PIX: novas regras de segurança entram em vigor a partir de 1º de novembro
PIX - Cris Faga/Shutterstock.com |
O Banco Central (BC) anunciou que, a partir de 1º de novembro, novas regras de segurança para o sistema de pagamentos instantâneos Pix entrarão em vigor. As mudanças visam aumentar a proteção dos usuários e reduzir a incidência de fraudes, um problema crescente no setor financeiro. Entre as principais medidas estão novos limites para transferências e a exigência de cadastro prévio de dispositivos.
As alterações, anunciadas em julho, são fruto de uma série de discussões com especialistas do mercado financeiro, com o objetivo de tornar o Pix mais seguro. Uma das principais mudanças será a restrição de transferências realizadas por dispositivos não cadastrados. Nesses casos, o limite será de R$ 200 por transação, com um teto diário de R$ 1.000 para usuários que utilizarem celulares ou computadores não reconhecidos pelo sistema.
Cadastro obrigatório para dispositivos novos
O Banco Central informou que a exigência de cadastro prévio se aplica apenas a dispositivos que nunca tenham sido utilizados anteriormente para realizar transações via Pix. Para movimentações acima dos novos limites, será necessário registrar o dispositivo na instituição financeira. A expectativa é que essa medida dificulte fraudes relacionadas ao roubo de credenciais, como logins e senhas, protegendo ainda mais os clientes.
Em relação aos dispositivos já utilizados para transações, não haverá qualquer mudança nos limites de transferência. Isso significa que, uma vez cadastrado, o usuário poderá continuar realizando operações sem ser afetado pelas novas regras restritivas. O BC acredita que a introdução dessas restrições ajudará a prevenir golpes e aumentar a confiança no sistema.
Medidas para instituições financeiras
Além das mudanças que afetam diretamente os usuários, as instituições financeiras também terão que se adequar a novas regras. Elas serão obrigadas a implementar soluções de gerenciamento de risco, utilizando informações de segurança armazenadas no Banco Central para identificar transações suspeitas. Essas instituições também deverão informar de forma clara e acessível os clientes sobre como se proteger de fraudes e realizar revisões semestrais para detectar possíveis marcas de fraude.
Breno Lobo, chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, comentou que as novas medidas contribuirão para fortalecer o sistema e minimizar as chances de certos tipos de golpes. "Continuamos trabalhando para que o Pix seja cada vez mais seguro, e essas medidas permitirão que as instituições usem de forma mais eficaz as informações antifraude disponíveis no sistema", afirmou.
Essas mudanças, de acordo com o Banco Central, fazem parte de um esforço contínuo para manter o Pix como uma ferramenta segura e eficiente para transações financeiras no Brasil. A implementação dessas medidas busca proteger os usuários sem comprometer a agilidade e a praticidade que tornaram o Pix uma solução amplamente adotada no país.
Ronald Stresser, da redação.
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