Apagão em São Paulo já causou prejuízos de R$ 1,65 bilhão ao varejo e serviços
A cidade de São Paulo enfrenta um dos piores apagões dos últimos meses, com a falta de energia elétrica afetando uma parte significativa da capital paulista há três dias. Segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as perdas brutas nos setores de varejo e serviços já somam R$ 1,65 bilhão, com o prejuízo aumentando a cada dia que o fornecimento de energia não é restabelecido.
A empresa responsável pela distribuição de energia, Enel, ainda não apresentou uma previsão concreta de quando o serviço será totalmente normalizado. Enquanto isso, comerciantes e prestadores de serviços relatam perdas crescentes. O impacto econômico atinge especialmente o varejo, com um prejuízo estimado em R$ 536 milhões, enquanto o setor de serviços registra perdas de R$ 1,1 bilhão.
Os números foram calculados com base no faturamento médio diário dos setores em dias comuns. Aos fins de semana, o comércio paulistano movimenta cerca de R$ 1,1 bilhão, enquanto os serviços geram uma receita de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. A interrupção prolongada afetou especialmente supermercados, restaurantes, farmácias e lojas, que enfrentam dificuldades para operar sem eletricidade e acesso à internet.
Diante da situação crítica, a FecomercioSP tem mantido diálogo com autoridades, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Prefeitura de São Paulo, para buscar soluções urgentes. A entidade tem cobrado a Enel para que acelere a restauração do serviço. "É inaceitável que a maior metrópole do país sofra com constantes cortes de energia", afirma a FecomercioSP, destacando que este não é o primeiro incidente desse tipo nos últimos meses.
A situação também levanta um debate sobre a necessidade de uma Reforma Administrativa em nível nacional, segundo a entidade. A FecomercioSP argumenta que os governos, apesar de arrecadarem grandes volumes de tributos, não têm conseguido fornecer serviços essenciais, como a energia elétrica, com qualidade minimamente aceitável. Para a população mais vulnerável, a situação é ainda mais crítica, pois dependem de serviços básicos que foram interrompidos pelo apagão.
Enquanto as autoridades e a concessionária de energia tentam encontrar uma solução, os setores afetados seguem contabilizando prejuízos. A falta de resposta concreta sobre o restabelecimento da energia e os sucessivos episódios de apagão apontam para a necessidade de melhorias significativas na infraestrutura elétrica da cidade, de forma a evitar que novos incidentes causem danos econômicos tão severos.
Ronald Stresser, com informações da FecomercioSP.
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