Reginaldo da Saúde: das lutas do Paraná rumo à disputa por um lugar na política que represente o povo
Entre o cheiro de terra molhada e o barulho das ruas da cidade, vive um homem que carrega consigo dois mundos. Reginaldo da Saúde, trabalhador, engajado nas causas populares. Homem de bem, que nasceu no interior do Paraná, perto de Cascavel, e hoje vive na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O que une essas duas realidades - o campo e a cidade - em sua vida é a mesma essência: o compromisso com o povo.
“Eu cresci no sítio. Morei seis anos no sítio da minha avó, sei o que é roçar pasto com foice. Eu sei o que é viver da labuta diária no campo e na cidade grande”, conta, com a voz de quem fala de memória viva, não de livro de história. Essa vivência, diz ele, é o que o aproxima das necessidades reais das pessoas — do trabalhador que pega no batente cedo, que quer terra, teto e trabalho ao morador da periferia que luta por transporte, saúde e salário justo.
Agora, Reginaldo prepara-se para disputar as eleições de 2026 como pré-candidato a deputado estadual. Ele já desenha o mapa da sua campanha:
“Conheço muita gente nesse paranazão de Deus, tenho certeza que vou conseguir votos em todo o estado, não só em Curitiba. Tem muita gente que gosta de mim, em Cascavel e região, porque eu sou nascido perto de Cascavel, né? É, eu morei seis anos no sítio da minha avó, eu sei como é a vida no campo. Eu cresci no sítio... morei no sítio da minha avó, por seis anos. Nunca fiz cara feia para o trabalho.”
A franqueza de quem não joga o jogo da velha política
Seus posicionamentos são diretos, às vezes desconcertantes para quem está acostumado à fala ensaiada dos políticos profissionais.
“Vou analisar bem essas eleições, escolher muito bem, um partido que esteja do lado do povo, do Paraná e do Brasil, guerreiro de Deus.”
Ele segue: “Vou lutar pelos professores, policiais e profissionais da saúde. Um povo que também merece muita atenção e respeito é aquele que trabalha na informalidade, sem direitos trabalhistas. Quero poder fazer muito por essa gente. Propor leis que dêem segurança à classe trabalhadora que vive na informalidade.” Mais que uma declaração sobre estratégia, é um recado sobre como o sistema funciona — e como ele pretende navegar por ele sem perder o compromisso com quem o apoia.
À procura de um partido que abra espaço para o povo
No Brasil, candidaturas independentes ainda são proibidas. Para concorrer, é preciso estar filiado a um partido pelo menos seis meses antes da eleição. Mas, na prática, as legendas costumam priorizar nomes já famosos ou alinhados a redes de poder antigas, muitas vezes masculinas e brancas e endinheiradas, que controlam os recursos e as candidaturas. Sem a força do povo é muito difícil ganhar dessa gente que acha que o dinheiro pode comprar tudo, inclusive pessoas.
Reginaldo procura uma legenda que lhe dê chance real: “um homem do povo que vai trabalhar para o povo”.
Um sistema que resiste à renovação
Desde que o Supremo Tribunal Federal proibiu a doação de empresas para campanhas, em 2014, o financiamento eleitoral passou a depender apenas de pessoas físicas e do fundo partidário. Em 2025, esse fundo foi de quase R$ 889 milhões — mas a distribuição é feita pelos próprios partidos, e dificilmente favorece novatos sem padrinhos políticos.
Ainda assim, Reginaldo acredita que a mudança é possível. “O povo não pode decidir só entre os nomes que colocam na prateleira. A gente precisa olhar quem tá com o povo na rua, na vida real”, afirma.
Um nome que - acreditamos - merece atenção
Entre o campo e a cidade, Reginaldo da Saúde construiu uma identidade que conhece bem tanto a dureza do trabalho rural quanto a urgência das lutas urbanas. Sua pré-candidatura não é apenas um projeto pessoal — é um convite para que o eleitor pare de votar automaticamente nos mesmos nomes e comece a olhar para quem traz, na própria história, a marca da realidade brasileira, a identidade do povo humilde do Paraná.
Se a renovação política tiver um rosto, ele pode muito bem estar em Curitiba, mas com o coração espalhado também no interior do Paraná, terra que ama. Um rosto que sabe usar desde uma enxada para semear a terra, até a palavra para abrir caminho em sua caminhada rumo à Assembleia Legislativa. E o homem ainda é muito religioso, pense num cara que tem fé.
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