terça-feira, 8 de abril de 2025

Mulhet é presa com maconha em Rolândia e caso lança luz sobre apreensões no Paraná

Tragédia silenciosa nas estradas: mulher é presa com maconha em mulher é presa com maconha em Rolândia e caso lança luz sobre recorde de apreensões no Paraná

 
Foto: BPRv / PR
 

Na manhã de segunda-feira (7), em uma operação de rotina da Polícia Rodoviária Estadual (PRE-PR), um ônibus que fazia a linha Foz do Iguaçu/PR - Brasília/DF foi abordado em frente ao Posto Rodoviário de Rolândia. Entre os passageiros, uma mulher de 40 anos trazia na bolsa dois quilos de maconha. O flagrante foi certeiro. Ela foi presa e levada à delegacia. A droga, encaminhada para os procedimentos cabíveis.

A ocorrência, por si só, não chama atenção apenas pela quantidade apreendida, mas pelo contexto humano que muitas vezes se esconde por trás desses episódios. Não há dados sobre quem é essa mulher ou por que ela carregava aquela droga. Mas é difícil não pensar no que a levou àquela situação. Desemprego? Pressão de terceiros? Promessa de dinheiro fácil? Um desespero silencioso que muitos enfrentam nas margens da sociedade.

Essa prisão é apenas uma entre milhares que revelam um problema profundo: o tráfico de drogas ainda segue como um dos maiores desafios para a segurança pública e para a dignidade humana no Brasil.

No Paraná, as estatísticas comprovam a dimensão do problema. Só em 2024, o estado registrou 444 toneladas de entorpecentes apreendidos – um número que o colocou como o segundo estado que mais retirou drogas de circulação no país. O dado representa um aumento de 11,6% em relação a 2023. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), sozinha, foi responsável por mais da metade desse total: 284 toneladas, sendo mais de 280 toneladas de maconha e 3,6 toneladas de cocaína.

Esses números, embora alarmantes, são também um reflexo do trabalho incansável das forças de segurança. Mas também levantam outra questão: quem são as pessoas por trás dessas apreensões? Quantas são como essa mulher em Rolândia — empurradas para a margem, sem oportunidades reais, atraídas por promessas que se desmancham assim que a sirene toca?

É fácil transformar estatísticas em manchetes. Mais difícil é olhar para essas prisões com humanidade e entender que por trás de cada quilo de droga há histórias atravessadas por pobreza, abandono e escolhas desesperadas.

A ação da PRE em Rolândia é eficiente, necessária e representa um acerto na repressão ao crime. Mas também reforça a urgência de políticas públicas que ofereçam alternativas reais, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade, muitas vezes usadas como “mulas” por organizações criminosas.

Por ora, essa mulher segue presa, e os dois quilos de maconha já não seguirão adiante em seu caminho. Mas o ciclo que a trouxe até ali – esse ainda precisa ser rompido. Não com algemas, mas com dignidade, acesso e escuta.

Ronald Stresser, da redação.

"Eu morri, e voltei": o homem que foi atingido por um raio e voltou do além para contar o que viu

Por trás da morte clínica, um relato que emociona, intriga e conforta. A história de Dannion Brinkley vai muito além de um acidente raro — é um convite à reflexão sobre o que nos espera do outro lado

Por Ronald Stresser *

 
Tendo recebido várias chances na vida, Brinkley está usando suas histórias para inspirar outras pessoas - Getty Images
 

“Eu estava morto. Os médicos disseram. E mesmo assim, aqui estou.”

A voz de Dannion Brinkley não vacila ao recordar o dia em que, literalmente, morreu. Foi em 1975, quando um raio o atingiu enquanto falava ao telefone em sua casa nos Estados Unidos. Um evento com chances de acontecer a menos de uma vez em um milhão. Um episódio que, segundo ele, mudou sua visão sobre a vida — e sobre a própria morte.

Brinkley, então um fuzileiro naval e empresário, teve seu corpo atravessado pela descarga elétrica. “Entrou do lado da minha cabeça, acima da orelha, desceu pela coluna”, lembra. “Me lançou no ar. Vi o teto. Depois, fui arremessado de volta ao chão. Uma bola de fogo atravessou o cômodo e me cegou. Eu estava queimando. Paralisado. Em chamas.”

A ambulância chegou rápido. Mas não o suficiente. No hospital, os médicos o declararam morto. Corpo imóvel, batimentos nulos, nenhuma atividade vital aparente. Foi levado ao necrotério.

Uma jornada fora do corpo

Brinkley conta que, durante os 28 minutos em que esteve “clinicamente morto”, sua consciência não cessou. Pelo contrário. “Senti meu espírito deixando o corpo. Vi uma luz. Revivi minha vida inteira em segundos. Cada ato, cada palavra dita, tudo voltou como um filme.”  

A experiência, segundo ele, não foi aterrorizante. Foi esclarecedora. “Não há julgamento. Há aprendizado.”

Dois anos foram necessários para que ele voltasse a andar. Mas a transformação mais profunda foi invisível. Depois desse evento, Dannion dedicou-se a compreender o que havia vivido. A morte, para ele, deixou de ser um fim — passou a ser uma passagem.

Uma segunda chance... e depois outra

Mais de uma década depois, Brinkley encarou novamente a morte, dessa vez durante uma cirurgia cardíaca. Novamente, ele afirma ter deixado o corpo. Novamente, encontrou o que chama de “instrutores angelicais”. Foi aí que, segundo ele, recebeu o que descreve como “dons espirituais” para ajudar outras pessoas no limiar entre a vida e a morte.

Seus relatos, naturalmente, dividiram opiniões. Há quem os veja com ceticismo, há quem encontre neles consolo. A ciência, por sua vez, começa a olhar com mais atenção para o fenômeno.

O Dr. Sam Parnia, professor associado da NYU Langone Health, é um dos que estudam as chamadas experiências de quase-morte. Em entrevista ao *The Post*, afirmou: “Encontramos sinais de atividade cerebral normal — e até consciente — por até uma hora após o início da reanimação. Essas vivências são reais, únicas e universais. Não são sonhos ou alucinações.”

A missão de quem voltou

Aos 74 anos, Brinkley transformou seu passado improvável em propósito. Hoje, ele dedica seu tempo a aconselhar veteranos de guerra e pacientes terminais. O objetivo é um só: ajudá-los a não temer a morte.

“Quando você entende que não morre, que é um ser espiritual, e que não vai para o inferno… isso muda tudo. Você vive melhor. Sem medo. Com mais amor.”

Dannion já escreveu livros, como Saved by the Light, nos quais compartilha suas vivências. Mas talvez a frase que melhor resuma sua jornada esteja em uma de suas entrevistas mais recentes:

“Ninguém morre. Isso nunca acontece. Não faz parte da natureza da realidade.

Em tempos em que a finitude assombra silenciosamente a todos, ouvir alguém dizer isso com tamanha convicção — e experiência — é, no mínimo, reconfortante.  

E quem sabe, também, um convite para viver com mais leveza. 

*Com informações de 8sNws e KLAS

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Europa sinaliza acordo de “tarifa zero” com os EUA

Europa sinaliza acordo de “tarifa zero” com os EUA para bens industriais: “Estamos prontos para um bom acordo”

Por Ronald Stresser*

 
Operadores trabalham no pregão da Bolsa de Nova York, em 07/04/25 - AFP
 

No cerne de um cenário global pressionado por uma severa tensão econômica, a União Europeia estendeu um ramo de oliveira aos Estados Unidos, propondo um ousado acordo de “tarifa zero” para bens industriais. A iniciativa surge como resposta direta à imposição de tarifas de 20% por parte do governo Donald Trump, anunciado semana passada, reacendendo as preocupações sobre uma nova escalada protecionista dos EUA.

“Oferecemos tarifas zero para bens industriais, como já fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda-feira, ao lado do primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre. Em tom firme, mas conciliador, completou: “A Europa está sempre pronta para um bom acordo. Então, mantemos essa proposta sobre a mesa.”

Von der Leyen foi além: “Estamos prontos para negociar com os Estados Unidos. Mas também estamos preparados para responder com contramedidas e defender nossos interesses.”

A proposta europeia visa eliminar tarifas sobre setores como produtos químicos, farmacêuticos, borracha, plásticos, máquinas industriais e automóveis. O comissário de Comércio da UE, Maroš Šefčovič, da Eslováquia, confirmou que o objetivo é abrir caminho para um comércio mais fluido, especialmente diante do impacto das novas medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump.

Na semana passada, o ex-presidente norte-americano — e agora novamente figura central na política comercial dos EUA — surpreendeu o mundo com o anúncio de uma tarifa global base de 10%, apelidada por ele de “Dia da Libertação”. A medida, que entra em vigor oficialmente em 9 de abril, inclui também um aumento de 25% nas tarifas sobre carros fabricados fora dos EUA.

A reação nos mercados foi imediata. O índice pan-europeu STOXX Europe 600 despencou 6% logo na abertura desta segunda-feira, refletindo o nervosismo dos investidores. No entanto, os comentários de von der Leyen ajudaram a conter a sangria, encerrando o dia com uma perda menos drástica, de 2,9%.

A proposta da UE surge como tentativa de evitar um confronto comercial mais amplo, especialmente após as tarifas anteriores impostas por Trump sobre o aço e o alumínio — que continuam sem uma resposta definitiva por parte dos europeus.

Entre os que enxergam uma luz no fim do túnel está Elon Musk. Em tom otimista, o bilionário responsável pela Tesla e SpaceX — e agora à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) — declarou estar “esperançoso” quanto à possibilidade de um acordo. “Espero que os Estados Unidos e a Europa possam estabelecer uma parceria muito próxima”, disse. “Na prática, isso criaria uma zona de livre comércio entre a Europa e a América do Norte.”

Esse sonho já esteve mais próximo de virar realidade durante o segundo mandato de Barack Obama, quando as negociações do Acordo Transatlântico de Comércio e Investimento (TTIP) avançavam bem. Mas tudo ruiu em 2016, após o vazamento de documentos pelo Greenpeace, que gerou forte reação pública. Diferenças entre regulamentações alimentares dos dois lados do Atlântico também emperraram os diálogos.

As tratativas do TTIP foram oficialmente encerradas durante o primeiro mandato de Trump, em 2019. Agora, com os ventos mudando — e os mercados em alerta —, resta saber se Washington e Bruxelas conseguirão transformar a tensão em oportunidade e reabrir as portas para um novo pacto comercial.

O mundo assiste. E espera.

*Com informações do New York Post

Chegada do outono deixa Brasil em alerta contra queimadas

CHAMAS QUE NÃO SE APAGAM: O Brasil que ainda queima e a urgência de um basta

Por Ronald Stresser

 
Carl de Souza - AFP
 

No coração do Brasil, onde a natureza deveria pulsar com vida, o que se vê, cada vez com mais frequência, é fumaça, cinzas e devastação. De Roraima ao Pantanal, passando por rodovias de cidades como São Carlos, as queimadas criminosas se espalham como um rastro de pólvora, impulsionadas pela ganância e pela impunidade.

Na última quinta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou a operação “Chama Clandestina” em Caracaraí (RR), a 140 quilômetros da capital Boa Vista. O alvo: fazendeiros suspeitos de provocar queimadas ilegais em áreas de vegetação nativa. A motivação? Econômica, ligada à atividade pecuária. Os responsáveis podem responder por crime ambiental — mas até quando vamos apenas investigar, e não punir exemplarmente?

As ações fazem parte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (AMAS), do Ministério da Justiça, que vem usando sistemas aéreos de monitoramento. Apesar do avanço tecnológico, o cenário ainda é alarmante: o fogo segue servindo como ferramenta de expansão agropecuária, sob um discurso antigo de desenvolvimento que ignora os limites da sustentabilidade e da legalidade.

Pantanal em alerta — e em chamas

Se há um retrato claro da irresponsabilidade ambiental no Brasil, ele está no Pantanal. Um levantamento do Ministério Público de Mato Grosso do Sul revela que, nos últimos cinco anos, 33 fazendas foram responsáveis por quase 18% da área devastada por incêndios. Sozinhas, essas propriedades queimaram cerca de 1 milhão de hectares — uma área maior que o território do Distrito Federal.

Mesmo diante desses números gritantes, a responsabilização ainda é tímida. Em 2023, das 147 ignições registradas, apenas 75 foram vistoriadas e, dessas, apenas quatro resultaram em multas. Um número que escancara a fragilidade da fiscalização frente à magnitude do crime.

Luciano Furtado Loubet, diretor do Núcleo Ambiental do MPMS, afirma que o foco das autoridades está na prevenção, com orientações sobre manejo integrado do fogo. Mas diante de propriedades reincidentes, onde o fogo “começa sozinho” três vezes em cinco anos, até quando será possível tratar o problema apenas com diálogo?

Estradas tomadas pelo fogo, visibilidade engolida pela fumaça

Em São Carlos (SP), as queimadas às margens das rodovias SP-215 e SP-310 trouxeram mais que prejuízo ambiental: colocaram vidas em risco. A fumaça espessa comprometeu a visibilidade de motoristas, exigindo interdições e ações emergenciais do Corpo de Bombeiros. A origem? Queima irregular de entulho — prática ainda comum, ainda ignorada, ainda impune.

O contraste com o esforço do poder público é evidente. O Governo de São Paulo investiu R$ 260 milhões em equipamentos e operações contra incêndios em 2024 — um recorde. Só em aeronaves e combustível para combate aéreo foram mais de R$ 18 milhões. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também ampliou contratos de roçada e capina para conter o avanço do fogo. Mas o investimento perde força se a legislação não acompanhar com o mesmo rigor.

Tolerância zero: a única saída possível

O Brasil não pode mais tolerar o fogo que consome nossas florestas, nossa fauna, nossa segurança e nossa dignidade ambiental. A leniência com os crimes ambientais é um convite para novas tragédias. É hora de endurecer. De aplicar multas pesadas, como as que a nova legislação prevê — R$ 3 mil por hectare atingido, dobrando em casos graves. De responsabilizar quem lucra com a destruição. De entender que não se trata apenas de natureza, mas de vidas humanas em risco, de ecossistemas inteiros à beira do colapso.

O fogo não começa sozinho. E quando criminosamente aceso, precisa ser combatido com rigor, sem acordos ou omissões. O Brasil precisa queimar, sim — mas de indignação. E agir, com urgência, para apagar de vez essa página vergonhosa da nossa história ambiental. 

A floresta não fala, nós sim. É hora de gritar por justiça. Tolerância zero para crimes ambientais já!

domingo, 6 de abril de 2025

Papa faz aparição pública de surpresa

Um aceno que cura: a volta emocionada do Papa Francisco à Praça São Pedro

 
 

Era para ser “apenas” mais uma missa no Vaticano, uma celebração especial dentro do Jubileu dos Enfermos. Mas o que ninguém esperava era o que aconteceu ali, bem no fim, quando o inesperado rompeu o protocolo e trouxe lágrimas aos olhos de milhares de fiéis. O Papa Francisco, depois de 38 dias internado por causa de uma grave pneumonia, apareceu — de cadeira de rodas, com uma cânula no nariz, visivelmente fragilizado, mas com aquele mesmo olhar doce e firme que o mundo aprendeu a reconhecer.

Foi só um breve momento. Um aceno. Um sorriso tímido. Uma bênção rápida. Mas foi o suficiente para transformar a Praça São Pedro num mar de comoção. Quase 20 mil pessoas testemunharam esse reencontro. Muitos se ajoelharam. Outros choraram em silêncio. Alguns apenas fecharam os olhos, como quem agradece por uma presença que, por pouco, poderia ter se tornado ausência.

Francisco acompanhou a missa pela televisão, do quarto onde segue se recuperando. A celebração foi presidida pelo arcebispo Rino Fisichella, que leu a homilia preparada pelo próprio Papa — e ali estava tudo o que ele não conseguiu dizer com a voz, mas disse com o coração.

“Com vocês, irmãos e irmãs doentes, compartilho muito neste momento: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros, de precisar de apoio”, escreveu. Palavras que tocam porque são reais. Palavras que confortam porque vêm de quem também passou pela dor.

Francisco não escondeu sua vulnerabilidade — ao contrário, fez dela uma ponte. “Nem sempre é fácil, mas é uma escola onde aprendemos a amar e a nos deixar amar, sem exigir, sem recusar, sem lamentar. Agradecidos a Deus e aos irmãos pelo bem que recebemos.”

Durante a homilia, ele falou sobre algo que muitos esquecem: Deus não se afasta nos momentos difíceis. Pelo contrário. “Na doença, Deus não nos deixa sozinhos. E se nos entregamos a Ele, onde nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da Sua presença.”

E essa presença estava ali, viva, pulsando na fé dos peregrinos, nos gestos silenciosos dos cuidadores, no olhar cansado dos pacientes que participaram da celebração. Gente vinda de mais de 90 países: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, voluntários, cada um com sua história entrelaçada ao cuidado com a dor do outro.

Antes de aparecer na praça, Francisco participou do sacramento da reconciliação na Basílica de São Pedro e passou pela Porta Santa — um gesto simbólico de renovação, de recomeço. Ao fim da missa, uma última mensagem sua foi lida, com um agradecimento cheio de ternura: “Do fundo do coração, o Papa agradece as orações e deseja que esta peregrinação seja rica de frutos.”

E foi. Porque às vezes um gesto basta. Um olhar. Um aceno. Uma palavra escrita à mão. Um Papa que não esconde a dor, mas a transforma em partilha. Que não finge força, mas encontra nela o espaço para amar mais e melhor.

Hoje, quem estava na Praça São Pedro saiu de lá diferente. Com o coração mais leve, talvez. Com mais fé. Com mais humanidade.

E para quem acompanhou de longe, a mensagem também chegou: até na doença, há espaço para a esperança. Até no cansaço, pode nascer algo novo. Como disse o próprio Francisco, citando Isaías:

“Vou realizar algo de novo, que já está a aparecer: não o notais?”

Sim, Papa. Notamos.

Redação com informações do Vatican News



quinta-feira, 3 de abril de 2025

Política tarifária dos EUA abala mercados ao redor do mundo

Tarifação em massa adotada pelos EUA abala mercados e assusta empresários ao redor do mundo

Por RonaldStresser*

 
Donald Trump exibe ordem executiva ao anunciar um plano de tarifas sobre produtos importados na quarta-feira, enquanto  - Washington Post
 

A nova rodada de forte tarifação de importados imposta pelo governo Donald Trump está provocando uma verdadeira tsunami nos mercados financeiros ao redor do planeta e deixa empresários em alerta. As fortes taxações, que entraram em vigorar já nesta quinta-feira (03), estão reconfigurando totalmente cenário econômico mundial e despertam temores de uma recessão iminente. Por outro lado alguns operadores do mercado financeiro veem o cenário como uma reinicialização, uma oportunidade para investir em criptoativos.

O impacto imediato já foi sentido em Wall Street: desde a abertura do pregão o índice S&P 500 despencou mais de 3,7%, enquanto o Nasdaq caiu 4,8%. O Dow Jones desabou, com uma queda impressionante de 1.300 pontos, isso logo nas primeiras horas do dia. As principais bolsas da Ásia e da Europa também registraram quedas significativas, embora algumas tenham conseguido se recuperar antes do fechamento dos mercados.

Uma mudança radical na economia

Especialistas alertam que os custos para os consumidores e para empresas dos Estados Unidos poderão chegar a bilhões de dólares ainda neste ano. Para a economista-chefe da KPMG, Diane Swonk, a medida "aumentou dramaticamente os riscos de uma recessão" e pode levar os EUA a um cenário que combina inflação com recessão, um estouro de bolha que os mercados não veem há décadas. No entanto outros veem a previsão como demasiadamente pessimista.

Na última quarta-feira, Donald Trump anunciou que os Estados Unidos vão tarifar em 10% todas as importações. A medida entou vigor já no sábado passado. Concomitantemente vão ocorrer aumentos progressivos, que poderão chegar a até 50% sobre produtos de alguns países, já a partir do próximo dia 9. Também foi anunciada uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados pelo mercado dos EUA, que entrou em vigor na madrugada de hoje.

Reação global

Os governos ao redor do mundo estão avaliando quais medidas adotar. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por exemplo, pediu "cabeças frias" e diplomacia, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou as tarifas como "um golpe significativo"e prevê uma "guerra comercial" em curso.

A China, principal alvo de boa parte das medidas do presidente Norte-americano, foi atingida com uma tarifa extra de 34%, somando-se aos 20% já aplicados anteriormente. Pequim prometeu retaliação, mas ainda não determinou exatamente como. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, cujo país foi menos afetado,  com uma tarifa de apenas 10%, declarou: "Isto não é um ato de amizade".

Impacto nas empresas

Para muitos empresários e investidores, a mudança abrupta pode ser um golpe devastador. Anjali Bhargava, proprietária de uma pequena empresa que vende misturas de chá e cúrcuma, para grandes redes como Whole Foods, calculou os impactos na noite de quarta-feira. O custo do chá da Índia deve subir 26%, o da cúrcuma da Tailândia, 36%, e o do gengibre e canela do Vietnã, 46%. "Estou sinceramente chocada. Não sei se consigo manter meu negócio em pé", lamentou a empresária.

Por outro lado, algumas indústrias estão comemorando a decisão da administração Trump. O Instituto Americano do Petróleo agradeceu a exclusão do setor de petróleo e gás das novas tarifações, enquanto o Instituto Americano do Aço celebra a medida como um reforço à indústria nacional.

Uma estratégia arriscada

Trump defende que as tarifas vão estimular a produção doméstica e gerar empregos nos EUA. "Se queremos fazer dos Estados Unidos um polo de manufatura de alta tecnologia, precisamos trabalhar lado a lado com tarifas", disse Joseph LaVorgna, economista-chefe da SMBC Nikko Securities e ex-assessor econômico da Casa Branca.

Os próximos dias serão determinantes para a avaliação do impacto real do tarifaço estadunidense sobre a economia global. O que parece certo é que as tensões comerciais entre os EUA e seus aliados atingiu um patamar inédito, que tem o potencial de redefinir a balança econômica mundial nos próximos anos.

Com informações do W.P.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Chik Jeitoso prevê Ratinho Junior como próximo presidente do Brasil

Bruxo Chik Jeitoso prevê: Ratinho Júnior será o próximo presidente do Brasil

 
Ratinho Jr. de olho na Presidência da República Anna Carolina Negri/Valor
 

Em uma previsão surpreendente, o famoso vidente brasileiro Bruxo Chik Jeitoso afirmou que o governador do Paraná, Ratinho Júnior, será o próximo presidente do Brasil. Segundo suas visões, a liderança do governador será impulsionada por sua esposa, Luciana Saito Massa, que desempenhará um papel fundamental no cenário político nacional como primeira-dama.

O papel determinante de Luciana Saito Massa

Para Chik Jeitoso, não se pode falar de um futuro presidente sem antes analisar sua esposa. Ele enfatiza que Luciana é uma mulher preparada para representar o Brasil no exterior, com uma forte gestão pública e um perfil agregador. Sua habilidade de dialogar com diferentes setores da sociedade e sua postura firme e carismática fazem dela uma figura essencial para a vitória do marido.

"Sua energia espiritual é inegável e sua influência entre as mulheres é crescente. Ela não só empodera, mas também resgata a autoestima daquelas que muitas vezes se sentem invisibilizadas na sociedade", destaca o vidente. Com uma aprovação pública altíssima, Luciana tem se mostrado um diferencial na corrida presidencial de Ratinho Júnior.

Ratinho Júnior: uma liderança que ganha espaço

Atualmente governador do Paraná, Ratinho Júnior tem consolidado seu nome na política nacional com uma gestão marcada por investimentos em infraestrutura, educação e segurança. Com a impossibilidade de concorrer a um terceiro mandato estadual, ele busca um novo caminho, e a presidência da República se desenha como uma possibilidade real.

O vidente destaca que Ratinho Júnior está alinhado com as expectativas da população, que busca novas lideranças para romper com o dualismo político estabelecido nos últimos anos. Sua aproximação com figuras influentes da direita e sua gestão equilibrada o colocam como uma alternativa viável para 2026.

A numerologia e os sinais espirituais

Segundo Bruxo Chik Jeitoso, a previsão se baseia não apenas em análises políticas, mas também em estudos numerológicos e cabalísticos. Ele afirma que os signos e as energias espirituais indicam que Luciana Saito Massa tem uma missão especial e que sua presença ao lado de Ratinho Júnior trará uma onda de transformação positiva para o país.

"Ela não apenas representa uma figura pública forte, mas também é um canal de mudança. Sua capacidade de unir diferentes setores da sociedade e sua sensibilidade para temas femininos serão decisivos para a ascensão de Ratinho Júnior ao Palácio do Planalto", afirma.

O impacto da previsão e o futuro político

A previsão do vidente ganha ainda mais relevância em um cenário político instável, onde novos nomes surgem como opções para a presidência. Com uma gestão aprovada por grande parte da população paranaense, Ratinho Júnior vem ampliando sua influência nacionalmente e pode surpreender nas próximas eleições.

Se as previsões de Chik Jeitoso se concretizarem, o Brasil poderá ter um presidente vindo do Paraná, ao lado de uma primeira-dama que promete revolucionar o papel da mulher na política nacional. Resta agora aguardar os desdobramentos e ver se as estrelas realmente alinharão o destino do país com a visão do famoso vidente.

Ronald Stresser, de Curitiba.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Rei Charles da Inglaterra é internado para tratar câncer

Rei Charles enfrenta internação temporária devido a tratamento contra o câncer

 
 

Na manhã desta quinta-feira, o Rei Charles, de 76 anos, foi hospitalizado brevemente após apresentar efeitos colaterais temporários decorrentes do tratamento contra o câncer, segundo informações do Palácio de Buckingham. Apesar do susto, o monarca já está em casa, na residência oficial de Clarence House, onde se recupera bem.

De acordo com o porta-voz do palácio, o Rei necessitou de observação médica após procedimentos médicos programados, mas o quadro foi considerado passageiro. “Sua Majestade já retornou a Clarence House e, como medida de precaução, os compromissos agendados para esta sexta-feira também serão reprogramados, seguindo orientação médica”, afirmou o comunicado oficial.

Embora a hospitalização tenha preocupado a população, fontes ligadas à família real confirmaram que o Rei foi transportado ao hospital de carro, sem necessidade de uma ambulância, e não foi acompanhado pela Rainha Camilla, reforçando a ideia de que não se tratava de uma emergência grave.

Uma batalha discreta e de superação

O Rei Charles vem enfrentando um tratamento contra o câncer desde fevereiro do ano passado, quando revelou o diagnóstico publicamente. Na ocasião, ele também se afastou das atividades oficiais por alguns meses para se dedicar à saúde. Em dezembro, a família real compartilhou uma atualização positiva, informando que a doença estava em fase controlada. O monarca também passou por uma cirurgia de próstata aumentada no ano passado, o que demonstrou a complexidade de seus desafios médicos recentes.

Apesar das adversidades, Charles tem demonstrado resiliência. Recentemente, durante uma visita à Irlanda do Norte, ele compartilhou palavras de incentivo a outros pacientes em tratamento contra o câncer: “Continue lutando. Você precisa seguir em frente, não é mesmo?”, disse ele, evocando o espírito de Winston Churchill.

A família real e os desafios da saúde

A luta contra o câncer não é uma questão isolada na família real. No ano passado, a Princesa de Gales, Kate Middleton, também revelou ter enfrentado um diagnóstico de câncer, embora não tenha divulgado detalhes sobre a doença. Após meses afastada, ela anunciou em setembro que estava curada, após um tratamento bem-sucedido.

Essas experiências mostram que, mesmo para a realeza, a saúde é uma prioridade que exige foco e adaptações. A força demonstrada pelo Rei Charles e por Kate Middleton serve de inspiração para milhões de pessoas que enfrentam desafios semelhantes.

Próximos passos

Enquanto descansa em Clarence House, Charles continua a receber relatórios diários sobre assuntos do Estado, sinalizando que seu compromisso com o papel de chefe de Estado permanece firme, mesmo em tempos de fragilidade.

Os médicos que acompanham o caso reforçaram que o Rei deve manter sua agenda adaptada nas próximas semanas, priorizando a recuperação plena. A população britânica, conhecida por seu carinho pela monarquia, segue torcendo pela saúde do soberano.

Essa história, que ainda está se desenrolando, reflete a humanidade por trás das figuras públicas, lembrando a todos que, mesmo em posições de poder, a vida impõe desafios comuns a todos.

domingo, 23 de março de 2025

A cada dia que passa, para Bolsonaro, a única saída parece ser o aeroporto

Bolsonaro e Eduardo: um plano de fuga ou uma novela com toques de realidade paralela?

Por Ronald Stresser


O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - Beto Barata/PL

Na trama política brasileira, um novo capítulo parece estar sendo escrito sob o título: "Exílio nos EUA: made in USA". A narrativa, digna de uma série de streaming, coloca o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo em uma suposta estratégia de fuga, envolvendo discursos inflamados, transferências financeiras milionárias e até um "herói improvável" – Donald Trump. Mas será que o público está assistindo a uma saga política ou uma ficção científica?

Enquanto Eduardo Bolsonaro desfila nos Estados Unidos anunciando que só pisa em solo brasileiro após Alexandre de Moraes deixar o STF, os ministros da Suprema Corte analisam os fatos com uma dose de desconfiança. Para eles, a ida do deputado – agora licenciado – ao território norte-americano é mais do que uma simples fuga da realidade política brasileira. É, talvez, uma fuga literal. Afinal, diante das crescentes investigações, a palavra "exílio" começa a soar como uma estratégia.

Segundo relatos da Polícia Federal, Jair Bolsonaro já havia flertado com essa ideia no final de 2022, quando transferiu R$ 800 mil para os EUA. Um valor que, convenhamos, daria para cobrir não só a estadia, mas talvez até a contratação de um roteirista de Hollywood para tornar a trama mais crível. Contudo, para os ministros do STF, o “calor” das investigações parece ter reacendido os planos do ex-presidente. "Eles chamam de exílio, mas sabemos que é outra coisa", comentou um ministro.

A narrativa ganha um toque de drama com a declaração de Eduardo Bolsonaro de que não voltará ao Brasil enquanto Moraes estiver no STF. A fala soou quase como um ultimato: "Ou ele, ou eu". Para quem acompanha de fora, fica a dúvida – será que Eduardo acredita mesmo que pode dar as cartas ou está apenas reforçando a ideia de que vivem em uma realidade paralela? Porque, até agora, Moraes parece muito confortável em sua cadeira no STF.

O fracasso de Copacabana e o encolhimento da bolha

Os últimos meses não têm sido generosos com os Bolsonaro. O ato em Copacabana, marcado por apelos à anistia, foi um fiasco. O mar de apoiadores que antes lotava as ruas deu lugar a um pequeno grupo que, com bandeiras e faixas, parecia mais um protesto de bairro do que uma mobilização nacional. Foi ali que a bolha bolsonarista começou a mostrar rachaduras. E é difícil não notar o selo "made in USA" estampado nos últimos movimentos da família, O que me fez inclusive lembrar aquele velho ditado: 'Brasil, em que usa não te ama."

A aposta em Donald Trump como um possível salvador é outro ponto que beira o surreal. Para Eduardo, o ex-presidente norte-americano poderia, quem sabe, mover peças no tabuleiro para livrar a família Bolsonaro do impasse jurídico. Mas, considerando que Trump também enfrenta seus próprios dilemas legais, é mais provável que essa seja mais uma jogada de propaganda do que um plano concreto.

Estratégia de fuga ou desespero político?

Entre aliados, a narrativa é a de que a decisão de Eduardo foi tomada por impulso. Segundo fontes próximas, o deputado nem tinha roupas suficientes para a temporada nos EUA, algo que dá um tom quase cômico à situação. É difícil imaginar um plano de fuga sendo arquitetado com tamanha improvisação – ou talvez esse seja exatamente o charme da história. Afinal, um roteiro bem amarrado não seria a marca registrada do bolsonarismo.

Jair Bolsonaro, por sua vez, tenta se manter em cena, afirmando que não sairá do Brasil e que as especulações sobre sua fuga são infundadas. Mas suas palavras, como sempre, deixam espaço para interpretações. Enquanto isso, Eduardo anuncia que poderá disputar uma vaga no Senado em 2026, caso as "circunstâncias políticas" mudem. Fica a dúvida: ele realmente acredita nisso ou apenas espera que o público compre o próximo capítulo da novela?

O que resta da bolha?

Seja como fuga, exílio ou simples tática de marketing político, o fato é que o bolsonarismo parece estar perdendo força. O apoio que antes era inabalável agora se fragmenta, e o "cenário paralelo" criado pela família Bolsonaro começa a mostrar sinais de desgaste. A realidade, porém, não parece ser suficiente para os protagonistas dessa história – talvez porque, no fundo, é mais fácil viver na bolha. Mesmo que ela esteja cada vez menor e com um selo que, ironicamente, diz: "Made in USA", coisa de gringo.

Ah, os tempos! Ah, os costumes!

sábado, 22 de março de 2025

Porto de Paranaguá ensaia futuro, mesmo sem nenhum cruzeiro operando no Paraná

Porto de Paranaguá ensaia futuro com navios de cruzeiro, mas, por ora, é o uísque que navega em alta no Paraná

 
Engenheiros da Portos do Paraná participam de simulação de atracação de navios de cruzeiro no Tanque de Provas Numérico da USP
 

No horizonte do Porto de Paranaguá, um futuro promissor se desenha. Enquanto as águas da Baía de Paranaguá testemunham simulações de manobras detalhadas para atracação de navios de cruzeiro, as prateleiras dos supermercados paranaenses contam outra história: o uísque escocês, antes reservado às cartas de bebidas de embarcações luxuosas, agora sobra e surpreende consumidores com preços acessíveis. Entre o ensaio e a realidade, o estado parece afinar seus instrumentos para atrair um público que, por ora, ainda não está a bordo.

Nesta semana, engenheiros e especialistas participaram de testes no Tanque de Provas Numérico da USP, em São Paulo, utilizando tecnologia de ponta para simular condições de atracação em tempo real. Com projetores 360°, rajadas de vento simuladas e cálculos precisos de marés e correntezas, o exercício buscou antever os desafios de receber embarcações de até 337 metros e cinco mil passageiros. A meta? Um berço exclusivo para cruzeiros no Porto de Paranaguá, que, segundo Victor Kengo, diretor de Engenharia da Portos do Paraná, poderá alavancar o turismo e movimentar a economia litorânea.

Mas, enquanto a infraestrutura se molda e as projeções ganham forma, o cenário atual é marcado pela ausência de cruzeiros. Com o comunicado da MSC de que, no momento, não operará no Paraná, o que resta é o questionamento: o esforço vale a pena sem passageiros à vista? Para os frequentadores das gôndolas de bebidas, a resposta é um retumbante sim – o uísque escocês, sem destino aos navios, agora chega à mesa dos consumidores com preços que mais parecem de outlet.

"Comprei um rótulo que sempre foi inacessível. Não sei se é o efeito dos navios que não vieram, mas, se for, já estamos no lucro", brinca o comerciante Márcio Souza, de Curitiba. Essa curiosa bonança para os amantes da bebida contrasta com os movimentos da Portos do Paraná, que visam um público de alto padrão em cruzeiros.

De fato, o governo estadual não esconde sua intenção de atrair novos players para o Porto de Paranaguá. Entre os investimentos, estão a dragagem, estudos hidrodinâmicos e a criação de uma área específica para receber embarcações que transportem turistas até atrações locais. É um jogo estratégico, que busca colocar o litoral paranaense no mapa das rotas marítimas internacionais.

Enquanto isso, as simulações continuam. No aniversário de 90 anos do porto, o investimento de R$ 1 bilhão e a adoção da metodologia BIM para projetos de construção reforçam que o estado está mirando longe. Contudo, as prateleiras abarrotadas de uísque escocês parecem lembrar que, enquanto o futuro não atraca, os paranaenses podem brindar – seja ao potencial turístico ou ao prazer de um bom gole.

O tempo dirá se o esforço para receber cruzeiros será recompensado. Mas, por ora, o Paraná segue entre a sofisticação dos simuladores e a curiosa consequência do comércio: um estado que ensaia ser escala dos grandes navios, mas já é parada obrigatória para os amantes da mais famosa bebida escocesa. Estamos de olho.

Ronald Stresser, de Curitiba.

Reindustrialização, o Brasil de volta ao jogo

A volta da indústria: Brasil retoma caminho da reindustrialização com energia eólica offshore como destaque

Por Ronald Stresser

 
Energia eólica offshore impulsiona indústria brasileira - Pixabay
 

Após meia década de declínio, o Brasil começa a apresentar fortes sinais de reindustrialização. O setor de energia renovável — especialmente a eólica offshore — desponta como peça-chave nesse movimento. Com o avanço da tecnologia, a pressão global por energia limpa e um potencial natural que poucos países no mundo podem igualar, o Brasil parece finalmente encontrar fôlego para reverter a desindustrialização que marcou os últimos anos.

Durante a gestão anterior, a indústria brasileira enfrentou um período difícil, afinal foram três anos de queda durante os quatro anos do governo Bolsonaro. Os números reforçam a urgência do processo. No último ano da gestão bolsonarista, o setor recuou 0,7% e terminou o ano com uma produção 2,2% abaixo do nível registrado no pré-pandemia. Foi um período em que a palavra "desindustrialização" deixou de ser um mito para se tornar realidade. Mesmo em 2021, quando a produção cresceu 3,9%, o resultado não foi suficiente para compensar os anos de retração acumulada.

Os números registrados pelo IBGE não retrtam apenas um cenário de crescimento industrial: mostram um plano, um projeto em franca expansão para mudar a trajetória de um setor que, por muito tempo, foi negligenciado. E é justamente contra esse pano de fundo, de um país que rumava exclusivamente ao fomento do setor agropecuário que o atual movimento ganha força. O setor tecnológico ganhou novo fôlego, e dentro deste contexto, a energia eólica offshore está emergindo como um símbolo dessa virada brasileira rumo à industrialização sustentável.

A aposta na energia eólica offshore

Há décadas o Brasil tem tudo para ser o maior protagonista global no setor de energia renovável, e no atual contexto global a energia eólica, gerada offshore, é um exemplo claro deste papel. Com uma faixa costeira de 7.491 km de extensão e ventos constantes, em especial na região Nordeste, o país oferece enorme potencial para se destacar nesse mercado. Mais do que geração de energia limpa, o setor eólico movimenta toda uma cadeia de produção e logística, que vai da fabricação de turbinas à construção de plataformas e serviços de manutenção.

Essa aposta, no entanto, não é apenas econômica. Ela carrega consigo a possibilidade de ressignificar a indústria nacional. A instalação de novos parques eólicos,  bem como a ampliação dis já existentes, se traduz na geração de empregos de alta qualificação, na transferência de tecnologia, atração de investimentos estrangeiros, fatores que inserem definitivamente o Brasil no atual cenário global que buscaca, com urgência, aliar tecnologia com sustentabilidade. A energia eólica offshore, além de ser um importante alicerce da transição energética, pode ser o motor para reerguer a indústria brasileira, impulsionando nosso parque industrial rumo ao futuro.

Reconstruir para avançar

Claro, o desafio é enorme. Os anos de desindustrialização deixaram marcas profundas. Sem uma política industrial consistente, muitas empresas fecharam as portas, e o Brasil perdeu espaço em setores estratégicos. O esforço agora precisa ser conjunto: governo, setor privado e sociedade têm de estar alinhados para recuperar a competitividade da indústria nacional.

Ainda assim, os primeiros sinais são animadores. A retomada da produção industrial, somada ao foco em setores estratégicos como o de energia renovável, traz perspectivas mais otimistas para o futuro. O que está em jogo não é só o crescimento econômico, mas a reconstrução de uma base industrial capaz de competir em um mundo que exige cada vez mais inovação e sustentabilidade.

A reindustrialização brasileira, puxada pela energia eólica offshore, não é apenas uma possibilidade. É uma necessidade. E, dessa vez, parece que o país está disposto a não desperdiçar o vento a favor.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Festa Celebration – O Amor e o Poder

Uma noite de brilho e nostalgia: Festa Celebration – O Amor e o Poder, chega à Sociedade Morgenau!

 
 

Prepare-se para uma noite inesquecível! A primeira grande festa de 2025, em Curitiba, já  tem data marcada. No próximo sábado, dia 29 de março, a Sociedade Morgenau, no Alto da XV, será um epicentro de emoção, música, nostalgia e muita diversão. No último sábado desde mês, acontece a 19ª Festa Celebration, que nesta edição traz o tema "O Amor e o Poder".

O evento, que já é já consagrado no calendário de Curitiba, promete ser uma verdadeira viagem no tempo, celebrando o melhor dos anos 70, 80 e 90 em grande estilo. Em clima de aniversário da cidade, o público será brindado com apresentações de tirar o fôlego: Rosana, ABBA Revival e o icônico DJ Ricardo Monteiro. É a festa perfeita para quem ama os clássicos que nunca saem de moda.

Rosana: a Deusa do Amor e do Poder

Quem não se lembra do sucesso "O Amor e o Poder", trilha sonora inesquecível da novela Mandala? Lançada em 1987, a música transformou Rosana em um ícone nacional e segue sendo um hino de emoção e romantismo.

No dia 29, Rosana sobe ao palco da Celebration para embalar o público com esse e outros sucessos que marcaram gerações, como "Nem um Toque" e "Custe o que Custar". Ela interpretou grandes sucessos e vendeu mais de 5 milhões de discos, Rosana é uma das maiores vozes da nossa MPB. Sucesso de público e crítica, sua apresentação é a principal atração da noite e vai te proporcionar alguns dos momentos mais incríveis da sua vida.

ABBA Revival: uma viagem ao melhor do pop internacional

Os fãs de música disco terão um motivo extra para comemorar: o show impecável da banda catarinense ABBA Revival. Com mais de 300 apresentações no Brasil e na América Latina, o grupo recria com perfeição os maiores sucessos do quarteto sueco mais famoso do mundo. De "Dancing Queen" a "Mamma Mia", a energia e o carisma da banda farão o público reviver a era dourada das pistas de dança. 

DJ Ricardo Monteiro: o mestre das pistas curitibanas

Para completar o line-up de peso, a pista será comandada pelo renomado DJ Ricardo Monteiro, que promete levar a galera ao delírio com uma seleção incrível de hits dos anos 70, 80 e 90. Referência nas noites curitibanas, Ricardo é um verdadeiro maestro quando o assunto é criar a trilha sonora perfeita para momentos de celebração.

Uma festa para ficar na história

Mais do que um evento, a Festa Celebration – O Amor e o Poder é uma oportunidade de se reconectar com as melhores memórias, reviver grandes emoções e criar novas histórias ao lado de amigos e de um público apaixonado por boa música. A atmosfera será de pura diversão, com pista cheia, gente bonita e muita energia positiva.

Mas atenção: os ingressos são limitados e costumam esgotar rapidamente. Não perca tempo e garanta já o seu lugar nessa noite mágica!

Serviço

📅 Data: 29 de março (sábado) - dia do aniversário de Curitiba

🕗 Horário: A partir das 20h  

📍 Local: Sociedade Morgenau – Alto da XV – Av. Sen. Souza Naves, 945 - Curitiba - PR, Brasil

🎟 Ingressos e reserva de mesas: (41) 99552-8070 – Fale com o Dino no SAC da Celebration ou ompre online no GO Ingressos.

Venha celebrar os clássicos que marcaram épocas e compartilhar momentos únicos de brilho, amor e emoção. Você não vai querer ficar de fora dessa! Chame amigas e amigos, reserve sua mesa e curta em geande estilo.

 

quinta-feira, 20 de março de 2025

JFK e o peso de uma história que nunca será plenamente aceita

A nova leva de documentos reabre feridas, mas será que alguma verdade ainda pode mudar a forma como vemos aquele 22 de novembro?

Por Ronald Stresser

 
JFK acena do seu carro em Dallas momentos antes de seu assassinato em 1963.
  

Era um dia ensolarado em Dallas, no Texas. John F. Kennedy, ao lado da primeira-dama dos Estados Unidos, acenava para a multidão no banco de trás de um conversível, quando, de repente, o mundo mudou. O estrondo dos tiros rasgou a tarde texana. O sorriso do presidente congelou no tempo. Um instante que já dura mais de 60 anos — e que, apesar das investigações, dos livros, dos filmes e das teorias, jamais encontrou um ponto final.

O Arquivo Nacional dos Estados Unidos divulgou mais uma leva de documentos sobre o assassinato de JFK. Mais de seis décadas depois, a promessa de uma verdade, que satisfaça definitivamente a opinião pública, continua sendo um horizonte inalcançável. Mas por que isso acontece?

A resposta pode estar na própria essência humana. Não aceitamos que momentos históricos tão brutais possam ser explicados de maneira simples. Não queremos crer que um homem solitário, de uma janela do sexto andar, tenha conseguido ceifar a vida do líder do mundo livre. E, diante desse desconforto, preenchemos as lacunas com histórias.

Conspiração ou medo de encarar a realidade?

De todas as teorias sobre o assassinato de Kennedy, algumas se tornaram quase folclóricas. Há quem diga que a CIA tramou tudo. Que a máfia cobrou uma dívida de campanha. Que Lyndon Johnson tinha um plano para assumir a presidência. E há até quem acredite que o próprio motorista do carro presidencial puxou o gatilho, em um ato desesperado e encoberto pelos agentes do governo.

Mas uma das versões mais chocantes e inusitadas sugere que a primeira-dama,  Jack Kennedy — encoberta por um dos agentes que acompanhavam a comitiva presidencial —, teria puxado uma arma de trás do banco e disparado contra a cabeça do proprio marido, e, logo em seguida, entregado a pistola para um agente que corria atrás do carro. Tudo isso teria sido acobertado pelo Estado.

Soa absurdo? Talvez. Mas essa é apenas mais uma peça no grande quebra-cabeça de desconfiança que se formou em torno da tragédia.

Os números da dúvida

Os americanos nunca engoliram a versão oficial. Uma pesquisa realizada em 2023, pelo instituto YouGov, revelou que 54% da população acredita que Lee Harvey Oswald não agiu sozinho. Outros 24% não souberam opinar. Apenas 23% aceitam a explicação mais simples: a de que um jovem frustrado e simpatizante do comunismo, armado com um rifle, mudou a história agindo sozinho.

E, sejamos sinceros, o próprio governo ajudou a alimentar essa descrença e todas as teorias da conspiração decorrentes. Por décadas, documentos foram mantidos sob sigilo, reforçando a ideia de que real.ente sempre houve algo a esconder. Agora que os arquivos foram liberados, o que se vê é uma avalanche de informações desconexas — relatórios de inteligência, escutas telefônicas, investigações de agentes estrangeiros — mas nenhuma resposta definitiva.

A cada página, surgem novas perguntas. Como explicar que um dos arquivos menciona que, antes do assassinato, a KGB já investigava Oswald? Por que há tantos trechos classificados e ocultos? O que exatamente os serviços de inteligência sabiam.

A busca por sentido

O problema das conspirações é que elas nunca terminam. Elas apenas se multiplicam. Quando um detalhe é desmentido, outro toma o seu lugar. Se nada nos arquivos comprova um plano secreto, os teóricos dirão que os documentos mais comprometedores foram destruídos. Se um agente aparece nas imagens parecendo agir de maneira suspeita, ele se torna automaticamente uma peça do "grande esquema".

Isso não é novo. O filme JFK (1991), de Oliver Stone, popularizou a ideia de que o assassinato foi uma conspiração gigantesca, envolvendo militares, CIA, FBI, Johnson, a máfia e grupos anti-Castro. Mas, se tudo foi um grande plano, por que ninguém jamais confessou? Como centenas de pessoas manteriam esse segredo por tanto tempo?

E se nunca houver uma resposta?

Talvez, a verdade mais difícil de aceitar seja justamente essa: algumas histórias nunca terão uma resposta única e definitiva. O assassinato de Kennedy deixou uma cicatriz profunda, não apenas nos Estados Unidos, mas no próprio conceito de confiança que temos nas instituições.

Nos tempos de redes sociais e desinformação desenfreada, cada nova peça de informação se torna combustível para teorias ainda mais mirabolantes. Influenciadores se aproveitam do fascínio pelo mistério para espalhar narrativas que reforçam suspeitas, mas raramente trazem qualquer compromisso com a história.

E assim seguimos, em um ciclo eterno de perguntas sem respostas. Talvez, mesmo se uma fita de vídeo perfeita surgisse, mostrando com clareza cada segundo do que aconteceu naquele 22 de novembro de 1963, ainda haveria quem dissesse que as imagens foram manipuladas.

No fim das contas, não é sobre descobrir a verdade. É sobre nunca parar de procurá-la.

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