Ventos de 95 km/h e granizo de até 100 g deixam rastro de destruição no Paraná; Defesa Civil mobiliza ajuda e famílias iniciam reconstrução
Por Redação Sulpost — atualizado com informações do Agência de Notícia do Estado e Simepar — 3 de novembro de 2025
| Imagem: SIMEPAR/Reprodução |
O fim de semana transformou bairros tranquilos em cenas de emergência: rajadas de vento que alcançaram 95 km/h, pedras de granizo superiores a 100 gramas e volumes de chuva concentrados em poucas horas deixaram um rastro de destruição em diversas cidades do Paraná. Em localidades como Campo Mourão, Jandaia do Sul, Planalto e Santa Helena, famílias acordaram para telhados destruídos, energia interrompida e a necessidade imediata de abrigo.
A intensidade do fenômeno
O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) registrou rajadas acima de 50 km/h em pelo menos 15 municípios desde sábado (1.º). Picos de 95 km/h foram anotados em Cornélio Procópio e 91 km/h em Santo Antônio da Platina; em Jandaia do Sul, as pedras de granizo chegaram a pesar mais de 100 g. Em Santa Helena, o acumulado foi de 138,6 mm — quase a média histórica do mês de novembro concentrada em poucas horas.
Resposta da Defesa Civil e socorro
A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil (CEDEC/PR), em conjunto com as defesas civis municipais e o Corpo de Bombeiros, já registrou ocorrências em 16 municípios e distribui lonas, telhas, kits dormitório, cestas básicas e kits de higiene. Há auxílio humanitário sendo preparado com prioridade para Jandaia do Sul, Pitangueiras e Barbosa Ferraz.
Municípios com ocorrências registradas até as 8h (lista parcial): Assis Chateaubriand, Barbosa Ferraz, Campo Mourão, Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste, Jandaia do Sul, Moreira Sales, Nova Aurora, Peabiru, Pitangueiras, Planalto, Quarto Centenário, Quinta do Sol, Rolândia, Santa Fé e São João do Ivaí.
Previsão para os próximos dias
Segundo o Simepar, o tempo segue sujeito a instabilidades nesta segunda-feira, especialmente no interior — com possibilidade de chuva mais intensa em pontos isolados e sensação de abafamento (temperaturas próximas dos 30 °C no Oeste). Na terça-feira a tendência é de melhora, com sol predominando em grande parte do estado e chuvas isoladas apenas em áreas específicas (Campos Gerais, RMC e litoral).
Impacto humano e solidariedade
Além dos prejuízos materiais, o que se lê por trás dos números é a interrupção de vidas: crianças em abrigos improvisados, comércios sem teto e produtores rurais com prejuízos nas lavouras. Organizações locais, igrejas e voluntários já organizam pontos de coleta para doações. A Prefeitura de Campo Mourão estuda decretar estado de calamidade pública para agilizar recursos.
“Foi como se um tornado tivesse passado por cima de tudo. O barulho era ensurdecedor, e em poucos minutos o telhado inteiro foi arrancado.” — relato recebido por equipe local (trecho reproduzido de depoimentos coletados; nomes preservados até checagem final).
Checagem de fatos e fontes
Esta reportagem foi construída a partir de declarações oficiais e checagem em fontes institucionais e veículos regionais. As principais fontes consultadas e verificadas são:
- Agência de Notícias do Governo do Estado do Paraná (AEN/PR) — nota oficial sobre mobilização da Defesa Civil.
- Simepar — registros meteorológicos, acumulados e previsões.
- Reportagens locais e regionais (apuração complementar) — veículos e correspondentes no Oeste, Noroeste e Vale do Ivaí.

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