sábado, 3 de maio de 2025

O Paraná diante de um novo tempo: o que está por vir com Enio Verri?

Enio Verri: O nome que pode transformar o Paraná e levar o estado ao novo capítulo da política nacional

Por Ronald Stresser – Especial para o Sulpost

 
Enio Verri sendo diplomado - Gibran Mendes
 

Sou neto de pioneiros, daqueles que transmitiam notícias na raça, quando o interior do Paraná ainda era uma promessa e não havia nem estrada decente entre Londrina e Pato Branco. Cresci vendo meu pai batucar a máquina de escrever nas madrugadas, puxando o fio da realidade com a coragem dos que entendem o papel de um jornal: ser espelho e farol. Hoje, me vejo na obrigação de narrar o que talvez seja um ponto de virada na história política do nosso estado.

É cedo — eu sei. Mas é inegável: algo diferente está no ar.

Enio Verri, esse paranaense de Maringá, que já foi professor, secretário de planejamento e deputado federal, hoje lidera a Itaipu Binacional como quem planta para daqui a 50 anos. E faz isso com um tipo de sensibilidade que anda raro em tempos de vaidades e manchetes fáceis. Tem algo de genuinamente popular e profundamente técnico nesse homem que alguns já chamam, com voz baixa, de futuro governador.

Não é apenas sobre política. É sobre projeto.

Desde que assumiu a direção-geral da usina, Verri reconfigurou a forma como o recurso público — vindo da geração de energia — é distribuído. Sai o modelo engessado, centralizado, muitas vezes limitado à faixa de fronteira. Entra uma Itaipu que olha para os 399 municípios do Paraná e para outros 35 do Mato Grosso do Sul com o mesmo cuidado. Foi assim que nasceu o programa Itaipu Mais que Energia, um nome que parece simples, mas carrega um conceito que, se levado a sério, transforma.

Estamos falando de quase R$ 1 bilhão em projetos que dialogam diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. E isso não é discurso vazio. São ações concretas: recuperação ambiental, incentivo à energia solar, educação, agricultura familiar, valorização da cadeia dos recicláveis e apoio direto à população mais vulnerável.

Tem obra de drenagem em Foz do Iguaçu que vai acabar com as enchentes crônicas. Tem investimento na Casa da Mulher Brasileira, primeira unidade do programa em uma região de fronteira. Tem cirurgia sendo feita no SUS com verba da Binacional para aliviar a fila de 22 mil pacientes. E tem apoio a indígenas avá-guarani que nunca foram sequer ouvidos antes. Agora são tratados como parte do processo.

É nesse cenário que surge a pergunta que muitos já fazem, até nas rodas mais conservadoras do nosso interior: Será que agora vai? Será que, enfim, o Paraná vai eleger um governador do partido do presidente Lula?

Eu confesso que não sou de me antecipar ao tempo, mas aprendi a ler os sinais. Lula, ao que tudo indica, caminha para uma reeleição com folga, talvez até no primeiro turno. E todo paranaense que viveu os anos de seca federal sabe: é diferente quando se tem um governador que fala a mesma língua do Planalto. O dinheiro chega mais rápido, os projetos fluem, os pequenos municípios respiram, a população prospera.

A história nos mostra isso com clareza. Nos tempos de sintonia entre Curitiba e Brasília, o estado prosperou. Quando houve confronto, quem pagou o preço foram os nossos, de Abatiá à Xambre — o comerciante de Londrina, o fabricante de bonés de Apucarana, a professora de Sengés, o agricultur de Sarandi, o hoteleiro de Foz, o empresário de Curitiba...

Mas voltemos a Verri.

É um homem de bastidores. Discreto, sem firulas. Mas quem acompanha de perto sabe: está montando algo grande. O segredo da viabilidade está na composição da chapa. Um bom vice — que represente os setores produtivos do agro, ou mesmo uma mulher de expressão regional — pode ser a senha para uma campanha vitoriosa. Há quem fale de frente ampla, e há quem fale até de primeiro turno.

Não é um jogo fácil. Sérgio Moro ainda lidera as pesquisas. E há nomes de peso rondando a disputa: Alexandre Curi, Guto Silva, Requião Filho e Cristina Graeml. Todos eles têm seus trunfos. Mas nenhum deles, até agora, mostrou o tipo de entrega que Verri vem demonstrando sem alarde — com números, resultados, ações.

É cedo para declarar apoio. E este não é um texto de campanha, que fique claro. Mas sim, é justo dizer: muito provavelmente, se ele for candidato, meu voto será dele.

Falo como jornalista, mas também como neto de pioneiros do nosso estado e como pai de um filho que quero ver crescendo num Paraná mais justo, mais sustentável, mais inteligente. O que está em jogo em 2026 não é apenas uma eleição. É uma oportunidade de repensar o nosso rumo, com quem conhece a nossa terra e respeita o nosso povo.

Enio Verri pode ser essa virada. E talvez — só talvez — estejamos diante de um novo tempo.

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