Como a superintendente que representa o Paraná no debate global tem colocado o desenvolvimento sustentável no centro das políticas públicas locais — com escuta, inovação e coragem de abrir portas novas
Por Ronald Stresser, da redação*Keli Guimarães (direita), Darci Piana e o representante da delegação de Chihuahua Foto: Igor Jacinto/Vice-Governadoria |
Era uma manhã chuvosa de segunda-feira em Curitiba quando Keli Guimarães chegou para mais uma reunião com representantes internacionais — dessa vez, vindos de Chihuahua, no México. De fora, era apenas mais um compromisso de agenda institucional. Mas para quem acompanha de perto o trabalho da superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, cada reunião dessas é uma oportunidade real de transformar o discurso em prática.
Keli tem se destacado como uma das vozes mais ativas na articulação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU no Brasil, com um estilo que combina técnica, sensibilidade social e uma habilidade incomum de fazer pontes — entre governos, entre continentes e, sobretudo, entre ideias.
“Não dá para pensar em desenvolvimento sem falar de gente”, costuma dizer com simplicidade, em falas que mais parecem conversas do que discursos.
Uma superintendente em movimento
A atuação de Keli não se restringe a escritórios. Nos últimos meses, ela esteve à frente de eventos que colocaram o Paraná como referência em sustentabilidade — como o encontro com o urbanista franco-colombiano Carlos Moreno, criador do conceito de “Cidade de 15 Minutos”, promovido em Curitiba com apoio direto da superintendência que ela lidera.
Na prática, isso significa redesenhar as cidades para que todas as pessoas possam viver a até 15 minutos de distância de escolas, postos de saúde, comércio e áreas de lazer. A ideia, importada de Paris, encontrou em Curitiba um terreno fértil — e em Keli uma aliada incansável.
“A gente não quer apenas importar modelos de fora. O desafio é adaptar essas ideias ao nosso contexto, com a nossa gente, com os nossos desafios urbanos e sociais”, disse ela no encontro, que reuniu desde prefeitos e especialistas até alunos da rede pública.
Ao lado de nomes como Eduardo Pimentel, prefeito da capital, e Ana Jayme Zornig, presidente do IPPUC, Keli foi peça-chave para articular a vinda de Moreno ao Brasil e mostrar que o Paraná tem muito a dizer no cenário global.
Da teoria à transformação
Com um estilo de liderança colaborativo e pés fincados no chão, Keli também tem sido protagonista na aproximação do Paraná com outras nações e entidades internacionais. Em reuniões recentes com a delegação mexicana, ela conduziu diálogos sobre inovação, economia circular, transição energética e reaproveitamento de resíduos industriais — temas que não são apenas parte da Agenda 2030, mas também dos dilemas cotidianos das cidades brasileiras.
“Falar em desenvolvimento sustentável, em um estado que é ao mesmo tempo agrícola, industrial e urbano, exige visão sistêmica. A gente trabalha com dados, mas também com histórias reais. E tudo começa escutando as pessoas”, explica.
Paranaguá, a mais nova signatária
Um dos frutos mais recentes dessa articulação foi a adesão da cidade de Paranaguá ao Pacto Global da Agenda 2030 da ONU — um marco histórico para o litoral do Paraná. Sob a liderança da SGDES e de Keli, a cidade se comprometeu formalmente a integrar os 17 ODS às suas políticas públicas.
A cerimônia, que passou quase despercebida na cobertura tradicional da imprensa, foi na verdade um ato carregado de simbolismo: ali estava uma cidade portuária, com desafios sociais complexos e uma relação delicada com o meio ambiente, se colocando no centro da rota da sustentabilidade mundial.
Mulheres que moldam o futuro
No centro disso tudo está Keli — uma mulher que aprendeu a se mover com firmeza em ambientes ainda muito masculinos, como o setor produtivo e os gabinetes do poder. Mas que não abriu mão de trazer para esses espaços uma abordagem empática, plural e guiada por valores.
Em cada fala, ela insiste em repetir: “A Agenda 2030 não é uma meta de governo, é um pacto civilizatório”. Para Keli, os 17 objetivos da ONU — que vão da erradicação da pobreza à ação climática — não são apenas metas globais, mas bússolas para o dia a dia.
“Quando a gente faz um projeto de moradia para a população idosa ou incentiva startups verdes, a gente está executando os ODS. Não precisa esperar 2030. O futuro se constrói agora”, resume.
Curitiba e o Paraná na vanguarda
Com o projeto “Curitiba 15 Minutos” já em andamento e indicadores sendo produzidos para orientar políticas de mobilidade ativa e emissões zero, o Paraná segue consolidando sua posição como líder entre os estados brasileiros no cumprimento da Agenda 2030.
E muito disso passa pela escuta, articulação e firmeza de Keli Guimarães — uma superintendente que não busca os holofotes, mas que vem pavimentando, com humildade e consistência, um caminho de desenvolvimento mais justo, inclusivo e sustentável.
Nota da Redação:
Keli Guimarães representa uma nova geração de gestoras públicas brasileiras: técnica, sensível e conectada ao mundo. Sua atuação à frente da SGDES mostra que é possível fazer política pública com alma — e que a Agenda 2030, quando bem aplicada, é mais do que um plano: é uma promessa de futuro para quem mais precisa.
*com informações da AEN Paraná.
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