Condenado pelos atos de 8 de janeiro, ex-ministro tem privilégios atrás das grades enquanto o sistema carcerário brasileiro segue marcado por desigualdades e superlotação
Por Ronald Stresser – 27 de novembro de 2025
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| Reprodução/Internet |
A cela destinada ao ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, na Penitenciária do Distrito Federal I, foge completamente da realidade enfrentada pela maioria dos presos brasileiros. Condenado a 24 anos de prisão por envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro, Torres cumpre pena em um espaço de 54 m², com cama de casal, banheiro privativo e até uma área externa exclusiva que funciona como um pequeno quintal.
De acordo com informações divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro tem acesso a banho de sol sem controle de horário, podendo realizar exercícios físicos com total privacidade — um contraste gritante com a rotina dos presos que convivem com superlotação, calor extremo e longas filas para o mínimo de dignidade.
A estrutura diferenciada inclui ainda cinco refeições por dia, entregues diretamente na cela. O tratamento recebido por Torres reacende o debate sobre os privilégios reservados a figuras politicamente relevantes, revelando como o peso da punição no Brasil varia conforme a posição social de quem está atrás das grades.
Enquanto familiares de detentos comuns lutam para garantir itens básicos dentro do sistema prisional, as condições oferecidas ao ex-ministro expõem mais uma vez a distância entre a promessa de justiça igualitária e a realidade de um país que ainda convive com desigualdades profundas.
Veja o vídeo da cela liberado pelo STF


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