Rio Paraguai registra baixa histórica, agravando a crise hídrica no Pantanal
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O Rio Paraguai, um dos mais importantes da América do Sul, atingiu o menor nível já registrado em sua história: 62 centímetros abaixo da cota de referência, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A marca anterior era de 1964, com 61 cm abaixo da cota. Essa situação crítica reflete a pior seca já observada na região, que vem afetando diretamente a biodiversidade do Pantanal e comunidades ribeirinhas.
O impacto da seca não se restringe apenas à natureza. A queda drástica no nível do rio está comprometendo atividades econômicas como turismo, pesca e navegação, além de prejudicar o abastecimento de água em diversas localidades. Segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o Pantanal está mais vulnerável do que nunca, e essa baixa no Rio Paraguai é um indicativo claro das transformações climáticas e da gestão ineficiente dos recursos hídricos na região.
Além dos problemas ambientais, a baixa histórica também cria riscos para a navegação no rio, utilizado como via de transporte de cargas, especialmente grãos e minérios, para exportação. Com bancos de areia e rochas expostos, a Marinha alerta para o aumento do perigo na hidrovia e impõe restrições de tráfego. A escassez de chuvas, que já acumula um déficit de mais de 1.000 mm na última década, agrava ainda mais a situação, com projeções de recuperação lenta para os próximos meses.
Especialistas alertam que essa tendência de secas prolongadas pode piorar se ações mais robustas de preservação não forem tomadas. O Rio Paraguai, que desempenha um papel vital no equilíbrio do ecossistema do Pantanal e no abastecimento de suas comunidades, está em risco, e o momento exige respostas rápidas e eficazes.
Ronald Stresser, com informações da Ag. Brasil.
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