, os derivados de petróleo são os grandes vilões. A dependência mundial do petróleo e dos srus derivados, do carvão e do gás natural responde por mais de 80% das emissões dos gases de efeito estufa na atmosfera terrestre, mas, por incrível que pareça,  ainda é um tabu nas negociações climáticas.  

“Se a gente quiser resolver o problema, precisamos atacar a raiz dele, que são os combustíveis fósseis”, afirma um ambientalista ouvido pelo Terra. “As conferências do clima sempre patinam nesse ponto, mas já passou da hora de encarar essa discussão de frente.” 

Urgência do debate e peso político da COP30

A carta assinada pelo embaixador André Corrêa do Lago, escolhido pelo presidente Lula para comandar as negociações, aposta em um tom inspirador. O documento fala da emergência climática como um “inimigo comum” e convoca esforços globais, mas evita dar nomes aos principais responsáveis pelo problema.  

Para o Observatório do Clima, rede que monitora políticas ambientais, é um alívio ver a conferência sob liderança de especialistas que compreendem a gravidade da crise. Mas a falta de prioridade para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis preocupa. “Ainda não consta na lista de prioridades da conferência de Belém”, destaca a entidade em nota.  

A hesitação tem razões políticas e econômicas. O Brasil é um país-chave na transição energética, com potencial para liderar discussões sobre energias renováveis. Mas também é um grande produtor de petróleo e tem planos de explorar novas reservas, como na foz do Amazonas. Esse dilema pode explicar a escolha cuidadosa das palavras na carta oficial.  

Policrise: quando tudo se sobrepõe  

Enquanto as negociações diplomáticas tentam encontrar um meio-termo, a crise climática não espera. O aumento de eventos extremos – secas prolongadas, enchentes devastadoras e ondas de calor recordes – já afeta milhões de pessoas, agravando desigualdades e criando um efeito dominó em diversas áreas.

Esse fenômeno tem nome: policrise. O conceito foi criado pelo antropólogo francês Edgar Morin - durante a década de 1990. Ele descreve um mundo onde múltiplas crises se sobrepõem, se entrelaçam e se retroalimentam, tornando os desafios globais ainda mais imprevisíveis. Para Leandro Giatti, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, esse é o cenário atual no qual todos vivemos.

“A sociedade está entendendo a gravidade da crise climática, mas esse entendimento vem pelas consequências que já estão atingindo a população”, afirma. “O que nos falta é um plano real de ação para lidar com isso.”  

Soluções que nascem na base  

A resposta à policrise exige um esforço coordenado entre governos, empresas e sociedade civil. Mas, segundo Giatti, um fator essencial muitas vezes é ignorado: o protagonismo das comunidades mais vulneráveis.  

“Não se trata de deixá-las resolver tudo sozinhas. Pelo contrário, as políticas públicas precisam chegar até elas. Mas essas comunidades têm um enorme poder de adaptação e auto-organização, e isso deve ser valorizado”, explica.  

Em periferias urbanas e regiões rurais, estratégias de sobrevivência já estão sendo implementadas. Redes de solidariedade ajudam a mitigar impactos da fome e da crise hídrica; cooperativas de reciclagem transformam resíduos em renda; movimentos comunitários pressionam por infraestrutura de saneamento e proteção ambiental.  

São ações concretas que, no dia a dia, fazem a diferença – enquanto os grandes debates internacionais ainda tateiam as questões mais espinhosas.  

A COP30 e o que ainda precisa ser dito 

A carta da presidência brasileira da COP30 estabelece um tom de esperança e compromisso. Mas, para ambientalistas e especialistas, falta um passo essencial: enfrentar de vez a questão dos combustíveis fósseis.

O evento em Belém pode ser uma oportunidade histórica para avançar nessa pauta. A pressão internacional já existe. O que se espera agora é que, em novembro, os líderes mundiais não apenas reconheçam o “elefante na sala” – mas finalmente decidam retirá-lo de lá.

Ronald Stresser, da redação.

É agora ou nunca": Moraes alerta para o risco das big techs à soberania nacional

Big Techs sem freio? Moraes avisa: é agora ou nunca! 

 

Min. Alexandre de Moraes clama por urgência na regulamentar bigtechs - ICL

Da redação – A era da impunidade digital pode estar chegando ao fim. Para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a regulamentação das big techs precisa acontecer agora – ou será tarde demais. Em uma aula magna na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o magistrado foi enfático: a resistência dessas gigantes em se submeter à jurisdição brasileira representa um perigo iminente para a soberania do país.  

“Se a reação não for forte agora, vai ser muito difícil conter depois”, advertiu Moraes, apontando para um movimento coordenado das empresas de tecnologia que, percebendo a onda de regulamentação na União Europeia e em outros países, passaram a agir no modo "tudo ou nada".  

A estratégia, segundo o ministro, é simples: evitar qualquer responsabilização. Elas operam livremente, lucram com discursos extremistas e, quando confrontadas, alegam estar acima das leis locais. A comparação feita por Moraes foi contundente: as big techs se comportam como a Companhia das Índias Orientais, o megaconglomerado do século XVII que explorou territórios estrangeiros sob sua própria lei – ou melhor, sem lei alguma.  

A nova arquitetura do poder digital

O Brasil já sente o peso desse embate. Um dos exemplos citados pelo ministro foi a Starlink, empresa de Elon Musk que oferece conexão via satélite. Hoje, são 200 mil pontos de conexão no país. A previsão? Chegar a 30 milhões em dez anos. “Aí não adianta cortar acesso à antena”, alertou Moraes.  

O que está em jogo não é apenas a regulação das redes sociais, mas um novo tipo de poder: o digital. Quem controla a infraestrutura, controla a comunicação – e, consequentemente, a narrativa. O alerta do ministro vai além da economia ou da tecnologia. Trata-se de uma guerra híbrida, onde plataformas privadas podem decidir o que circula e o que some da esfera pública.

Nem precisaríamos de novas leis

Para Moraes, o argumento de que a regulação das redes sociais esbarraria na falta de legislação específica é frágil. Ele defende que as leis já existentes deveriam ser aplicadas sem hesitação. Se discursos de ódio, conteúdos nazistas e fake news são crimes no mundo físico, não faz sentido que sejam monetizados impunemente no mundo digital.  

A premissa é cristalina: as big techs não são neutras. Têm interesses econômicos, políticos e ideológicos bem definidos. "Não podemos acreditar que são imparciais", reforçou.

Críticas previsíveis e "comunismo" inventado

As declarações do ministro reacenderam críticas da direita, que, como de costume, não se aprofundou no conteúdo antes de atacá-lo. No exterior, o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA chegou a incluir Moraes em uma lista de autoridades que supostamente impõem censura digital, ignorando o fato de que ele apenas defende a aplicação da lei contra a desinformação e o extremismo.  

Com bom humor, Moraes ironizou as acusações de que seria comunista por defender limites às big techs. “Diferentemente do que dizem, não sou comunista. Não é possível que acreditem nisso.”  

A piada revela um traço típico do debate público brasileiro: qualquer tentativa de estabelecer regras para o espaço digital é rotulada, sem esforço analítico, como censura. Mas a realidade é mais complexa. O que está em jogo não é a liberdade de expressão, mas o direito das democracias nacionais de estabelecerem limites para evitar que a comunicação digital se torne um campo sem lei – ou, pior, um território dominado por corporações que não devem satisfações a ninguém.  

A regulação não pode mais ser adiada. Como Moraes bem pontuou, a janela de oportunidade está se fechando. Depois, pode ser tarde demais.

Ronald Stresser, para o Sulpost..

Paraná lidera isenção de ICMS na cesta básica

Paraná lidera isenção de ICMS na cesta básica e alivia bolso do consumidor - Medida garante preços mais baixos e inclui todas as proteínas animais, tornando o estado referência na desoneração de alimentos essenciais

 
Foto: Jelson Lucas / Arquivo AEN
 

Se tem um lugar onde o consumidor sente o impacto direto da carga tributária, esse lugar é o supermercado. Basta ir às compras para constatar que não existe mais nenhum gênero alimentício barato no Brasil. Mas para os paranaenses a conta está saindo um pouco menos pesada. 

Atualmente, o Paraná lidera o ranking nacional de isenção do ICMS - impisto estadual que incide sobre os produtos da cesta básica brasileira - garantindo assim que mais itens de primeira necessidade cheguem às prateleiras sem a incidência desse imposto.

De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 21 dos 32 produtos mais consumidos pelos brasileiros têm alíquota zerada no Paraná, o que representa 65% do total. Entre os destaques, o estado é o único do país a isentar do ICMS todas as proteínas animais: carnes bovina e suína, frangos, peixes e ovos. Nos demais estados, no máximo duas proteínas contam com a mesma isenção. No restante da Região Sul, por exemplo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul zeram o imposto apenas para ovos.

E a lista de produtos isentos no Paraná vai além: queijos, manteiga, arroz, feijão, frutas, verduras, legumes, café, açúcar, óleos de soja e vegetal, farinhas de trigo, mandioca e milho, massas e leite em pó também fazem parte do grupo de itens desonerados.  

Impacto na economia doméstica

A medida tem um efeito direto na economia das famílias. Com o ICMS zerado, o preço final desses produtos ficam mais acessíveis, aliviando o orçamento, principalmente para os mais vulneráveis.

"A desoneração dos produtos da cesta básica é uma medida que beneficia todos os paranaenses porque, na prática, diminui a carga de impostos e reduz o preço final das compras. Isso é ainda mais importante em momentos críticos da economia como o atual", destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.  

A decisão do estado de ampliar a isenção não é de hoje. Desde 2019, o Paraná aumentou significativamente o número de itens beneficiados. Há cinco anos, eram 500 mil produtos sem ICMS. Hoje, esse número saltou para 1,8 milhão, de acordo com a Receita Estadual. Esse crescimento se deve à classificação específica de cada alimento. Por exemplo, diferentes tipos de arroz contam como itens distintos na contabilidade do benefício.  

Paraná no topo do ranking 

Se comparado a outros estados, o Paraná está bem à frente na desoneração da cesta básica. O Amazonas ocupa o segundo lugar no ranking, com 17 itens sem tributação. Na sequência, aparecem o Amapá (14) e Alagoas (13). No outro extremo, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal têm apenas quatro produtos isentos.  

Além disso, o Paraná se destaca por isentar alguns produtos que, em outros estados, continuam tributados. Apenas o Paraná e o Amazonas, por exemplo, isentam a farinha de trigo. Já o café é livre de ICMS apenas no Paraná e no Amapá. Enquanto isso, estados como Bahia, Roraima e Amazonas chegam a cobrar até 20% sobre esse item básico no café da manhã dos brasileiros.

Impostos menores, maior acesso à comida

A desoneração da carga tributária que incide sobre os alimentos é uma estratégia que vai além fo alívio no bolso dos consumidores, ela também fortalece os setores produtivos e comerciais.

"O que promove a baixa de preços é o equilíbrio entre oferta e demanda, mais produtividade e absorção de custos. No Paraná, conseguimos isso com 21 dos 32 produtos da cesta básica isentos de ICMS. Isso ajuda tanto quem produz quanto quem compra no supermercado", explicou o secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara.  

O ICMS é a principal fonte de arrecadação dos estados e, ao mesmo tempo, um dos tributos que mais impactam o bolso da população. Com políticas de desoneração, o Paraná se consolida como um modelo de alívio fiscal, permitindo que mais pessoas tenham acesso a alimentos essenciais sem o peso dos impostos no preço final.  

Com a cesta básica mais leve para o bolso, o Paraná mostra que reduzir tributos pode ser uma estratégia eficaz para garantir mais comida na mesa das famílias.

Redação Sulpost, com informações da AEN.

terça-feira, 11 de março de 2025

Argentina propõe flexibilização do Mercosul

Argentina desafia bases do Mercosul com proposta de flexibilização e expõe tensão nos bastidores - Sob influência dos EUA, Milei tenta minar o bloco e sinaliza a Washington; Brasil resiste 

Por Ronald Stresser, da redação - Sulpost

 
Presidente da Argentina, Javier Milei - Getty Images
 

A reunião de hoje (13), do Mercosul, em Buenos Aires, expôs uma fratura no bloco. Sob a presidência de Javier Milei, a Argentina propôs que os países do grupo pudessem negociar acordos comerciais de forma independente, sem precisar do aval dos demais membros. A ideia, que na prática diluiria a coesão do Mercosul, encontrou forte resistência, especialmente do Brasil.  

Diplomatas brasileiros e paraguaios não esconderam o desconforto com a iniciativa, que, segundo eles, ameaça a estrutura de um bloco baseado na tomada de decisões por consenso. “O Mercosul não é um clube de negócios avulsos. Se cada país seguir sozinho, não há bloco”, disse um negociador brasileiro sob condição de anonimato. O protocolo de Ouro Preto, que rege a governança do grupo, exige unanimidade para mudanças nas regras comerciais — um obstáculo que Milei tenta contornar.  

A proposta argentina já era esperada desde o início do governo Milei, mas ganha força agora em um contexto em que os Estados Unidos voltam a olhar para a América do Sul com mais interesse geopolítico. Washington há tempos busca um alinhamento mais próximo com Buenos Aires, e a ofensiva de Milei pela flexibilização do Mercosul pode ser vista como um aceno à Casa Branca. Ainda assim, não há qualquer proposta concreta de acordo bilateral com os EUA sobre a mesa.

A influência de Trump nos bastidores 

Nos corredores da diplomacia internacional, a leitura é clara: a pressão dos Estados Unidos já foi decisiva para convencer o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a adotar uma postura mais pragmática em relação às negociações de paz. Agora, a mesma lógica pode estar sendo aplicada na América do Sul, com Milei como peça-chave na tentativa de remodelar o Mercosul — uma estratégia que favoreceria uma maior penetração dos EUA na economia da região.  

E se a Casa Branca teve papel crucial para influenciar Zelensky, as atenções se voltam agora para outro tabuleiro geopolítico: a relação entre Donald Trump e Vladimir Putin. Nos bastidores, diplomatas apostam que, assim como os Estados Unidos pressionaram Kiev, caberá a Trump — caso eleito — convencer Putin a ceder em um possível acordo de paz.  

A movimentação argentina, portanto, não é apenas sobre comércio, mas sobre um realinhamento estratégico que coloca o Mercosul no centro de um jogo global mais amplo. Milei aposta no enfraquecimento do bloco como forma de agradar Washington, enquanto Brasil e Paraguai tentam segurar as bases de um projeto que já dura mais de três décadas.  

O embate está apenas começando.

Cessar-fogo à vista? Ucrânia aceita proposta dos EUA e aguarda resposta da Rússia

Negociações em Jeddah podem abrir caminho para um fim duradouro da guerra  

 
 

Após três anos de guerra, a Ucrânia deu um passo decisivo em direção à paz. Em uma reunião de alto nível na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita, representantes ucranianos aceitaram uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia. A resposta do Kremlin ainda é uma incógnita, mas o gesto de Kiev reacende esperanças em meio a um conflito que já ceifou milhares de vidas e redesenhou o mapa geopolítico do leste europeu.  

A decisão ucraniana foi anunciada nesta terça-feira (11) após horas de negociações. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou a aceitação da proposta e reforçou que "a bola agora está no campo russo". O cessar-fogo proposto prevê uma paralisação total dos combates, incluindo ataques aéreos, marítimos e na linha de frente.  

"Essa é a única maneira de iniciar um processo real de negociação para uma paz duradoura", afirmou Rubio.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, também destacou que as discussões abordaram não apenas a trégua temporária, mas também "o que será necessário para que a guerra termine permanentemente".  

EUA retomam apoio militar

A aceitação do cessar-fogo pela Ucrânia vem acompanhada de um gesto significativo de Washington: a retomada imediata do compartilhamento de inteligência e da "assistência de segurança" ao país. Esse suporte havia sido interrompido no dia 5 de março, aumentando a vulnerabilidade de Kiev diante dos avanços russos no leste do território.  

Nos bastidores, o fator Donald Trump também pesa. O ex-presidente, que busca um retorno à Casa Branca, tem sido crítico ao apoio militar à Ucrânia e demonstrou ceticismo sobre a viabilidade de um acordo de paz rápido. Ele e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, protagonizaram um debate tenso no final de fevereiro, no Salão Oval, refletindo as divergências sobre a condução do conflito.  

Zelensky: ‘A Ucrânia está pronta para a paz’

Em um vídeo divulgado após o anúncio, o presidente ucraniano  classificou a proposta como "positiva" e enfatizou que agora cabe aos Estados Unidos convencer a Rússia a aceitar o acordo.  

"A Ucrânia está pronta para a paz. A Rússia deve mostrar sua disposição para parar a guerra ou continuar a guerra. É hora da verdade completa", declarou Zelensky.  

Enquanto as negociações ocorriam em Jeddah, a guerra seguia com sua brutalidade diária. Na madrugada de terça-feira, três pessoas morreram em um ataque com drones na região de Moscou — segundo o governo russo, foi o maior ataque desse tipo desde o início do conflito.

Europa vê ‘passo importante’ 

Líderes europeus receberam a notícia com ceticismo moderado, mas também com esperança. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, escreveu no X (antigo Twitter): "Parece que os americanos e os ucranianos deram um passo importante em direção à paz".  

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que este "pode ser um passo em direção a uma paz abrangente, justa e duradoura para a Ucrânia". Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, destacou a importância do momento e reforçou que "todos precisam redobrar esforços para alcançar uma paz duradoura e segura o mais rápido possível".  

Mas a grande questão permanece: Moscou aceitará? Atualmente, a Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo as regiões do leste e do sul, anexadas após a invasão de 2022. Historicamente, o Kremlin tem rejeitado qualquer proposta que envolva a retirada de tropas desses territórios. 

O que vem agora?

O cessar-fogo de 30 dias pode ser o primeiro passo para um processo de paz mais amplo ou apenas uma pausa temporária antes de uma nova escalada militar. A resposta da Rússia nos próximos dias será determinante.  

Enquanto isso, para os milhões de ucranianos afetados pela guerra, cada dia sem bombardeios já é um alívio. E, para o mundo, a esperança de que essa trégua temporária possa se transformar no primeiro capítulo do fim definitivo do conflito.

Redação Sulpost, com auxílio de I.A.

  

Festa Celebration - O Amor e o Poder - 29 de março na Morgenau do Alto da XV

Festa Celebration - O Amor e o Poder: Uma noite de muito brilho,  nostalgia, amor, poder e  emoção pra valer na Sociedade Morgenau do Alto da XX

 
 

Prepare-se para viver uma noite inesquecível, repleta de brilho, emoção, música e nostalgia! No sábado, dia 29 de março, a Sociedade Morgenau, no Alto da XV, será palco da 19ª edição da Festa Celebration, com o tema O Amor e o Poder. Em plena comemoração do aniversário de Curitiba, a cidade recebe um evento especial para quem ama os clássicos nacionais e internacionais dos anos 70, 80 e 90.

E se o objetivo é reviver as melhores festas dessa época dourada, o line-up da noite não poderia ser mais perfeito. Três grandes atrações prometem incendiar a pista e fazer todo mundo cantar e dançar: Rosana, ABBA Revival e DJ Ricardo Monteiro.

Rosana: A voz que atravessa gerações

 
 

Quem viveu no Brasil entre 1987 e 1988 reconhece de imediato a canção que tem o icônico refrão "como uma deusa", eternizado na trilha sonora da novela Mandala e, anos depois, revivido em um comercial de cerveja que tomou conta da TV em 2017. 

Lançada em 1987, a música O Amor e o Poder fez história e projetou Rosana como uma das vozes mais marcantes da música brasileira. Com um arranjo inesquecível e uma interpretação carregada de emoção, o sucesso atravessou gerações e se mantém vivo no imaginário popular, sendo constantemente regravado pela artista. 

Com mais de cinco milhões de discos vendidos, oito discos de ouro e dois de platina, Rosana é uma das cantoras mais queridas do Brasil. No dia 29 de março, o público terá a chance de ouvi-la ao vivo, interpretando não apenas O Amor e o Poder, mas também outros hits como Nem um Toque e Custe o que Custar. Prepare-se para um show emocionante, digno de um ícone da nossa música!

ABBA Revival: Uma viagem ao melhor do pop internacional 

 
 

Se existe um grupo que definiu a era disco e embalou gerações com sucessos dançantes e inesquecíveis, esse grupo é o ABBA. Com hits como "Dancing Queen", "Money, Money, Money" e "The Winner Takes It All", os suecos conquistaram o mundo e se tornaram referência máxima da música pop. 

E para trazer toda essa energia à Celebration, a banda ABBA Revival, diretamente de Santa Catarina, chega com um show impecável, recriando fielmente a magia do quarteto original. Com mais de 300 apresentações no Brasil, Argentina, Chile e Paraguai, o grupo é conhecido por sua performance vibrante e sua fidelidade musical e visual aos arranjos originais.

Uma apresentação obrigatória para os fãs de flashback internacional, garantindo momentos de pura euforia na pista da Sociedade Morgenau! 

DJ Ricardo Monteiro: O mestre das pistas curitibanas

 
 

Nenhuma festa de respeito acontece sem um DJ que conheça a alma da pista. E na Celebration, quem comanda o som é DJ Ricardo Monteiro, um dos nomes mais respeitados das noites curitibanas.

Com passagens por rádios e casas noturnas renomadas como a Transamérica e o Clube Curitibano, Ricardo Monteiro é especialista em criar o clima perfeito, costurando clássicos dos anos 70's, 80's e 90's em uma seleção que não deixa ninguém parado. Ele abre e encerra a noite garantindo que a energia da pista esteja sempre no auge!

Uma noite para ficar na história 

Se você sente saudades das festas épicas do passado, essa é a oportunidade perfeita para reviver tudo isso com música de qualidade, pista cheia e um público apaixonado pelos clássicos.

A Festa Celebration – O Amor e o Poder não é apenas uma festa, mas sim uma celebração atemporal dos sons que marcam todas as épocas, um reencontro com as melhores memórias da vida e uma chance de criar novas lembranças ao lado de amigos e pessoas que compartilham do mesmo amor pela boa música. 

Mas atenção! Os ingressos são limitadíssimos e costumam esgotar rápido! 

Serviço 

📅 Data: 29 de março (sábado)

🕗 Horário: A partir das 20h

📍 Local: Sociedade Morgenau – Alto da XV

🎟 Ingressos e informações: (41) 99552-8070 – Fale com o Dino no SAC da Celebration! GO INGRESSOS.

Garanta o seu e venha celebrar as músicas que nunca saem de moda! Reencontre amigas, amigos, conheça gente bonita e famosa.

 
 

"Nos sentiremos muito honrados com sua presença neste momento único, com a Cantora Rosana, que estará em Curitiba no dia 29 de março, na Festa CELEBRATION O Amor e o Poder", é o recado da organização do evento para a sociedade curitibana.

A incansável luta da Polícia Rodoviária contra o crime

Na trilha do contrabando: a incansável luta da Polícia Rodoviária contra o crime - Operação em Jesuítas/PR resulta na apreensão de mais de 20 mil pacotes de cigarros ilegais

 
Apreensão da PRF em Cascavel (PR): os cigarros ainda são o produto mais apreendido em ações de repressão ao contrabando - Divulgação/PRF-Paraná
 

Era para ser apenas mais uma patrulha de rotina na PR-239, em Jesuítas, no oeste do Paraná. Mas os policiais rodoviários já conhecem bem a dinâmica do contrabando que insiste em desafiar as fronteiras do estado. No último sábado (08), a equipe de Operações com Cães do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) se deparou com uma caminhonete Amarok em alta velocidade. A suspeita veio no ato.  

A ordem de parada foi dada, mas, como frequentemente acontece nesses casos, o motorista ignorou. Fugiu. A equipe não se deu por vencida e, seguindo rastros na estrada, chegou a um barracão onde o esquema clandestino desmoronou: 400 caixas de cigarro estrangeiro, cerca de 20 mil pacotes, armazenados em completo silêncio. Não havia ninguém por perto.  

Apesar da fuga do suspeito, a operação impôs um golpe significativo ao crime organizado. O crime de descaminho, ou contrabando, além de comprometer a arrecadação de impostos, financia as organizações criminosas, que movimentam bilhões de reais por ano. Estima-se que a carga apreendida em Jesuítas represente um prejuízo de R$ 1 milhão para o esquema ilícito. Veja no vídeo abaixo:

 
 

O impacto econômico e social do contrabando

O contrabando e a venda no varejo de cigarros ilegsis está longe de ser apenas uma questão econômica A prática é um crime aduaneiro que afeta diretamente a arrecadação de tributos. Impostos que deveriam ser destinados a áreas essenciais, como a saúde pública, financiando o SUS. Em 2023, os cofres públicos deixaram de arrecadar 94.4 bilhão de reais em impostos com essas práticas ilegais. Para se ter uma ideia, esse valor poderia financiar o funcionamento de um grande número de postos de saúde e hospitais públicos em todo o nosso país.  

Além do mais, os cigarros e as bebidas alcoólicas, provenientes de contrabando, são vendidos a preços muito abaixo do mercado, comprometendo as políticas de controle e desestimulo ao consumo do tabaco e do álcool. Com produtos mais acessíveis, o que acaba acontecendo é um estímulo ao consumo desenfreado, aumentando os riscos de doenças ligadas a essas substâncias,  o que,  por sua vez, sobrecarrega o já frágil Sistema Único de Saúde (SUS).  

A repressão a esse crime, no entanto, não fraquejs nunca. Em 2021, a Receita Federal destruiu 307 milhões de maços de cigarros ilegais, o equivalente a 710 carretas de produtos retirados do mercado ilegal. Mais recentemente muitas das xargas de cigarros apreendidos, após inutizadas, são transformadas em adubo, fertilizantes ou até aproveitados como fonte de energia através de sua combustão, ajudando a mitigar o impacto ambiental.  

O trabalho incansável das forças de segurança

A operação deste sábado em Jesuítas é apenas um dos muitos capítulos, diariamente registrados nas estradas do Paraná, no combate incessante ao contrabando nas rodovias do estado. O trabalho coordenado na cooperação entre Polícia Rodoviária Estadual e Polícia Rodoviária Federal tem sido fundamental para barrar o avanço do crime organizado nas estradas.  

Os números são impressionantes. Só a PRF apreendeu, em 2024, cerca de 59 milhões de maços de cigarros ilegais em todo o país. Isso significa que, em média, dois maços foram recolhidos por segundo. Ainda assim, a batalha está longe de ser vencida.  

Facções criminosas continuam explorando o mercado bilionário dos cigarros ilegais, que movimentou cerca de R$ 9 bilhões apenas no ano passado. A evasão fiscal,  resultante do comércio ilegal de cigarros, representa prejuízos bilionários, dinheiro que poderia ser revertido para investimentos na infraestrutura, na segurança e na saúde pública brasileira.

Guerra sem trégua

O episódio do sábado passado, em Jesuítas, reforça a necessidade da intensificação à repressão ao contrabando. O Brasil, como membro da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (CQCT/OMS), reconhece que a eliminação do comércio ilícito é essencial para reduzir o consumo de cigarros e minimizar os impactos socioeconômicas desse crime.  

Enquanto os criminosos criam novas artimanhas e tentam se reinventar, a polícia segue vigilante e também se equipando cada vez msis através das msis recentes tecnologias e no treinamento casa vez mais humano e aperfeiçoado cães farejadores. A cada apreensão, a cada operação bem-sucedida, fica evidente que o combate ao contrabando não é apenas uma questão de segurança pública, mas um compromisso com a legalidade, a saúde e a justiça fiscal.  

E para os homens e mulheres que patrulham as rodovias do país, a missão continua. Sem descanso. Sem trégua. Parabéns pessoal, temos orgulho de vocês!

Ronald Stresser, da redação.

BC endurece regras para coibir fraudes no Pix

Banco Central endurece regras para coibir fraudes no Pix - Medidas bloqueiam CPFs e CNPJs irregulares e alteram regras para chaves Pix

 
Celulares executando o pix em diferentes ambientes, incluindo o site do Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
 

Desde que o Pix entrou em operação, em novembro de 2020, a ferramenta se tornou um dos meios de pagamento mais populares do Brasil. Mas junto com a praticidade, vieram os golpes. Agora, o Banco Central (BC) reforça a segurança do sistema com novas regras que impedem fraudes e dificultam a ação de criminosos.  

A principal mudança mira diretamente no uso indevido de CPFs e CNPJs. A partir de agora, chaves Pix vinculadas a documentos suspensos, cancelados, inaptos, baixados ou nulos não poderão mais ser usadas. Na prática, isso fecha brechas para golpistas que criavam contas fantasmas com documentos irregulares para movimentar dinheiro de forma ilícita.  

Outra mudança importante impacta as chaves Pix aleatórias. Antes, era possível editar informações vinculadas a essas chaves. Agora, quem precisar alterar qualquer dado precisará excluir a chave antiga e gerar uma nova. O objetivo é garantir que os dados cadastrados sejam sempre atuais e minimizar o risco de fraudes.  

E-mails fixos, celulares flexíveis

O BC também restringiu a transferência de propriedade de chaves Pix do tipo e-mail. Se uma pessoa ou empresa registrar um e-mail como chave Pix, ele ficará permanentemente atrelado ao dono original. Essa mudança evita que criminosos reivindiquem e-mails alheios para aplicar golpes.  

Por outro lado, as chaves Pix vinculadas a números de celular ainda poderão ser transferidas para novos donos. Isso acontece porque números pré-pagos podem ser reciclados por operadoras e acabar sendo revendidos. Assim, a funcionalidade foi mantida para evitar que um novo usuário receba um número com uma chave Pix vinculada ao antigo dono.  

Flexibilização nas devoluções

Outra atualização traz um alívio para quem precisa devolver dinheiro por engano ou por boa-fé. Desde novembro de 2024, o BC havia limitado transações em dispositivos não cadastrados a um valor máximo de R$ 200,00, como forma de proteger contra golpes. No entanto, isso acabou impedindo que recebedores devolvessem valores maiores caso estivessem usando um dispositivo novo ou diferente do habitual.  

Agora, a regra foi ajustada: devoluções poderão ser feitas de qualquer dispositivo, sem limite de valor. O objetivo é evitar entraves para quem precisa corrigir transações legítimas sem comprometer a segurança do sistema.  

Mais segurança, menos brechas

As novas regras reforçam o compromisso do Banco Central em tornar o Pix cada vez mais seguro. Com as mudanças, a instituição fecha portas para fraudes e protege os milhões de brasileiros que usam a ferramenta no dia a dia.  

Para usuários comuns, as adaptações devem ser quase imperceptíveis, mas para os criminosos, os desafios aumentaram. A guerra contra os golpes continua, e o Pix segue evoluindo para ser não apenas prático, mas também confiável.

Ronald Stresser, com informações do Bacen.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Chik Jeitoso brilha no Prêmio Comunicação e Destaque 2025

Chik Jeitoso é homenageado com o Prêmio Comunicação e Destaque Internacional 2025

 
 

Na noite do último sábado, dia 8 de março, a tradicional churrasaria Fogo de Chão, em São Paulo, foi palco da edição brasileira do Prêmio Comunicação e Destaque Internacional 2025, evento que celebra grandes nomes da comunicação, da comunicação,  jornalismo e meio artístico do Brasil e dos Estados Unidos. Entre os homenageados da noite, um nome brilhou mesmo à distância: Chik Jeitoso, que é reconhecido como o "O Mago mais famoso do Brasil e do mundo" e uma das personalidades de maior influência da espiritualidade e da mídia no país.  

Presença sentida, mesmo à distância

Embora não tenha podido comparecer pessoalmente, por conta de compromissos espirituais e obrigações com seus clientes e os Orixás, Chik Jeitoso foi representado por seu filho, Silvio Santos, que subiu ao palco para receber o prêmio, em seu nome. O momento foi marcado por emoção e reconhecimento. 

 
 

"Meu amigo Chik Jeitoso está recebendo o Oscar Brasileiro da Comunicação como o Melhor Papo do Brasil e dos Estados Unidos. Seu filho veio representá-lo e recebeu essa homenagem merecida", destacou Romildo dos Santos, mestre da cerimônia, enaltecendo a trajetória de mais de 46 anos de Chik no rádio, na TV e na orientação espiritual.  

O reconhecimento veio de todos os lados. Nos bastidores do evento, mensagens de carinho e admiração não paravam de chegar. "Fiquei honrado ao ser homenageado com o Prêmio Comunicação e Destaque, que há 18 anos valoriza expoentes do meio artístico, jornalístico e do mundo empresarial", declarou Chik nota.  

Trajetória além da comunicação 

Chik Jeitoso começou sua jornada como tarólogo e místico, mas sua voz e presença conquistaram o rádio, a televisão e as redes sociais. Seu programa Boa Sorte tornou-se um fenômeno, misturando previsões, conselhos e histórias de superação que tocam a alma dos ouvintes. "Minha missão é levar esperança. Quero que cada pessoa sinta que pode mudar sua vida", afirma o bruxo, que já impactou seguidores em 119 países

Além do sucesso na comunicação, Chik é conhecido por sua atuação espiritual intensa. Mestre entre os 77 bruxos mais elevados da Alta Magia, já enfrentou desafios espirituais que poucos ousariam encarar, como rituais de três noites em cemitérios históricos para neutralizar magias negativas. "É uma missão de luz", explica. 

Reconhecimento que transcende fronteiras

Com uma clientela que inclui políticos, empresários e anônimos em busca de equilíbrio e soluções, Chik Jeitoso construiu um legado de respeito e confiança. Seu impacto vai além das consultas e previsões: ele é uma figura que transforma vidas, seja nos bastidores ou diante dos microfones.  

O Prêmio Comunicação e Destaque Internacional 2025, em inglês "Award Communication Highlight 2025", reforça esse reconhecimento, levando sua influência para além do Brasil. Agora, com edições também nos Estados Unidos, o evento solidifica a importância de comunicadores como Chik, que transcendem as palavras e tocam verdadeiramente o coração das pessoas.  

Mesmo sem estar fisicamente presente na cerimônia, sua energia e seu legado brilharam na noite de gala da comunicação brasileira. E como ele mesmo costuma dizer: "O universo recompensa quem espalha luz".

 
 

Inter 2: após protestos PMC anuncia mudanças no projeto

Inter 2: Prefeitura de Curitiba anuncia mudanças no traçado, preservação de árvores e criação de novo parque linear

 
 

O futuro do Novo Inter 2, na Avenida Arthur Bernardes, passou por uma reavaliação significativa. É mais uma novela cutitibana que chega em seu capítulo final. Com episódios que mostraram até ecoativistas urbanos deitando-se na frente de veículos e máquinas a serviço da prefeitura. Pessoas se acorrentado a árvores, protestos e manifestações de ativistas e cidadãos preocupados com o corte de árvores, todos podem voltar a dormir tranquilos.

Na sexta-feira passada, dia 7, a Prefeitura de Curitiba apresentou alterações no projeto do novo Inter 2. A readequação mostra vários benefícios para a região. O projeto é resultado da parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente (SMMA), Ippuc e Secretaria de Obras Públicas (Smop).

O principal objetivo dos eajustes é garantir a melhoria da mobilidade urbana sem a necessidade do corte de árvores. A estação do Inter 2 continua no local planejado, mas com adaptações arquitetônicas que vão diminuir a impermeabilização do solo, melhorando a absorção da agua da chuva. Algumas árvores que seriam cortadas serão transplantadas.

 
 

Parque Linear e soluções ambientais inovadoras

O chamado "Eixo de Animação" será transformado num Parque Linear. A prefeitura decidiu que ao invés da instalação dos equipamentos de lazer convencionais, a área vai ganhar jardins de infiltração, para ajudar na permeabilidade do solo, acabando assim com as enchentes na região. As mudanças devem garantir a preservação ambiental e também criar um espaço mais agradável para uso da população.

Além disso, a mudança no traçado da avenida resultou numa redução de 50% na taxa de impermeabilização do solo, que deverá ser compensada em dobro com os novos jardins e vegetação específica.

Para o prefeito, a reavaliação do projeto demonstra o compromisso de sua gestão com a sustentabilidade e diálogo com a população. "Conversamos muito com vereadores e a comunidade. Com os ajustes, conseguimos preservar um número maior de árvores e melhorar a permeabilidade do solo, garantindo que a cidade continue avançando de forma sustentável", afirmou Eduardo Pimentel.

A divulgação da imagens do novo projeto trouxe um alívio para muitos moradores da região, que temiam a perda de áreas verde. Com a manutenção e revitalização da infraestrutura existente, somada à integração do transporte coletivo com novas linhas e faixas exclusivas, Curitiba reforça seu compromisso com a mobilidade urbana sustentável.

 
 

Estações-tubo começam a ser revitalizadas hoje

Enquanto as mudanças no Inter 2 buscam equilibrar mobilidade e sustentabilidade, outra frente de melhorias no transporte coletivo de Curitiba começa a ganhar forma nesta segunda-feira (10). A Urbanização de Curitiba (Urbs) deu início a um novo pacote de revitalização das icônicas estações-tubo da cidade. O projeto prevê melhorias estruturais em 69 unidades até outubro de 2025, com um investimento inicial de R$ 891,6 mil.

As primeiras a passarem pela reforma são as estações Osternack e Centro Médico, ambas no sentido Sítio Cercado, no Bairro Novo. As intervenções incluem a troca da estrutura metálica, do piso naval e das borrachas do revestimento, além da realocação da catraca para facilitar a acessibilidade. Durante as obras, a estação Centro Médico será desativada totalmente entre os dias 10 e 22 de março, com alternativas já previstas para os passageiros.

“Estamos retomando os investimentos em melhorias nos equipamentos do transporte coletivo, ampliando a segurança, a eficiência e a acessibilidade para o passageiro”, destaca Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs. O cronograma segue até julho com outras estações entrando na lista, como a Vila São Pedro e a Bento Viana.

Com essas mudanças, Curitiba reafirma sua tradição de inovação no transporte público, garantindo que as estruturas acompanhem as necessidades da população e os desafios urbanos contemporâneos.

Ronald Stresser, de Curitiba.

domingo, 9 de março de 2025

Mulheres no comando: a revolução feminina na gestão das contas públicas do Paraná

Da economia doméstica ao equilíbrio fiscal do Estado, elas fazem a diferença — mas ainda há espaços a conquistar

Por Ronald Stresser, com informações da AEN.
 
Suzane Gambetta Dobjenski, primeira mulher a comandar a Receita Estadual do Paraná em seus 170 anos de história - Foto: AEN-PR
 

Se tem algo que a história já provou é que as mulheres sempre souberam administrar bem. Da economia doméstica, onde equilibram contas e garantem que cada real tenha destino certo, até a gestão pública, onde fazem o dinheiro render em benefício de toda a sociedade, o talento feminino para a administração é inegável. No Paraná, isso nunca esteve tão evidente quanto agora.

Em 2024, o Estado conquistou a inédita Capag A+, certificação do Tesouro Nacional que atesta excelência fiscal e abre portas para investimentos ainda maiores. Os números também impressionam: um crescimento de 10,5% na arrecadação, fechando o ano com R$ 69,3 bilhões em receitas correntes. Mas por trás desses resultados, há rostos e nomes que merecem ser celebrados.

E muitos deles pertencem a mulheres.

Elas mudaram o jogo na Secretaria da Fazenda

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) nunca teve tantas mulheres em posições estratégicas. Das quatro diretorias da pasta, três são comandadas por elas, e o impacto dessa presença feminina é inquestionável.

A Receita Estadual, por exemplo, está nas mãos de Suzane Gambetta, a primeira mulher a ocupar o cargo em 170 anos de história. Com três décadas de experiência no serviço público, ela ajudou a modernizar a arrecadação tributária e fortalecer a justiça fiscal sem comprometer a solidez financeira do Estado.

“Celebramos a força e a coragem de cada mulher que, diariamente, fortalece a administração tributária com dedicação e comprometimento. Que mais mulheres possam ocupar funções de gestão, seja no fisco, na política, na administração pública e em todos os espaços de influência e decisão”, afirma Suzane.

Já no Tesouro Estadual, quem comanda é Carin Deda, peça-chave na obtenção da Capag A+. Sua gestão eficiente permitiu ao Paraná reduzir sua dívida pública ao menor patamar em mais de uma década, garantindo um cenário de dívida negativa — ou seja, o Estado tem hoje mais dinheiro em caixa do que débitos de longo prazo.

E na Contabilidade Geral do Estado, Gisele Carloto revolucionou a transparência dos dados financeiros. Sob sua liderança, o Paraná implantou o Siafic, um sistema integrado que aprimorou a gestão contábil e ajudou o Estado a alcançar o melhor patamar fiscal de sua história.

Essas três mulheres não apenas comandam suas áreas com competência, mas também são inspiração para uma nova geração que, aos poucos, ocupa espaços que antes eram dominados por homens.

Tribunal de Contas: um reduto masculino que precisa mudar

Apesar dessas conquistas, há um espaço estratégico que ainda não reflete essa revolução feminina: o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).

A Corte de Contas, responsável por fiscalizar o uso do dinheiro público, ainda é um reduto masculino. Dos sete conselheiros que comandam o órgão, nenhuma mulher ocupa uma cadeira. Uma disparidade evidente, principalmente quando se observa que são mulheres que estão garantindo o equilíbrio financeiro do Estado.

Mas uma oportunidade de mudança está próxima. Com a aposentadoria compulsória do conselheiro Maurício Requião, prevista para os próximos quatro anos, o Paraná terá a chance de corrigir esse desequilíbrio histórico.

A nomeação de uma mulher para o TCE-PR não seria apenas um gesto simbólico. Seria um reconhecimento justo ao papel que as mulheres desempenham na gestão das contas públicas do Estado. Afinal, se elas já demonstraram competência para gerir bilhões na Fazenda Estadual, por que não poderiam fiscalizar esses recursos na Corte de Contas?

A hora é agora

Neste 8 de março, mais do que homenagens, as mulheres paranaenses merecem reconhecimento e oportunidades reais. O Paraná já provou que, quando elas estão no comando, os resultados vêm — e vêm em grande estilo.

Agora, cabe às autoridades políticas garantir que essa revolução não pare. A próxima vaga no TCE-PR pode ser o passo definitivo para um Tribunal de Contas mais representativo, moderno e eficiente.

Se o Paraná quer continuar sendo referência em gestão fiscal, talvez seja hora de se inspirar nas mulheres que já estão fazendo história dentro do governo. Afinal, boas contas não têm gênero — mas, pelo que mostram os números, elas sabem muito bem como administrá-las.

 

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