terça-feira, 7 de outubro de 2025

Moro segue réu no STF — e o deputado Arilson sobe o tom na Assembleia

STF mantém Moro réu. Justiça vira o espelho de quem a manipulou e a "voz de Lula no Paraná" fala a linguagem que o povo entende. O investigador, juiz e carrasco de outrora agora está no cadafalso  

Por Ronald Stresser — Sulpost 

Ao mesmo tempo em que retorna ao centro do palco da Justiça que um dia comandou, Sergio Moro vê ressoar no Paraná uma voz que sempre avisou dos perigos do poder não moderado. O deputado estadual Arilson Chiorato (PT-PR), líder da oposição na Assembleia, usou a tribuna para reforçar aquilo que muitos desconfiavam: o mito já era vulnerável.

Quatro votos confirmam réu — e a fala de Arilson ecoa

A Primeira Turma do STF formou maioria para manter Moro como réu por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes — com votos favoráveis de Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, num placar de 4 a 0. Falta apenas o voto de Luiz Fux, mas já não altera a trajetória do julgamento. A acusação se baseia em vídeo de 2022 no qual Moro insinua ter havido “compra” de habeas corpus, carga simbólica pesada para quem já ostentou a toga.

No Paraná, o debate ultrapassa os muros do STF. Da tribuna da Assembleia Legislativa, Arilson Chiorato disparou:

“Sergio Moro, que se achava acima da lei, agora é réu no STF por caluniar o ministro Gilmar Mendes. O falso moralista, que usou do judiciário como arma política para perseguir adversários, vai responder por seus atos.”
Com força, ele lembrou que aqueles que usam o direito para atingir opositores — muitas vezes arrancando liberdades e reputações — não ficam imunes às consequências.

Trajetória de poder e risco

Ex-juiz da Lava Jato, ministro de Bolsonaro e candidato a nome de autoridade suprema, Moro nunca escondeu seu projeto de entrar no STF — até que sua própria base política o traiu. Ele elegeu-se senador pelo Paraná em 2022, enquanto sua esposa, Rosângela Moro, assumiu mandato de deputada federal em São Paulo, beneficiária da energia política do marido. O “mito da moralidade”, para muitos, virou espólio simbólico — um trono que agora treme.

Checagem de fontes e compromisso editorial

No Sulpost, reafirmamos nosso compromisso com o jornalismo responsável. Todos os fatos apresentados foram verificáveis:

  • A decisão da Primeira Turma do STF com os votos de Cármen Lúcia, Moraes, Dino e Zanin — divulgada por veículos como *Folha* e *O Globo*;
  • A denúncia da PGR contra Sergio Moro por calúnia contra Gilmar Mendes;
  • A fala pública de Arilson Chiorato, registrada em vídeo e rede social oficial;
  • Dados eleitorais sobre o mandato de Moro e Rosângela Moro em 2022.
Nosso texto não inventa narrativas, relata eventos reais sob uma lente humana, consciente de graus e ambiguidades. Se há tom, há atenção às pessoas por trás dos cargos — o juiz, o senador, o opositor, e a própria justiça que também se transforma.

Este julgamento não é apenas sobre Moro, mas sobre como tratamos o poder e quem o controla. E quando o Estado volta seu olhar para quem ousou comandá-lo, o resultado é sempre uma fotografia — às vezes cruel — das falhas que construímos nós mesmos, na hora de votar, ou mesmo de não votar.

É como teria dito o filósofo grego Platão, há quase 2,500 anos atrás: “Quem não gosta de política, está condenado a ser dirigido por aqueles que gostam”.

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