terça-feira, 11 de março de 2025

A incansável luta da Polícia Rodoviária contra o crime

Na trilha do contrabando: a incansável luta da Polícia Rodoviária contra o crime - Operação em Jesuítas/PR resulta na apreensão de mais de 20 mil pacotes de cigarros ilegais

 
Apreensão da PRF em Cascavel (PR): os cigarros ainda são o produto mais apreendido em ações de repressão ao contrabando - Divulgação/PRF-Paraná
 

Era para ser apenas mais uma patrulha de rotina na PR-239, em Jesuítas, no oeste do Paraná. Mas os policiais rodoviários já conhecem bem a dinâmica do contrabando que insiste em desafiar as fronteiras do estado. No último sábado (08), a equipe de Operações com Cães do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) se deparou com uma caminhonete Amarok em alta velocidade. A suspeita veio no ato.  

A ordem de parada foi dada, mas, como frequentemente acontece nesses casos, o motorista ignorou. Fugiu. A equipe não se deu por vencida e, seguindo rastros na estrada, chegou a um barracão onde o esquema clandestino desmoronou: 400 caixas de cigarro estrangeiro, cerca de 20 mil pacotes, armazenados em completo silêncio. Não havia ninguém por perto.  

Apesar da fuga do suspeito, a operação impôs um golpe significativo ao crime organizado. O crime de descaminho, ou contrabando, além de comprometer a arrecadação de impostos, financia as organizações criminosas, que movimentam bilhões de reais por ano. Estima-se que a carga apreendida em Jesuítas represente um prejuízo de R$ 1 milhão para o esquema ilícito. Veja no vídeo abaixo:

 
 

O impacto econômico e social do contrabando

O contrabando e a venda no varejo de cigarros ilegsis está longe de ser apenas uma questão econômica A prática é um crime aduaneiro que afeta diretamente a arrecadação de tributos. Impostos que deveriam ser destinados a áreas essenciais, como a saúde pública, financiando o SUS. Em 2023, os cofres públicos deixaram de arrecadar 94.4 bilhão de reais em impostos com essas práticas ilegais. Para se ter uma ideia, esse valor poderia financiar o funcionamento de um grande número de postos de saúde e hospitais públicos em todo o nosso país.  

Além do mais, os cigarros e as bebidas alcoólicas, provenientes de contrabando, são vendidos a preços muito abaixo do mercado, comprometendo as políticas de controle e desestimulo ao consumo do tabaco e do álcool. Com produtos mais acessíveis, o que acaba acontecendo é um estímulo ao consumo desenfreado, aumentando os riscos de doenças ligadas a essas substâncias,  o que,  por sua vez, sobrecarrega o já frágil Sistema Único de Saúde (SUS).  

A repressão a esse crime, no entanto, não fraquejs nunca. Em 2021, a Receita Federal destruiu 307 milhões de maços de cigarros ilegais, o equivalente a 710 carretas de produtos retirados do mercado ilegal. Mais recentemente muitas das xargas de cigarros apreendidos, após inutizadas, são transformadas em adubo, fertilizantes ou até aproveitados como fonte de energia através de sua combustão, ajudando a mitigar o impacto ambiental.  

O trabalho incansável das forças de segurança

A operação deste sábado em Jesuítas é apenas um dos muitos capítulos, diariamente registrados nas estradas do Paraná, no combate incessante ao contrabando nas rodovias do estado. O trabalho coordenado na cooperação entre Polícia Rodoviária Estadual e Polícia Rodoviária Federal tem sido fundamental para barrar o avanço do crime organizado nas estradas.  

Os números são impressionantes. Só a PRF apreendeu, em 2024, cerca de 59 milhões de maços de cigarros ilegais em todo o país. Isso significa que, em média, dois maços foram recolhidos por segundo. Ainda assim, a batalha está longe de ser vencida.  

Facções criminosas continuam explorando o mercado bilionário dos cigarros ilegais, que movimentou cerca de R$ 9 bilhões apenas no ano passado. A evasão fiscal,  resultante do comércio ilegal de cigarros, representa prejuízos bilionários, dinheiro que poderia ser revertido para investimentos na infraestrutura, na segurança e na saúde pública brasileira.

Guerra sem trégua

O episódio do sábado passado, em Jesuítas, reforça a necessidade da intensificação à repressão ao contrabando. O Brasil, como membro da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (CQCT/OMS), reconhece que a eliminação do comércio ilícito é essencial para reduzir o consumo de cigarros e minimizar os impactos socioeconômicas desse crime.  

Enquanto os criminosos criam novas artimanhas e tentam se reinventar, a polícia segue vigilante e também se equipando cada vez msis através das msis recentes tecnologias e no treinamento casa vez mais humano e aperfeiçoado cães farejadores. A cada apreensão, a cada operação bem-sucedida, fica evidente que o combate ao contrabando não é apenas uma questão de segurança pública, mas um compromisso com a legalidade, a saúde e a justiça fiscal.  

E para os homens e mulheres que patrulham as rodovias do país, a missão continua. Sem descanso. Sem trégua. Parabéns pessoal, temos orgulho de vocês!

Ronald Stresser, da redação.

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