Rede de corrupção: quando a saúde vira moeda de troca entre políticos e empresários
Marconi Perillo, acusado do desvio de 28 milhões da saúde - PSDB Nacional |
A manhã desta quinta-feira (6) começou com agentes da Polícia Federal batendo à porta do ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. O cenário, digno de um thriller político, revelou um enredo que já não surpreende mais: dinheiro público, saúde, contratos superfaturados e um esquema de desvio que pode ter retirado R$ 28 milhões dos cofres destinados ao atendimento da população mais vulnerável.
A Operação Panaceia, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão – dez em Goiânia e um em Brasília – investigando um esquema que teria funcionado entre 2012 e 2018. O dinheiro que deveria salvar vidas, garantir leitos, fornecer remédios e equipar hospitais teria sido canalizado para os bolsos errados. Segundo as investigações, uma organização social contratada pelo governo de Goiás subcontratava empresas ligadas a políticos e administradores da própria entidade. O dinheiro, então, fazia o caminho de volta para os beneficiados, em um desvio que remete ao clássico modelo de corrupção que assombra a máquina pública brasileira.
O peso da suspeita
Marconi Perillo, que governou Goiás por quatro mandatos e hoje lidera um dos partidos mais tradicionais do país, nega qualquer envolvimento. Em nota, ele classificou a operação como uma "cortina de fumaça" e reforçou que confia na Justiça para esclarecer os fatos. No entanto, a 11ª Vara Federal viu indícios suficientes para determinar não apenas as buscas, mas também o bloqueio de R$ 28 milhões dos investigados – um valor que, se confirmado o desvio, poderia ter sido a diferença entre a vida e a morte para inúmeros pacientes do sistema público de saúde.
A investigação não se restringe ao crime de peculato (desvio de recursos públicos). O inquérito também aponta para a prática de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais. São crimes que, juntos, desenham um cenário de absoluta degradação ética no uso do dinheiro público, particularmente em uma área tão sensível quanto a saúde.
Quando o dinheiro some, quem paga a conta?
A corrupção na saúde não é uma cifra abstrata. Cada real desviado significa menos insumos, menos cirurgias, menos exames. É a criança que espera meses por um atendimento, o idoso que não consegue remédio, a gestante que perde o bebê por falta de estrutura hospitalar. O impacto do esquema que a PF tenta desmantelar não pode ser reduzido a números. Ele se reflete nas filas intermináveis, nas enfermarias superlotadas e na angústia de quem depende do SUS para viver.
O caso de Goiás não é isolado. O Brasil tem uma longa e vergonhosa tradição de escândalos que envolvem desvios na área da saúde. Em tempos de pandemia, a má gestão dos recursos destinados ao combate à COVID-19 expôs ainda mais essa fragilidade. As operações policiais podem até resultar em prisões e bloqueios de bens, mas a sensação de impunidade persiste, especialmente quando políticos envolvidos continuam a disputar e ocupar cargos de destaque.
E agora?
A operação ainda está em andamento, e novas fases podem trazer mais revelações. A pergunta que fica é: até quando os brasileiros terão que assistir à repetição desse roteiro? O combate à corrupção depende não só da ação da polícia e da Justiça, mas de um eleitorado mais atento e crítico. Enquanto o desvio de verbas da saúde continuar sendo tratado como apenas mais um escândalo entre tantos outros, o preço será sempre pago por quem mais precisa.
O caso de Marconi Perillo e dos demais investigados ainda terá desdobramentos. Mas, independentemente do desfecho, a história se repete. A saúde, um direito constitucional, segue sendo saqueada por aqueles que deveriam protegê-la. E no fim das contas, a pergunta mais cruel continua ecoando nos corredores dos hospitais públicos: quantas vidas poderiam ter sido salvas com esses R$ 28 milhões?
Enfim, acusam a direita de fascista, de golpista, penso que talvez por falta de escândalos como este, dentro do ninho tucano, com o desvio de grandes somas de dinheiro. O PSDB é mais um partido de oposição ao presidente Bolsonaro.
Começo a perceber claramente que a corrupção e a oposição ao bolsonarismo parecem caminhar lado a lado. Por casos assim, aceedito que esra na hora de vestir a camisa canarinho e ir às ruas. Jair Bolsonaro precisa voltar a ser elegível agora, ainda no primeiro semestre de 2025. Estive 33 anos no PSDB e praticamente 3 anos no PT.
Hoje, após uma série de desilusões e traições, posso afirmar que amnos são mais da mesma esquerda.mundial, atrasada, cambaleante, inchada e sugadora do espírito cidadão. Dois lados da mesma moeda corrompida e desvalorizada.
Ronald Stresser, da redação.
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