Tornado arrasa cidade do interior do Paraná: passagem de tornado deixa a morte de feridos entre grandes prejuízos no interior do Paraná — Rio Bonito do Iguaçu registra devastação, mortos e a força da solidariedade
Ronald Stresser — 8 de novembro de 2025
Há previsões que não gostamos de confirmar, mas é nosso trabalho. O Sulpost alertou ontem, no final da tarde, para o risco da ocorrência de tornados no interior do Paraná, e não foi diferente, a noite de sexta-feira (7) deixou marcas que serão lembradas por gerações em Rio Bonito do Iguaçu. Um tornado — agora classificado preliminarmente como forte, com trechos que podem indicar intensidade equivalente a F3 — varreu ruas, casas e vidas numa passagem rápida e brutal. A cidade acordou em silêncio, com o vento arrancando pedaços da sua história.
| Imagem do radar meteorológico na passagem da tempestade — registro usado pelas equipes técnicas para avaliar a intensidade do evento. (Crédito: Simepar) |
As equipes de emergência confirmaram mortos e centenas de feridos; há relatos de pessoas desaparecidas, casas destruídas, supermercados e equipamentos públicos comprometidos. Hospitais da região trabalham no limite para atender a demanda, e postos de atendimento improvisados foram montados para triagem e primeiros socorros.
Não falamos aqui apenas de números — falamos de pessoas: mães, pais, avós, crianças, trabalhadores que viram o chão mover-se sob seus pés e perderam a casa ou a rotina da vida. Em tantas famílias, o luto se mistura ao desespero por notícias de parentes e amigos.
O que dizem as análises técnicas
Meteorologistas do Simepar identificaram a formação de uma supercélula e, com base nas imagens de radar e nos danos observados em solo, classificaram o fenômeno preliminarmente entre F2 e trechos possíveis de F3 — o que remete a ventos na casa dos 180–250 km/h e, em pontos específicos, além de 250 km/h. A confirmação final dependerá do laudo técnico que correlacionará imagens de radar, fotos aéreas e a perícia dos danos.
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| Registro da destruição em Rio Bonito do Iguaçu - Colaboração/Internet |
Esse é um momento em que a ciência explica o que aconteceu, mas não apaga a dor. A engenharia de desastres e a meteorologia fornecerão respostas técnicas; a comunidade, a solidariedade e os serviços de socorro começam agora a costurar a esperança no lugar do vento.
Resposta imediata e necessidades urgentes
- Força-tarefa da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e equipes hospitalares atuam no resgate e atendimento.
- Prioridade para atendimento aos gravemente feridos, estabilização e transferência para centros maiores, quando necessário.
- Logística de alimentação, água potável, abrigo temporário e apoio psicológico são demandas imediatas.
- Restabelecimento de energia e comunicações é crítico para ampliar a resposta.
Se você quiser ajudar: contribuições em espécie, doações de mantimentos, roupas e apoio local às famílias desabrigadas são maneiras concretas de transformar comoção em ação. Em situações como esta, a solidariedade é tão essencial quanto qualquer equipamento.
Vozes da cidade
Moradores gravaram vídeos e enviaram fotos às redes sociais mostrando o olho do vendaval cruzando avenidas e ruas — imagens que, quando vistas, trazem a dimensão crua do ocorrido: vitrines quebradas, telhados arrancados, árvores inteiras arrancadas pela raiz. Em cada frame, um pedaço da cidade que precisará ser reconstruído. O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) compartilhou imagens de drone da destruição em sua conta na X.
Rio Bonito do Iguaçu-PR, agora pela manhã.
— Zeca Dirceu (@zeca_dirceu) November 8, 2025
Imagens Alex Rafael Silvério pic.twitter.com/dohjQKR01a


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