O Coritiba F.C. está de volta à elite e com uma mão na taça — “Não tem cenário melhor”, diz Mozart sobre decisão no Couto Pereira
Por Ronald Stresser — 10 de novembro de 2025
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| Time comemora a vitória e já tem uma das mãos no título - Divulgação/C.F.C. |
O cheiro da Série A já tomou conta do Alto da Glória. O Coritiba venceu o Paysandu por 2 a 1 na noite quente de domingo em Belém, na Curuzu, e agora está a um ponto de confirmar matematicamente seu retorno à elite do futebol brasileiro. Mais do que o acesso, o Coxa chega à reta final da Série B com a alma renovada e a confiança de quem atravessou o deserto para reencontrar o próprio caminho.
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Athletico Paranaense (2º)
“Agora, demos mais um passo no acesso e mais um passo no título também. Com certeza é um objetivo de todos nós nesse momento da competição. Espero que possamos ser campeões no sábado, diante dos nossos torcedores e diante da nossa família no Couto Pereira. Em abril isso era algo impensável, mas temos essa possibilidade. Não tem cenário melhor”, afirmou o técnico Mozart, visivelmente emocionado após a vitória em Belém.
O renascimento do Coritiba
O time iniciou a temporada sob desconfiança. As derrotas no Paranaense e o desempenho irregular nas primeiras rodadas da Série B deixaram o torcedor inquieto. Mas, pouco a pouco, Mozart foi ajustando o elenco, reencontrando o equilíbrio e transformando a instabilidade em consistência.
O jogo contra o Paysandu simbolizou essa virada. Foram apenas cinco finalizações em toda a partida — e duas delas resultaram em gols. A precisão ofensiva fez toda a diferença. Dellatorre abriu o placar logo aos cinco minutos, e Iury Castilho ampliou aos 39 do primeiro tempo. No segundo, o Coxa controlou o ritmo, soube sofrer e garantiu o resultado sem sustos, mesmo com o desconto do adversário.
A atuação teve como destaque a eficácia tática: Iury Castilho atuando mais próximo de Dellatorre, com Sebastián Gómez explorando o corredor esquerdo e abrindo espaços que o time soube aproveitar. Um Coritiba maduro, mais pragmático do que vistoso — mas consciente do que está em jogo.
O sábado da consagração
No próximo sábado, o palco será o Couto Pereira. O adversário, o Athletic Club, de São João del-Rei (M.G.), chega com seus próprios objetivos, mas a atmosfera promete ser de celebração. Caso os resultados paralelos ajudem, o Coritiba pode garantir não apenas o acesso, mas também o título da Série B de 2025, coroando a retomada com festa diante de sua torcida.
Para o torcedor, é mais do que um jogo. É o reencontro com a esperança. O Couto, que já viveu dias de silêncio e incerteza, se prepara para uma noite de redenção. Famílias inteiras, gerações de coxas-brancas, se unirão para celebrar um retorno que vai além da tabela: é o retorno da identidade, do orgulho e do sentimento de pertencimento.
“Em abril, ninguém imaginava isso. Hoje, o grupo joga por um sonho que é de todos — da torcida, da cidade, das famílias que vivem esse clube todos os dias. Esse é o verdadeiro Coritiba”, resumiu Mozart, com a serenidade de quem sabe que cada degrau foi conquistado com suor.
Um passo da glória
A Série B de 2025 entra em sua reta final com dois paranaenses no topo, reacendendo a rivalidade estadual em escala nacional. O Coritiba, em primeiro, e o Athletico, logo atrás, trazem ao país a lembrança de que o futebol paranaense segue pulsante, vivo e combativo — competitivo, vibrante e apaixonado.
No Alto da Glória, a contagem regressiva começou. O acesso é questão de tempo. O título, uma possibilidade real. Mas, acima de tudo, o que se vê é um clube reencontrando seu destino. E, como disse o comandante alviverde, “não tem cenário melhor”.
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