O Governo do Estado celebra a inauguração de um dos maiores aquários da América do Sul; iniciativa fortalece o turismo e abre portas para a pesquisa ambiental — incluindo cooperações técnicas com Itaipu.
Inauguração do AquaFoz + Foto: Jonathan Campos / AEN |
Foz do Iguaçu amanheceu diferente. Em frente ao Parque Nacional, um novo marco urbano — de concreto, água e esperança — abriu suas portas para o Paraná e para o mundo. O AquaFoz, inaugurado com a presença do governador Ratinho Junior, surge como um gesto de confiança no turismo do Estado e no futuro das nossas águas.
A cerimônia teve aquele clima raro em que poder público, iniciativa privada e comunidade local parecem respirar no mesmo ritmo. O governador destacou o momento especial vivido por Foz e lembrou que o Estado vem trabalhando de forma integrada para ampliar rotas aéreas, fortalecer a hotelaria e impulsionar grandes projetos — como o próprio complexo que abrigará o Centre Pompidou Paraná.
Inspirado no AquaRio e erguido com um investimento de R$ 140 milhões do Grupo Cataratas, o AquaFoz abriga cerca de 300 espécies e mais de 10 mil animais — incluindo o surubim-do-Iguaçu, uma joia viva e ameaçada das nossas águas. Seus tanques gigantes, acrílicos monumentais e sistemas subterrâneos mostram o nível de engenharia envolvida em uma obra que, à primeira vista, parece até desafiar o próprio rio.
Ratinho Junior classificou o aquário como “um presente para Foz”, capaz de aumentar o tempo de permanência dos turistas, gerar empregos e fortalecer a economia local. “É o tipo de investimento que mostra o quanto o Paraná está se preparando para o futuro”, reforçou.
O discurso também ecoou na fala de Joaquim Silva e Luna, prefeito de Foz, que celebrou a confiança depositada na cidade. Para ele, o AquaFoz consolida Foz como porta de entrada do Paraná e amplia as oportunidades da região.
“Mais do que mostrar peixes, o AquaFoz conta uma história sobre como nossos rios, oceanos e cidades estão conectados”, disse Pablo Morbis, CEO do Grupo Cataratas.
E, por trás desse mergulho poético, há também ciência. Embora o foco da inauguração tenha sido o turismo e o impacto econômico, o aquário nasce com parcerias acadêmicas e ambientais. Entre elas, cooperações científicas com a Itaipu Binacional — colaboração estratégica que apoia estudos sobre manejo de espécies, qualidade da água e conservação dos rios Iguaçu e Paraná.
Trata-se de uma parceria discreta, técnica e orientada por especialistas, que faz do AquaFoz não apenas um espaço de visitação, mas um centro que respira pesquisa, educação e cuidado com a biodiversidade. Para o Estado, isso representa mais conhecimento produzido dentro das fronteiras paranaenses — e a chance de transformar o turismo em ferramenta de preservação real.
No fim do dia, visitantes deixaram o local com algo que só a água sabe provocar: encantamento. E quem vive a cidade percebeu que o AquaFoz é mais do que obra urbana — é símbolo de uma nova fase do Paraná, onde desenvolvimento e natureza tentam caminhar de mãos dadas.

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