sábado, 8 de fevereiro de 2025

Gasolina sobe outra vez e escancara a falta de visão do governo brasileiro

O peso da gasolina no bolso do brasileiro: até quando a Petrobras será um fardo para a livre concorrência?

 
 

O brasileiro já se acostumou a segurar o fôlego ao parar no posto de gasolina, mas nos últimos dias, o susto tem sido ainda maior. O litro da gasolina já custa, em média, R$ 6,35 – o maior valor em mais de dois anos. O diesel, essencial para o transporte de mercadorias, não ficou atrás: chegou a R$ 6,38. E a tendência é clara: quando os combustíveis sobem, tudo sobe junto. 

O impacto é imediato e devastador. Com a maior parte da carga no Brasil transportada por rodovias, o aumento no preço do diesel pressiona ainda mais o custo dos alimentos, dos remédios, das roupas e de todos os bens de consumo. A inflação, que já corrói os salários, ganha um combustível extra para disparar. E, no fim das contas, o que sobra para o trabalhador? Menos poder de compra, mais sacrifício.  

O monopólio da Petrobras e o jogo de cartas marcadas

A estatal brasileira do petróleo continua ditando as regras do jogo, mantendo um monopólio que impede a livre concorrência e impõe preços altíssimos ao consumidor. A narrativa de que o governo "segura os reajustes" para proteger a população desmorona diante da realidade: além da alta de impostos, como o ICMS que subiu no início de fevereiro, a própria Petrobras elevou o valor do diesel para as distribuidoras em R$ 0,22, o que já reflete nos preços nas bombas.  

A verdade inconveniente é que a Petrobras opera como um gigante ineficiente, cujos interesses nem sempre estão alinhados com os do povo. Enquanto se discute a necessidade de controle estatal sobre os combustíveis, a realidade mostra que essa política centralizadora apenas perpetua um ciclo de aumentos e instabilidade.  

O livre mercado como alternativa

Se há um argumento constantemente rebatido por defensores da estatização do setor, é o de que a privatização levaria a preços ainda mais altos. Entretanto, quando observamos exemplos internacionais vemos o contrário: em mercados verdadeiramente competitivos, a livre concorrência acaba regulando os preços de maneira bem mais eficiente do que qualquer canetada governamental.  

Países que abriram mão do monopólio estatal no setor de combustíveis conseguem oferecer preços mais estáveis e previsíveis, sem a interferência de políticas populistas ou aumentos abruptos. A estatal brasileira, por sua vez, tem mostrado que, mesmo sendo contratada pelo governo, não consegue dar garantia de estabilidade no preço final dos derivados ao consumidor – apenas a certeza de que, cedo ou tarde, a conta da intromissão política nos preços vai chegar.  

Inflação, juros e tributos: o trio que estrangula o pais

O aumento dos combustíveis não acontece em um vácuo. Ele se soma a um cenário já caótico para a economia brasileira. O país segue com uma das cargas tributárias mais altas do mundo, juros estratosféricos e uma inflação que, longe de estar controlada, tem sido um fantasma constante no orçamento das famílias.  

Com um governo que insiste em gastar mais do que arrecada e uma política econômica que prioriza o aumento de impostos para cobrir rombos fiscais, o Brasil parece preso em um ciclo vicioso. O trabalhador perde poder de compra, o empresário vê seus custos dispararem, e o país segue refém de uma estatal que, em vez de servir ao povo, serve a interesses políticos e corporativos.  

Até quando? 

O preço dos combustíveis é apenas a ponta do iceberg de um problema que em verdade é estrutural: a falta de liberdade econômica no Brasil. Enquanto o governo mantiver controle absoluto sobre o setor de petróleo e gás, o consumidor continuará pagando a conta da ineficiência na gestão e das decisões políticas que priorizam sempre o Estado, mesmo que em detrimento de toda a população. 

A pergunta que resta é: até quando o brasileiro aceitará passivamente esse jogo de cartas marcadas?

Ronald Stresser, da redação.


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