sexta-feira, 25 de abril de 2025

PT aposta em Enio Verri para disputar — e vencer — o governo do Paraná em 2026

Lançado como pré-candidato pela corrente majoritária do partido, o atual diretor-geral da Itaipu Binacional surge como nome de consenso e representa a melhor chance histórica do PT no estado

Por Ronald Stresser, da redação.

 
Enio Verri - Foto: Rafa Kondlatsch
 

O Partido dos Trabalhadores pode estar diante de um momento inédito no Paraná. Pela primeira vez, uma candidatura ao Palácio Iguaçu reúne musculatura, capilaridade política e unidade interna para tornar viável o que até hoje foi apenas um sonho frustrado: eleger um governador petista em solo paranaense. O nome da vez é Enio Verri.

Economista e professor universitário, Verri ganhou notoriedade como deputado federal e hoje está à frente da diretoria-geral brasileira da Itaipu Binacional. Sob sua gestão, a hidrelétrica voltou a se destacar como vetor de desenvolvimento regional, com foco em energia limpa, inovação, sustentabilidade e impacto social. Essa virada de chave no perfil da estatal tem sido uma vitrine importante para o projeto político que se desenha em torno de seu nome.

No final de janeiro passado, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) — maior força interna do PT — lançou oficialmente a pré-candidatura de Verri ao governo do estado, em evento realizado em Paranaguá. A escolha é estratégica e foi construída com base em consenso, não só dentro da CNB, mas também na Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV. A ideia é clara: ocupar o espaço progressista no Paraná com um nome competitivo, experiente e com forte identidade estadual.

A movimentação petista acontece em meio à fragmentação do campo governista. O grupo político do atual governador, Ratinho Junior (PSD), vive um racha com quatro nomes disputando a sucessão: Alexandre Curi, Rafael Greca, Darci Piana e Guto Silva. A desunião abre uma brecha que pode ser decisiva em um cenário polarizado — especialmente com a presença de Sergio Moro, já colocado como pré-candidato da extrema-direita.

Enquanto isso, Verri avança com um discurso que mescla técnica e sensibilidade política. O programa “AMP & Itaipu 4.0”, implementado em parceria com a Associação dos Municípios do Paraná, reforça sua conexão com os prefeitos e vereadores de base, ao mesmo tempo em que apresenta resultados concretos no apoio à educação, infraestrutura e geração de energia renovável.

A aposta no nome de Verri também se sustenta no simbolismo. Ele representa um novo momento do PT no estado: menos defensivo, mais propositivo. A força de sua candidatura tem o potencial de puxar votos para a renovação das bancadas estadual e federal, oxigenando o partido e reposicionando a esquerda paranaense num patamar competitivo.

Mais que uma aposta, Verri é a chance de um reencontro entre o Paraná e o campo progressista. Seu lançamento como pré-candidato marca o início de uma disputa onde, pela primeira vez em muito tempo, o PT entra em campo para vencer — e não apenas para marcar presença.

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