terça-feira, 30 de setembro de 2025

CNTI marca presença na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

CNTI leva a voz das trabalhadoras à 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres em Brasília

Por Ronald Stresser — Sulpost 

A Deputada Federal Jandira Feghali e Fernanda Queiroz, na 5ª CNPM

O segundo dia da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres foi marcado por uma presença que traduz a força da classe trabalhadora: a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI). Reunindo milhares de mulheres no Centro de Convenções Internacional do Brasil, em Brasília, até o dia 1º de outubro, a conferência se consolida como espaço de resistência, de formulação de políticas e de reafirmação da voz feminina na democracia.

A voz da indústria ecoa em Brasília

A CNTI participou de forma ativa na abertura e no segundo dia de debates. Estiveram presentes as diretoras Sonia Zerino (Assuntos do Trabalho da Mulher, Juventude e Idoso), Luci Parmejani (Secretária Adjunta para a área), Ivete de Fátima Vargas e Cleoni Bortolli Salviano (Diretoria de Representação Profissional e Internacional). Também marcaram presença o presidente da Federação dos Trabalhadores em Fiação e Tecelagem de São Paulo, Nivaldo Parmejani, e a diretora financeira Jati Aparecida.

O lema da Conferência, “Mais democracia, mais igualdade e mais conquistas para todas”, encontra na CNTI um eco forte: a defesa da igualdade salarial, o combate à violência contra as mulheres trabalhadoras, a ampliação de creches, políticas de cuidado e o acesso à saúde e educação de qualidade. Ao lado de outras entidades e movimentos sociais, a CNTI reforça que o mundo do trabalho precisa ser espaço de dignidade e direitos para todas.

Um espaço que rompe silêncios

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou que esta conferência é “a realização de um sonho coletivo, sonhado e construído juntas, que ganha vida graças à mobilização que percorreu todo o Brasil”. Já o presidente Lula, na abertura, afirmou: “Essa conferência é também um grito contra o silêncio. Não há democracia plena sem a voz das mulheres — pretas, brancas, indígenas, do campo e da cidade, trabalhadoras, domésticas, empresárias e profissionais liberais.”

Campo Largo também presente

Entre as mais de quatro mil participantes, o Paraná também se fez ouvir. Fernanda Queiroz, a “Fernanda do Nelsão”, de Campo Largo, relatou ao Sulpost a emoção de estar em Brasília depois de quase uma década sem conferência.

“Quase dez anos de retrocessos, de perda de direitos, de luta e resistência. O golpe contra a presidenta Dilma foi também uma forma de tentar calar todas nós, mulheres. Mas não conseguiram. Hoje, estar aqui é reconstruir, é mostrar que seguimos firmes.”
— Fernanda Queiroz, representante de Campo Largo na Conferência0

Para Fernanda, a abertura com a presença do presidente Lula e de lideranças femininas como Carmen Lúcia e Gleisi Hoffmann foi um símbolo de resistência e de retomada: “São mulheres que fazem parte da nossa história e que lutam lado a lado conosco”.

O horizonte das trabalhadoras

Entre sindicatos, movimentos sociais e representantes locais, a presença da CNTI reforça que a luta das mulheres trabalhadoras é também uma luta nacional. De Campo Largo a São Paulo, das indústrias às comunidades rurais, todas se unem em um mesmo espaço democrático para pensar políticas que cheguem à vida real das mulheres.

A Conferência segue até 1º de outubro e já se consagra como um marco de retomada: das vozes, das memórias e das conquistas que se espalharão pelo país. Brasília respira a pluralidade feminina — e com ela, a promessa de que os próximos anos sejam de democracia viva e igualdade real.

 

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