quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Até onde vai o amor de Tarcísio por Trump e Bolsonaro?

Mesmo com os prejuízos bilionários que o estado de São Paulo já está enfrentando com o tarifaço de Trump, Tarcísio insiste em seu amor por Trump e Bolsonaro

Por Ronald Stresser | Sulpost

 
"MAGA"? - Reprodução/Redes Sociais
 

O estado de São Paulo vive um drama silencioso. Enquanto fábricas lutam para não fechar as portas, o campo sofre prejuízos gigantescos e famílias enfrentam o medo do desemprego e a incerteza com o amanhã, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem outros planos: visitar seu “amigo pessoal” Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por tentativa de golpe de Estado.

Ao mesmo tempo, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, impõe tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Uma retaliação política. O motivo? O processo contra Bolsonaro e a traição de Eduardo, o "zero dois", deputado federal eleito por SP que se mudou para os EUA.

O preço da submissão: 245 mil empregos ameaçados

Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, as tarifas americanas atingem em cheio o interior paulista. Cidades exportadoras estão em alerta:

  • Piracicaba: US$ 1,3 bilhão
  • Matão: US$ 519,7 milhões
  • São Paulo (capital): US$ 350,9 milhões
  • Colina: US$ 328,5 milhões
  • Guarulhos: US$ 308,8 milhões
  • Pederneiras: US$ 249 milhões

Estão em risco, cerca de:

  • 200 mil empregos na cadeia da laranja
  • 15 mil empregos no setor do café
  • 15 mil empregos na pecuáriapiscicultura e apicultura
  • 10 mil empregos na indústria de máquinas e implementos agrícolas

No total, até 245 mil postos de trabalho podem sumir. E o governador? Apoia o tarifaço? Vai visitar Bolsonaro e não se posiciona contra os EUA em defesa de São Paulo?

“Lacaio dos EUA” ao invés de servir ao povo de São Paulo

Como recentemente denunciou Guilherme Boulos, Tarcísio governa com a cabeça nos Estados Unidos e o coração em Brasília, na casa do ex-presidente em prisão domiciliar:

“Tarcísio não governa para São Paulo. Ele governa para Bolsonaro e os Estados Unidos.”

Empresários, prefeitos, sindicatos... todos pedem uma reação. Tarcísio, por hora, silencia. Prioriza os vínculos ideológicos e uma aparente submissão ao imperialismo norte-americano.

E o Brasil?

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta negociar com o Tesouro americano para reverter a crise. Mas enquanto deveria ter o apoio do governador de São Paulo, o mesmo parece tentar isolá-lo. Falta apoio firme do maior e mais rico estado do país.

Enquanto isso, máquinas estão sendo desligadas e o dolo deixa de ser. Famílias perdem o sono. O futuro do emprego em São Paulo está sendo trocado por fidelidade a dois líderes que já não governam nada além de seus próprios interesses.

Até onde vai o amor de Tarcísio? Quando começa o dever com São Paulo?

Essa é a pergunta que ecoa nas ruas de Araraquara, Jundiaí, Suzano, Lins e tantos outros municípios atingidos. É hora de escolher um lado. E o povo paulista não pode ser o lado esquecido.

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