Curitiba terá voo direto para Lisboa a partir de julho de 2026
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| O anúncio foi feito em 3 de novembro de 2025 pelo Governo do Estado e diretores da TAP Air Portugal - Foto: Tripadvisor |
Na tarde de segunda-feira, 3 de novembro de 2025, uma voz de promessa ecoou pelos corredores do Aeroporto Internacional Afonso Pena: Curitiba terá, pela primeira vez, uma ligação aérea direta e regular com a Europa. A TAP Air Portugal confirmou que, a partir de 2 de julho de 2026, passará a operar três voos semanais entre Curitiba e Lisboa, abrindo uma porta que há décadas muitos aqui sentiam faltar.
Mais do que um voo: uma janela
Para o viajante que sonha com uma cidade que respira história e fado, para o empresário que busca atalhos para a Europa, e para famílias com raízes portuguesas que guardam passagens imaginadas por gerações — a notícia tem cheiro de possibilidade. O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, definiu o acontecimento como “uma grande oportunidade para Curitiba e todo o Estado”, lembrando que a conexão vai “abrir várias possibilidades de integração, aumentar o número de turistas, facilitar negócios e ampliar conexões”.
As condições da rota
A TAP informou que usará aeronaves Airbus A330-200, com capacidade para 269 passageiros, nas partidas às terças, quintas e sábados — detalhes operacionais pensados para encaixar o fluxo turístico e as conexões internacionais. A venda de passagens tem início marcado para 11 de novembro de 2025.
O estado e a companhia: palavras que pesam
O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que a nova linha marca o “novo status do Paraná no cenário global”, por impulsionar turismo e negócios com a Europa. A fala traduz a ambição de transformar não apenas a malha aérea, mas a presença do Estado no mapa de investimentos e intercâmbios.
Do outro lado da mesa, Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, reforçou que o Brasil é um mercado estratégico para a companhia — e que a adição de Curitiba faz parte de uma expansão que já coloca a TAP em 14 cidades brasileiras. A companhia afirmou que a rota Curitiba–Lisboa integra uma rede que liga o país à Europa por meio de Lisboa e Porto.
Impactos locais: turismo, comércio e sentidos
Quem trabalha com turismo em Curitiba celebra a notícia como a chance de transformar voos em empregos, roteiros e memórias. Pequenos hotéis, guias independentes, restaurantes que apostam na cozinha regional e agências de intercâmbio já projetam como irão adaptar ofertas e calendários. É também uma mudança simbólica: transformar um aeroporto regional em um nó de acesso direto ao Velho Continente altera percepções — e, por consequência, investimentos.
O que muda na prática
- Mais turistas europeus: a rota direta tende a reduzir fricções de viagem e tornar Curitiba destino mais competitivo para europeus buscando cultura, natureza e negócios.
- Conexões de negócios: executivos e pequenas empresas ganharão uma alternativa para reuniões e parcerias sem a necessidade de deslocamentos longos via outros aeroportos.
- Economia local: expectativa de incremento em serviços associados — hotelaria, transporte, alimentação e eventos — especialmente em alta temporada.
Riscos e perguntas em aberto
Toda novidade traz desafios: adequação de infraestrutura, escalonamento de serviços de imigração e segurança, e políticas de incentivo ao turismo que garantam que o crescimento seja sustentável e distribuído. Especialistas e representantes do trade aguardam agora os detalhes comerciais e operacionais que serão divulgados com a abertura das vendas.
Quando comprar e para quem olhar
As passagens começam a ser vendidas em 11 de novembro de 2025, segundo a companhia. A TAP recomenda canais oficiais e agências autorizadas para a compra antecipada — uma prática útil para quem busca tarifas promocionais no início da operação.
Uma cidade que viaja
Curitiba sempre foi cidade de histórias que se entrelaçam com outros hemisférios — de imigrantes portugueses e europeus que ajudaram a moldar bairros, a estudantes que voltam com sotaques e lembranças. Ter um voo direto para Lisboa é, antes de tudo, encurtar distâncias — entre pessoas, afetos e oportunidades. Na manhã seguinte ao anúncio, nas cafeterias do centro e nas filas do embarque doméstico, conversas já citavam pais que imaginam netos visitando aldeias lusitanas, empresários esboçando cartões de visita em nova língua, jovens que desenham viagens sem escalas. É assim que uma rota vira promessa: pouco a pouco, em fala e feito.
Jornalista responsável: Ronald Stresser


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