segunda-feira, 23 de junho de 2025

O Paraná, através de Itaipu, marca presença vital na COP30

Itaipu apoia o Brasil na realização da COP 30 e transforma o debate climático em ação concreta

Por Ronald Stresser | Sulpost

 
Foto: Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/PR
 

Num mundo cada vez mais pressionado pela urgência climática, o Brasil decidiu não apenas sediar a próxima Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas — a COP 30 — mas também dar a ela um novo propósito: torná-la a “COP da ação”. E, nesse novo capítulo da história ambiental do planeta, uma protagonista com DNA brasileiro já assumiu seu papel com firmeza e clareza: Itaipu Binacional.

Durante o Encontro Climático da ONU (SB62), realizado em Bonn, na Alemanha, foi anunciada oficialmente a estratégia da presidência da COP 30 para transformar consensos em resultados. E junto com essa estratégia, veio a confirmação do apoio fundamental da empresa pública Itaipu — símbolo internacional de eficiência, inovação e gestão sustentável — na construção desse evento que pretende virar a chave do discurso para a prática.

Virada de chave: da promessa à entrega

Há anos as conferências climáticas acumulam consensos e diagnósticos. Sabemos o que precisa ser feito: reflorestar, reduzir emissões, acelerar a transição energética. O que falta? A execução. E é exatamente nesse ponto que o Brasil, sob a liderança do embaixador André Corrêa do Lago e da diretora executiva da COP 30, Ana Toni, quer inovar.

“Já temos uma agenda desde a COP 21. Mas precisamos ver caso a caso por que certas ações não avançaram. Falta financiamento? Capacitação? Regulação?”, questiona Ana Toni. O objetivo agora é claro: identificar os gargalos e superá-los. O Brasil quer sair da COP 30 com uma “agenda de ação” concreta, com apoio aos negociadores, entregas viáveis e mecanismos para monitorar o progresso.

O papel de Itaipu: ação concreta em escala real

Em um mundo onde as promessas parecem maiores que os atos, Itaipu se destaca por ser justamente o oposto. Há décadas, a empresa age no território com resultados mensuráveis e replicáveis. Suas ações, que abrangem 434 municípios do Paraná e do Mato Grosso do Sul, serão uma das vitrines brasileiras durante a COP 30.

“A gente atua para garantir água para a produção de energia, mas com foco nas pessoas. O que está em jogo não é o planeta. Somos nós”, afirma com firmeza Carlos Carboni, diretor de Coordenação de Itaipu.

Os números falam por si. A recuperação de 9 mil nascentes. A assistência técnica sustentável a 7 mil famílias de agricultores. A estruturação de coleta seletiva e reciclagem em 255 cidades, beneficiando diretamente 4 mil catadores. A preservação de mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica. E, como se não bastasse, pesquisas em fontes limpas como biogás, energia solar flutuante, hidrogênio e combustíveis sustentáveis para aviação.

“Estamos contribuindo com o governo federal não apenas na logística da COP, mas na essência do debate. Ajudamos a construir o conteúdo e a levar soluções reais”, afirma Lígia Leite Soares, chefe do escritório de Brasília e coordenadora da agenda de Itaipu na SB62.

Belém: o palco da esperança

A cidade escolhida para sediar a COP 30, Belém do Pará, no coração da Amazônia, não é apenas um símbolo ambiental, mas também um território vivo, onde os efeitos das mudanças climáticas são sentidos cotidianamente. A ideia é que, além dos tradicionais pavilhões de países e organizações da ONU, a COP em Belém tenha também pavilhões temáticos, baseados nos consensos do Balanço Global do Acordo de Paris.

Os seis grandes eixos que guiarão esses espaços são: Energia, Indústria e Transportes; Florestas, Oceanos e Biodiversidade; Agricultura e Sistemas Alimentares; Cidades, Infraestrutura e Água; Desenvolvimento Humano e Social; e, de forma transversal, Finanças, Tecnologia e Capacitação. Cada pavilhão terá uma intensa programação de 70 eventos ao longo dos dez dias de conferência.

Um novo paradigma de participação

A grande ambição da COP 30 é também incluir de forma mais estruturada os chamados “não negociadores” — setor privado, comunidades tradicionais, sociedade civil e juventudes. O Brasil quer transformar a COP em um espaço de escuta ativa e de construção coletiva, onde as soluções não venham apenas das salas de negociação, mas da vida real.

Nesse sentido, o modelo que Itaipu já pratica — integrando governos locais, produtores rurais, catadores, universidades e empreendedores — surge como exemplo de que a transição climática só será possível com justiça social e cooperação territorial.

Um legado brasileiro para o planeta

Em um cenário global de descrença e exaustão diante da lentidão das respostas climáticas, a proposta do Brasil e o apoio de Itaipu representam um sopro de esperança. Uma lembrança de que é possível fazer diferente. De que ainda dá tempo.

“Se todos nós concordamos que essas são as prioridades, então vamos implementar”, reforça o embaixador Corrêa do Lago. E a presença de Itaipu, com suas ações concretas e impacto mensurável, dá ao Brasil não apenas discurso, mas autoridade moral para liderar esse novo momento.

A COP 30 quer marcar o início de uma nova era: a era da ação. E Itaipu estará lá, não como coadjuvante, mas como símbolo de um país que acredita no poder transformador da gestão pública, da ciência e da solidariedade ambiental.

Com informações da Presidência da COP 30 – Coletiva no Encontro Climático da ONU (SB62), Bonn, Alemanha; Itaipu Binacional – Coordenação Ambiental e Assessoria de Comunicação; Embaixador André Corrêa do Lago e Ana Toni, diretora-executiva da COP 30; Lígia Leite Soares, coordenadora da agenda de Itaipu na SB62; Relatório oficial do Global Stocktake – COP 28, Dubai

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