segunda-feira, 28 de abril de 2025

Requião critica Lula, expõe a farsa neoliberal e coloca seu nome à disposição do Brasil

Em bate-papo com delegado Simião, Requião critica Lula, expõe a farsa neoliberal e coloca seu nome à disposição do Brasil

Ronald Stresser, de Curitiba.

 

Num bate-papo sincero e descontraído, publicado nas redes sociais, Roberto Requião mostrou que seu espírito combativo continua o mesmo de sempre. Aos 83 anos, o ex-senador e ex-governador do Paraná falou com a paixão de quem ainda acredita no Brasil — e tem muito a contribuir para o seu futuro.

Ao lado do delegado Simião, amigo de longa data, Requião fez um retrato sem retoques da crise que atravessa o país. Sem meias palavras, criticou a postura do governo Lula, que, na sua visão, fala em progressismo, mas pratica o velho receituário neoliberal que tanto castiga o povo brasileiro.

O encontro teve um tom de desabafo, mas também de proposição. Ao longo da conversa, Requião ressaltou que o Brasil está sem projeto nacional e que a sociedade, perdida entre rótulos e decepções, busca desesperadamente uma alternativa verdadeira. “Não estão procurando um nome, estão procurando um projeto. Um projeto nacional claro, que pense no Brasil de verdade”, afirmou.

Requião criticou a forma como o atual governo federal mantém a lógica do mercado financeiro, privatizando empresas públicas e deixando os trabalhadores à margem. Segundo ele, Lula repete o discurso do livre mercado, enquanto a prática do governo segue entregando riquezas nacionais e concentrando ainda mais a renda no topo da pirâmide.

"Trump, que dizem ser o maior liberal do mundo, hoje defende a reindustrialização dos Estados Unidos com protecionismo. E nós aqui, querendo seguir o manual neoliberal ultrapassado, enfraquecendo nossa indústria, nossa soberania, nosso povo", disparou.

O ex-senador ainda lembrou a destruição de direitos trabalhistas e a farra dos empréstimos consignados com juros altíssimos, criticando a omissão do governo na defesa dos trabalhadores. Para ele, a atual política econômica é uma continuação das gestões anteriores, tanto de Fernando Henrique Cardoso quanto de Bolsonaro, e o novo PAC apenas aprofunda esse caminho ao propor privatizações em áreas essenciais como educação, saúde e infraestrutura.

Pedágio no Paraná: um escândalo abafado

No bate-papo, Requião também abordou a situação do pedágio no Paraná, relembrando sua histórica luta contra as tarifas abusivas. Segundo ele, a concessão firmada recentemente entre governo estadual e federal, longe de resolver os problemas, repetiu práticas antigas, favorecendo concessionárias e prejudicando a população.

“Uma empresa que devia R$ 67 bilhões de investimentos fez um acordo para pagar pouco mais de R$ 300 milhões. E isso sem nenhuma repercussão na imprensa, com o aval do Ministério Público e do Judiciário. Uma vergonha”, criticou.

Moro, a farsa do combate à corrupção e o liberalismo entreguista

Requião ainda aproveitou para desmascarar a atuação de figuras como Sergio Moro, que, segundo ele, usaram o combate à corrupção apenas como pretexto para impulsionar um projeto de desmonte do Estado brasileiro. “Hoje o Moro está no Congresso defendendo privatizações, a entrega da Petrobras e dos recursos do país. Nunca foi sobre corrupção. Sempre foi sobre entregar o Brasil", acusou.

O projeto acima do nome

Ao final do encontro, Simião insistiu: Requião precisava colocar seu nome à disposição do Brasil. Com a serenidade de quem já ocupou todos os cargos políticos que poderia desejar, Requião respondeu que sua motivação não é pessoal. “Não é vaidade. Eu fui deputado, prefeito, senador, governador. Não preciso de cargo. Mas o Brasil precisa de projeto. Se eu puder contribuir com isso, meu nome estará à disposição”, afirmou.

Sem partido no momento, Requião sinalizou abertura para integrar o PDT, desde que não haja acordos espúrios com partidos entreguistas e que o projeto seja verdadeiramente nacionalista, como pregava Leonel Brizola.

No momento em que o Brasil parece órfão de lideranças autênticas, a fala de Requião ecoa como um chamado à razão. Um chamado à construção de um projeto de país, não de um projeto de poder. Assista a entrevista no Facebook oficial do ex-senador.

Um comentário:

  1. Eu sempre admirei o Requião, sua longa experiência em assuntos públicos e sua firmeza no trato com o dinheiro do contribuinte eram suas melhores propagandas...mas, na últimas eleições para o governo do Estado ele, infelizmente, se aliou a esse desgoverno petista do atraso e da ideologia de gênero aí me decepcionei... não entendi como um cara tão competente e inteligente como o Requião pode jogar tudo na lata de lixo com esse Lule!!!

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