A festa, celerada no 2º domingo do ano, teve início em 1979 - Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens |
"A lavagem é um momento de renovação para o ano que começa. Tomar um banho com as águas de Oxalá é fazer uma purificação da carne", descreve Sílvio Botelho, que é artista plástico e criador dos bonecos gigantes que desfilam no carnaval de Olinda.
A união do candomblé com o catolicismo atrai todos os anos os grupos candomblecistas do Brasil inteiro, principalmente fiéis regidos de Oxalá, o orixá da paz. Tradicionalmente realizada no segundo domingo de janeiro, a festa que teve início em 1979 hoje tem uma proporção gigantesca e para os organizadores é motivo de orgulho.
"Queremos que nosso Cortejo chegue ao tamanho da Lavagem do Bonfim, na Bahia. Todos os anos arrastamos milhares de pessoas que vêm até nós em busca da lavagem para começar o ano purificado e isso nos alegra", destacou o tata Raminho de Oxóssi.
Para Sílvio Botelho, que também é um dos organizadores do evento, a procissão é uma forma da população de adeptos do candomblé enfrentar o preconceito, a intolerância e o racismo praticado contra as expressões culturais e religiosas de matriz africana no Brasil, e como tal, as Águas de Oxalá são um espaço de resistência. A cerimônia terminou em um terreiro, que fica em Jardim Brasil 1, onde é cantado hinos para Oxalá e Xangô. (Nicole Simões)
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