Brizola faria diferente: a decepção de um brizolista com a saída de Carlos Lupi
Por Antonio Simião.
Não foi para isso que Leonel Brizola fundou o PDT. O partido nasceu com a missão clara de defender os trabalhadores, promover a justiça social e combater com firmeza as injustiças que assolam o povo brasileiro. Infelizmente, Carlos Lupi, que até então não tinha motivos para ser alvo de críticas, não se portou como um verdadeiro defensor desses princípios. Sua saída do Ministério da Previdência, num momento em que o país mais precisava de firmeza e coragem, é, no mínimo, lamentável.
Em vez de assumir a linha de frente, enfrentar a crise com pulso firme e exigir a abertura de uma CPI para apurar os fatos e punir os responsáveis, Lupi preferiu recuar.
No momento em que mais se esperava a presença de um ministro comprometido com a verdade e com os trabalhadores, ele abandonou o barco. A sua demissão não apenas o fragiliza politicamente, mas também macula a imagem do PDT, que ocupa o Ministério da Previdência por sua representatividade na coalizão governamental.
Agora, mais uma vez, corre-se o risco de o partido trocar apoio político por cargos, como se nada tivesse acontecido. Lupi pode até reassumir o ministério futuramente, como se fosse possível simplesmente apagar o passado. Isso seria um desrespeito aos ideais de Brizola e uma afronta aos verdadeiros Pedetistas e brizolistas, que hoje se sentem decepcionados e envergonhados.
Leonel Brizola deixou o PTB justamente para fundar o PDT e dar continuidade às suas ideias progressistas e nacionalistas. Hoje, infelizmente, estamos muito distantes dos objetivos traçados por ele. Esta não era a hora de fugir da raia. Era a hora de lutar, de enfrentar os desafios de cabeça erguida, como Brizola faria.
Delegado Simião, Brizolista!
- Esta é a opinião de um leitor, e não necessariamente representa a opinião do blog Sulpost.


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