domingo, 22 de junho de 2025

Itaipu atinge em julho maior produtividade mensal da história

Mais que uma usina: Itaipu vence o tempo, gera mais que a maior do mundo e ilumina o futuro não apenas com energia elétrica, mas também humana

Por Ronald Stresser | Sulpost
 
Eixo de uma unidade geradora da Itaipu - Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu
 

De um lado, o Brasil. Do outro, o Paraguai. Entre os dois, o rio Paraná — largo, profundo e cheio de história. E no coração desse encontro, pulsa Itaipu: mais que uma usina, uma força viva que transforma água em luz, fronteiras em laços, e engenharia em esperança.

Construída com o esforço conjunto de dois países, Itaipu Binacional nasceu do sonho ousado de domar o rio e fazer dele um aliado. Hoje, quase quatro décadas depois de sua inauguração, ela se reafirma como uma das maiores fontes de energia limpa do planeta — e, mais que isso, como a usina que mais gera energia elétrica no mundo, superando até mesmo a colossal Três Gargantas, na China, quando o que se mede é a produção real, ano após ano.

Itaipu, com seus 14.000 megawatts de potência instalada, não tem o título de "maior do mundo" em tamanho, mas ostenta algo mais valioso: constância, eficiência e compromisso com a vida.

Números contando histórias de gentes

Em 2016, enquanto a imponente Três Gargantas enfrentava desafios de regime hídrico, Itaipu quebrou recordes e produziu mais de 103 terawatts-hora (TWh) de energia — o suficiente para abastecer o Brasil inteiro por quase dois meses. E mesmo em 2023, com 83,9 TWh gerados, seguiu entre as líderes mundiais.

Mas não é só sobre números. Itaipu representa estabilidade para milhões de brasileiros e quase a totalidade dos paraguaios, que dependem dessa força silenciosa que brota das águas. Em tempos de crise energética, em que o Brasil viveu apagões e incertezas, foi Itaipu quem segurou as pontas, literalmente.

Sua energia é mais do que eletricidade. É uma forma de vida.

Energia sustentável, limpa e de baixo custo

A matriz elétrica brasileira, reconhecida internacionalmente por sua vocação renovável, encontra em Itaipu uma âncora fundamental. A energia ali gerada tem baixo custo de produção, quase zero emissão de carbono e papel essencial para equilibrar o sistema nacional nos momentos de pico.

Itaipu não é só eficiente: é ética. Numa era em que o planeta grita por soluções sustentáveis, ela responde com um rugido calmo, feito de água, tecnologia e cooperação.

Dois países, uma energia

Quando se pensa em Itaipu, é impossível não lembrar do que ela representa para o Brasil e o Paraguai. Não apenas uma construção binacional, mas uma ponte de solidariedade e respeito entre povos. São milhares de trabalhadores, engenheiros, técnicos, ambientalistas e agentes sociais que fazem dessa usina algo humano.

Sim, humano.

Porque ali se plantaram árvores, se recuperaram matas, se salvaram espécies e se educaram gerações. Ali não se gera apenas energia, mas consciência.

E o futuro?

Em um mundo que caminha para a descentralização energética, Itaipu segue atual. O que muda são as formas, não o valor da estabilidade. Enquanto fontes solar e eólica crescem — e precisam de um pulmão que mantenha o fôlego do sistema — Itaipu permanece como o coração confiável, sempre batendo.

Ela é a segurança. A retaguarda. O símbolo de que grandes obras podem, sim, coexistir com o cuidado ambiental e o desenvolvimento humano.

Uma usina, muitas vidas

Visitar Itaipu é sentir a força das águas não como ameaça, mas como promessa. É ver, no concreto da barragem, o suor de milhares de trabalhadores. É compreender que tecnologia e humanidade podem — e devem — andar juntas.

Ela já abasteceu sonhos, acendeu casas, moveu fábricas e resgatou esperanças. E continua.

Dia após dia.

Turbina após turbina.

Mais do que a maior geradora de energia do mundo, Itaipu é uma lição de como a engenharia pode ser humana, e como a energia pode, sim, vir com alma.

  • Com informações de Itaipu Binacional, Agência Brasil, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), IEEE, Ministério de Minas e Energia, Folha de S.Paulo, BBC Brasil. Edição:: Ronald Sanson Stresser Junior.

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