Dólar dispara e brasileiros enfrentam Natal mais caro: governo Lula repete erros do passado
Nesta terça-feira, o dólar abriu cotado a R$ 6,20, marcando a segunda maior alta da história recente. Com uma valorização de 1,87% na última sessão, a moeda americana acumula pressões externas e internas que refletem as incertezas fiscais do Brasil. Enquanto isso, o impacto já é sentido no bolso do consumidor: a inflação em alta e os preços elevados deixam as festas de Natal mais magras para milhões de brasileiros.
Apesar das promessas do governo Lula de retomar a estabilidade econômica, o país revive fantasmas do passado. Sob a liderança de Fernando Haddad, já considerado por críticos como o pior Ministro da Economia da história recente, o Brasil parece caminhar pela mesma trilha do período Dilma Rousseff: descontrole fiscal, inflação fora de controle e uma população cada vez mais pressionada.
O peso do dólar e a fragilidade econômica
O aumento na cotação do dólar reflete desconfianças persistentes no mercado. A aprovação recente do pacote de ajuste fiscal não foi suficiente para tranquilizar os investidores, que enxergam as medidas como paliativas. Sem intervenções regulares do Banco Central e com o Congresso em recesso, o câmbio segue instável, agravado pelo cenário externo.
O boletim Focus divulgado ontem indicou aumento nas expectativas de inflação para 2024 e 2025, ambas bem acima da meta de 3% do Banco Central. Além disso, o déficit na conta corrente em novembro reforça a percepção de fragilidade estrutural da economia brasileira.
"A falta de confiança nas políticas econômicas é evidente. Os ajustes fiscais aprovados no Congresso não resolvem o problema estrutural. O mercado precisa de previsibilidade, algo que o governo claramente não oferece", afirmou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.
Natal magro para os brasileiros
A disparada do dólar tem impacto direto na vida dos brasileiros. Produtos importados e insumos dolarizados já encarecem itens básicos, como carne, trigo e combustíveis. Em 2024, a ceia natalina pesa ainda mais no orçamento das famílias, que enfrentam preços altíssimos para montar uma mesa simples.
"É desolador. No ano passado, eu consegui fazer uma ceia completa com carne, frutas e panetone. Este ano, estou escolhendo entre o arroz ou a sobremesa", lamenta Rosângela Lima, dona de casa em São Paulo.
A crise também atinge pequenos empreendedores, como Luiz Ferreira, que vende bolos de Natal em Brasília. "O trigo disparou. Tive que repassar o custo para o cliente, mas estou vendendo menos. Parece que todo mundo está apertado", explica.
Repetindo erros históricos
O descontentamento com a condução econômica do país cresce. Fernando Haddad, que chegou ao cargo prometendo diálogo com o mercado, enfrenta críticas pesadas. Para analistas, sua gestão é marcada por hesitação e falta de clareza na execução de políticas econômicas.
"Estamos vendo o mesmo roteiro do governo Dilma. Gastos desenfreados, descontrole das contas públicas e o povo pagando a conta", aponta o economista Rodrigo Valverde.
A pressão sobre o governo Lula aumenta. A promessa de um terceiro mandato marcado por estabilidade econômica e redução da pobreza esbarra em desafios fiscais que o governo ainda não conseguiu superar. Para muitos, as festas de fim de ano são um símbolo amargo do preço que o Brasil paga por escolhas equivocadas.
E agora?
Com o recesso parlamentar e as festas de fim de ano, o mercado deve seguir pressionado. A volatilidade cambial e a falta de intervenções robustas do Banco Central deixam dúvidas sobre o futuro próximo. Para os brasileiros, resta a esperança de que 2025 traga alívio, mas o cenário atual não permite otimismo.
Enquanto o dólar sobe, o poder de compra despenca, e o Natal de 2024 se confirma como um dos mais difíceis dos últimos anos. Uma realidade que reflete não apenas as pressões externas, mas também uma gestão econômica que parece cada vez mais perdida. O dólar abriu a terça-feira, 24 de dezembro, valendo R$ 6,20.
Ronald Stresser,
Nenhum comentário:
Postar um comentário