Brasil em crise, Argentina em transformação: O que aprendemos com a guinada liberal de Milei?
Por Ronald StresserRecentemente, a economia brasileira tem mostrado sinais contraditórios. Há geração de empregos, a inflação está sob controle, mesmo que seja ao custo do sofrimento da população, aliás o sofrimento do povo está se refletindo diretamente na popularidade de Lula, que despencou para 24% – o menor índice em seus três mandatos. O que está acontecendo? O Brasil está vivendo um desgaste não apenas econômico, mas também político e social. A sensação nas ruas é de frustração: a promessa de prosperidade parece cada vez mais distante, e o peso do Estado continua sufocando quem produz.
Enquanto isso, a Argentina, historicamente um exemplo de colapso econômico, está dando um passo ousado para mudar sua trajetória. Sob a liderança de Javier Milei, o país iniciou uma experiência radical de liberalismo econômico. Ele cortou gastos, desregulamentou mercados e apostou na livre concorrência. O resultado? O peso argentino valorizou mais de 40% e a inflação começou a desacelerar. Pela primeira vez em anos, os argentinos veem uma luz no fim do túnel.
A pergunta que não quer calar é: por que o Brasil não segue o mesmo caminho?
A frustração brasileira e o peso do Estado
A verdade é que a economia brasileira ainda é um gigante burocrático. A carga tributária é sufocante, o número de estatais continua alto e a máquina pública consome cada vez mais recursos. O governo tenta equilibrar as contas sem abrir mão do seu tamanho, mas, ao fazer isso, sacrifica o crescimento e mantém o empresariado refém de uma estrutura pesada e ineficiente.
A reação popular não se dá apenas pela economia. O brasileiro médio sente que trabalha muito e vê pouco retorno. A sensação de que a corrupção continua, de que o dinheiro some pelo ralo dos privilégios políticos e que o governo não entende as dificuldades reais da população pesa mais do que qualquer indicador positivo que possa ser anunciado.
A experiência argentina: um choque de realidade
Milei, por outro lado, apostou em algo impensável para muitos economistas tradicionais: cortar radicalmente o tamanho do Estado, dar liberdade ao mercado e permitir que os cidadãos escolham a moeda que quiserem para suas transações. Com isso, ele resgatou a confiança dos investidores e conseguiu um feito impressionante: a inflação argentina caiu abaixo dos 100% pela primeira vez em anos.
Claro, os desafios ainda são imensos. O ajuste foi doloroso e muitos argentinos sofreram com o choque inicial. Mas, ao contrário do que acontecia nos governos anteriores, agora há um horizonte de estabilidade. A confiança no futuro, essencial para qualquer recuperação econômica, começou a voltar.
Brasil pode seguir esse caminho?
O modelo de Milei não é um milagre instantâneo. Ele exige coragem política, comprometimento com reformas profundas e uma comunicação clara com a população. Mas ele mostra algo essencial: é possível mudar o rumo de um país se houver uma decisão firme de romper com o modelo tradicional de Estado inchado e controlador.
Se o Brasil quiser sair da armadilha da estagnação e evitar um ciclo contínuo de altos e baixos, precisará aprender essa lição. Reduzir o peso do Estado, incentivar o empreendedorismo e permitir que o mercado respire não são apenas ideias econômicas – são passos fundamentais para devolver ao povo a esperança de um país próspero.
O tempo dirá se teremos essa coragem.

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