Simoldes: trabalhadores aprovam representação pelo SMC e rejeitam proposta da empresa em assembleia às 6h30 e 12 horas depois impasse continua com PM reprimindo sindicalistas
Por Ronald Stresser – Sulpost ·
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| A assembleia dos trabalhadores da Simoldes, na manhã desta sexta (14) - SMC/Divulgação |
A manhã começou com um encontro que dizia respeito ao futuro imediato de cerca de 600 famílias. Às 6h30 desta sexta (14/11), trabalhadores da Simoldes reuniram-se em assembleia para votar duas perguntas diretas: quem os representará sindicalmente e se aceitavam a proposta de Data-Base 2025 apresentada pela direção da empresa.
Segundo mensagem enviada ao Sulpost pelo dirigente Nelsão, a resposta dos operários foi enfática: a representação pelo SMC foi aprovada, e a proposta de reajuste e benefícios ofertada pela Simoldes foi rejeitada. O Jornal do SMC corrobora o resultado.
Diante da reprovação, a assembleia fixou um prazo de 48 horas para que a empresa apresente nova proposta. O recado é claro: a categoria quer negociação real — com respeito, números justos e proteção aos salários.
Produção e pluralidade de vozes
Produzir autopeças exige precisão; decidir sobre condições de trabalho exige união. Hoje, a categoria escolheu permanecer com quem conhece seu ofício e suas lutas — e marcou a empresa para negociar de verdade.
Com cerca de 600 trabalhadores, a Simoldes integra a cadeia metalúrgica que mantém o setor automotivo abastecido. A escolha pela representação do SMC reflete a confiança em uma entidade próxima, presente nas jornadas e nas negociações do dia a dia.
“Queremos trabalhar, mas queremos dignidade e diálogo.”
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| Nelsão da Força, vice-presidente do SMC. Luta constante pelos trabalhadores de Curitiba e Região Metropolitana - Nelsão/SMC |
O próximo capítulo
A direção da Simoldes tem agora 48 horas para apresentar uma nova proposta. Se houver disposição ao diálogo, a negociação pode avançar; se não, a categoria já demonstrou organização para adotar medidas que mantenham a pressão legítima por melhores condições.
A assembleia mostrou, em poucos minutos, o que o trabalho coletivo sempre revela: quando a base decide, a narrativa muda — e a empresa precisa ouvir.
Nelsão da força pediu que se algum trabalhador ou trabalhadora tiver denúncia para fazer que entra em contato pelo telefone ou WhatsApp a seguir.



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