Donald Trump retorna à Casa Branca em meio a polêmicas e incertezas para o Brasil
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Trump ergue o punho direito após ser ferido por um sniper - Foto de campanha |
Sob um céu cinzento e um frio intenso, Donald J. Trump assume hoje (20) a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez. Após quatro anos longe do poder, o republicano retorna ao Salão Oval prometendo mudanças profundas tanto no cenário interno quanto nas relações globais, em especial com países como o Brasil, governados por lideranças com viés socialista e outras políticas antagônicas ao sistema norte americano.
A cerimônia de posse, originalmente planejada para a emblemática Frente Oeste do Capitólio, foi transferida para a Rotunda - salão circular sob a cúpula - devido às temperaturas congelantes que assolam Washington. Apesar das mudanças logísticas, o evento mantém sua grandiosidade: líderes globais como Javier Milei (Argentina) e Giorgia Meloni (Itália) estão entre os poucos convidados que receberam convites pessoais do novo presidente, quebrando protocolos tradicionais.
Promessas e polêmicas: o que esperar?
Trump chega ao poder já disposto a assinar uma série de ordens executivas. Entre as mais polêmicas, destacam-se a reedição de tarifas sobre produtos do México e Canadá, além de sanções ambientais que podem impactar diretamente o Brasil.
No primeiro mandato, as políticas protecionistas de Trump geraram tensões comerciais, mas também abriram oportunidades para o agronegócio brasileiro. A guerra comercial com a China, por exemplo, fez o Brasil conquistar grande parte do mercado chinês de soja e carne suína. Contudo, analistas alertam que novas tarifas e mudanças cambiais podem complicar as exportações brasileiras em setores estratégicos.
Outra medida que preocupa é a possível saída dos EUA de pactos climáticos globais, como o Acordo de Paris. Especialistas acreditam que isso pode enfraquecer os esforços internacionais de preservação ambiental, colocando ainda mais pressão sobre a Amazônia.
Imigração e a sombra das deportações
A agenda de Trump também promete um endurecimento nas políticas migratórias. Operações de deportação em massa já foram anunciadas para cidades como Chicago, Nova York e Miami. Estima-se que cerca de 40 mil brasileiros podem ser afetados, o equivalente a quatro vezes o número de deportados durante todo o governo Biden.
Para Governador Valadares (MG), cidade conhecida por enviar muitos migrantes aos EUA, o impacto deve ser significativo, afinal as remessas financeiras feitas por cidadãos dessa cidade que moram e trabalham nos Estados Unidos, de maneira ilegal, são um forte pilar econômico da região.
O Brasil no radar de Trump
As relações entre Brasil e EUA devem enfrentar um período de distanciamento. O presidente Lula, que não foi convidado para a posse, tem diferenças ideológicas marcantes com Trump. O presidente brasileiro apoiou abertamente a adversária dos Republicanos nas últimas eleições estadunidenses e, recentemente, fez um comentário publico deveras infantil, no qual chamou Donald Trump de "fascista". Além disso, o republicano manteve relações estreitas com Jair Bolsonaro, a quem apoiou abertamente em 2022 E que foi impedido pelo STF de comparecer à posse, para qual estava convidado.
Apesar disso, analistas não acreditam que Trump incentivará diretamente qualquer ação antidemocrática no Brasil. Estretanto é muito provável que aconteçam desestabilizações nas relações internacionais entre os dois países, e a postura antisocialista de Trump certamente irá se refletir no cenário sul-americano.
Debate global: tecnologia e liberdade de expressão
Outra área sensível é o futuro das grandes plataformas tecnológicas. Trump já indicou que pretende salvar o TikTok de um possível banimento, citando como exemplo negativo o bloqueio do X no Brasil. Essa postura, curiosamente, coloca o republicano como defensor da liberdade de expressão, ao menos em relação às redes sociais.
O debate reflete diretamente nas tensões institucionais brasileiras. Os Estados Unidos estão bastante atentos ao que acontece no Brasil e Trump deve usar isso como argumentação em sua política interna.
Um novo capítulo, incertezas no horizonte
Com a posse de Donald Trump, o mundo entra em um novo ciclo de incertezas e transformações. Para o Brasil, o impacto dependerá da capacidade de Lula em navegar pelas tensões comerciais e diplomáticas, enquanto busca proteger os interesses nacionais.
Às 14h (horário de Brasília), quando Trump fizer seu juramento, um novo capítulo da história geopolítica global vai começar a ser escrito. E, como sempre, o Brasil estará atento — e, provavelmente, mais vulnerável do que nunca, principalmente devido à postura antiamericanoa e antitrumpisra do PT, partido de Lula.
Ronald Stresser, da redação.
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