sábado, 19 de julho de 2025

Entre as bases e os bastidores do PT Paraná, a luta de Arilson Chiorato

A batalha que incendeia o PT: Arilson Chiorato enfrenta a máquina em nome da coerência e da base popular do partido 

Por Ronald Stresser | Sulpost

 
 

O coração do campo progressista do Paraná segue pulando, num ritmo intenso e carregado de significados. É uma batida que tem mobilizado militantes, lideranças e movimentos sociais da esquerda no estado. No próximo domingo (27), o deputado estadual Arilson Chiorato encara um grande desafio: reverter a derrota no primeiro turno da eleição interna do PT-PR para o deputado federal Zeca Dirceu, filho do histórico dirigente José Dirceu e que tem o apoio do atual presidente da legenda, Edinho, eleito em primeiro turno.

O que está em jogo é muito mais que uma eleição. É o rumo e o rosto do Partido dos Trabalhadores no Paraná.

Um projeto de base contra a máquina

Arilson, atual presidente estadual do PT e líder da oposição ao governador Ratinho Junior na Assembleia Legislativa (ALEP), representa um projeto que muitos chamam de “resistência progressista”, fincado no interior do estado, nas lutas comunitárias e no diálogo direto com as bases. Em contraponto, seu adversário carrega o prestígio de Brasília, a força da máquina partidária e uma articulação nacional robusta.

“Essa disputa escancara dois projetos diferentes para o PT. Um quer aprofundar a relação com o interior, com os movimentos sociais, com o Paraná real. O outro mantém o modelo atual, mais centrado em figuras e estruturas já consolidadas”, explica um militante histórico da região de Apucarana, reduto de Arilson.

Desde o resultado do primeiro turno, o deputado estadual, e atual presidente da legenda no Paraná, intensificou a agenda política e tem contado com o apoio de lideranças do campo popular, de dirigentes, sindicalistas e militantes que acreditam na atual fórmula do PT PR de renovar a forma de fazer política dentro do campo progressista. A caminhada do deputado Arilson Chiorato tem sido marcada por um discurso que não foge do embate direto: "Não podemos permitir que o PT se afaste das bases e se acomode. Nossa luta é por coerência, por enraizamento e por uma oposição firme à política de Ratinho Junior", afirma.

Voz firme contra descaso e abusos

Na Assembleia Legislativa, Chiorato tem sido a principal voz de enfrentamento ao governo estadual. Como líder da oposição, tem pautado denúncias de irregularidades, descaso com o serviço público e conivência com empresas que desrespeitam direitos trabalhistas. Um dos casos mais recentes é o da obra de duplicação da rodovia PR-317, onde a empresa responsável, TCE Engenharia Ltda., abandonou a execução e deixou para trás funcionários sem seus direitos básicos garantidos.

Arilson protocolou requerimentos exigindo:

  • Apuração imediata da regularidade do contrato com a TCE Engenharia;
  • Suspensão dos pagamentos públicos à empresa enquanto não houver comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas;
  • Declaração de inidoneidade da empresa, impedindo-a de continuar recebendo recursos públicos;
  • Convocação de reunião emergencial com a presença do Ministério do Trabalho, Secretaria de Infraestrutura e representantes dos trabalhadores para garantir prazos e soluções.

“Não é aceitável que empresas que descumprem contratos e desrespeitam trabalhadores continuem faturando com dinheiro público”, denuncia Arilson. Sua atuação ecoa na base petista, que vê nele um representante legítimo da ética na política e da proteção ao povo trabalhador.

Liberdade não é licença para o ódio

Além do embate interno e do enfrentamento ao governo estadual, Arilson tem levantado bandeiras nacionais. Uma delas é o combate à desinformação nas redes sociais. Ele defende que a liberdade de expressão deve ser preservada, mas que não se pode mais tolerar a “libertinagem política” disfarçada de opinião.

“O Brasil precisa de parlamentares que defendam a soberania nacional, os empregos e a dignidade das pessoas. Enquanto isso, figuras como o senador Sérgio Moro se calam diante dos ataques à democracia e à justiça social”, afirma, criticando fortemente o senador paranaense outrora responsável pela vergonhosa Operação Lava-jato.

Arilson tem defendido regras mais claras para o uso das redes sociais, com penalidades para quem as utiliza apenas para espalhar mentiras ou atacar a honra de adversários. Para ele, o país vive um momento em que é necessário resgatar o respeito e a civilidade no debate público.

O PT que brota do chão da lavoura e da fábrica

Em sua trajetória, Arilson não é visto como um nome de gabinete. Sua militância é marcada pela construção política em sindicatos, assentamentos, igrejas progressistas e movimentos populares. Para muitos, ele representa uma retomada do PT que nasce do chão da fábrica, da escola pública, da roça e da periferia.

“Essa eleição é simbólica. É sobre que tipo de partido queremos ser no Paraná e no Brasil. Estamos do lado de quem quer um PT mais forte, mais ético e mais conectado com quem realmente precisa”, diz uma militante da juventude petista de Irati.

O desfecho da disputa no próximo domingo poderá redesenhar o mapa político do PT-PR. Mas para Arilson Chiorato, a vitória não se resume ao cargo: é o fortalecimento de um projeto de partido comprometido com a justiça social, com a luta dos de baixo e com a coragem de fazer oposição verdadeira àqueles que parecem ainda pensar que vivemos numa sociedade de castas.

📌 Ronald Stresser

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