quinta-feira, 24 de julho de 2025

Tropa K-9 da PMPR deu mais de R$900 milhões de prejuízo ao crime

Heróis de quatro patas: os cães policiais militares que já causaram R$ 900 milhões de prejuízo ao crime no Paraná

Por Ronald Stresser | Sulpost

 
Tropa K-9 da PMPR deu 900 mi em prejuízo ao crime - PMPR/Divulgação 

Eles não usam farda, mas vestem coletes. Não falam, mas se comunicam com os olhos, com o faro, com o corpo em alerta. Trabalham incansavelmente, farejando o medo nos esconderijos do tráfico, nos pacotes de drogas enterrados sob a terra, ou mesmo nos esconderijos onde o crime tenta se disfarçar. São guerreiros de quatro patas, e atendem por um nome de guerra universal: K-9.

No Paraná, esses cães da Polícia Militar não são apenas parte do efetivo. São parte da alma da segurança pública. Ao lado de seus condutores, os K-9 enfrentam o perigo com uma coragem que impressiona. E os números comprovam: desde 2023, os cães policiais já causaram um prejuízo estimado em mais de R$ 903,6 milhões ao crime organizado.

É uma guerra silenciosa, mas eficaz. Cada focinho farejador é uma arma de precisão. Cada latido, um alerta. Cada missão, um ato de bravura.

Uma tropa que late, mas também comove

A conexão entre o policial e o cão é mais do que profissional — é fraternal. O vínculo entre eles começa ainda no treinamento, e perdura por toda a vida do animal. Nas palavras de um dos sargentos condutores do Canil Central da PMPR, que prefere não ser identificado:

“A gente aprende a ler o cão. E ele aprende a nos ler também. Quando estamos nervosos, eles percebem. Quando eles sentem perigo, nos avisam com o corpo.”

Raças como pastor-belga Malinois, pastor-alemão, labrador retriever e pastor-holandês compõem o efetivo da PM. Cada uma tem sua especialidade. Enquanto uns são treinados para detectar drogas, armas e explosivos, outros são mestres em localizar cadáveres, pessoas soterradas ou desaparecidas e ainda conter suspeitos em fuga. Há cães multipropósito, que atuam em diferentes frentes com a mesma precisão.

Em reconhecimento a esse trabalho, o governo do Paraná investiu, no início de 2025, na aquisição de mais 93 cães para as forças de segurança, fortalecendo ainda mais os canis da PMPR. Um investimento que, além de estratégico, é uma homenagem viva a quem já salvou incontáveis vidas.

Vida curta, mas vivida com bravura 

A jornada de um cão policial costuma durar de 6 a 9 anos, até que o tempo ou alguma condição física limite seu desempenho. Eles podem ser aposentados por velhice, doenças, lesões, gravidez ou amamentação.

No Brasil, ao contrário de alguns países europeus onde há até pensões para os K-9 aposentados, esses heróis silenciosos costumam ser adotados por seus próprios condutores — uma forma singela e afetiva de garantir que seus últimos anos sejam cercados de amor, cuidado e gratidão.

“Eles não são apenas parceiros de patrulha. São da família. Quando chega a aposentadoria, é natural que venham pra casa”, relata emocionado outro policial do canil de Piraquara.

A morte de um cão em serviço, embora rara, também é tratada com respeito. Assim como seus companheiros humanos, os K-9 caídos em combate recebem honras militares, e o luto que se segue nos batalhões é profundo. Não há quem não chore a perda de um desses guerreiros.

Faro milhonario 

Os resultados falam por si. As apreensões feitas com o auxílio dos cães já somam quase um bilhão de reais em prejuízos ao crime organizado desde o início de 2023. Cada operação bem-sucedida é fruto de um trabalho que começa cedo, com treinamento rigoroso, e que depende da confiança mútua entre cão e condutor.

“É ele que entra onde ninguém mais consegue. É ele que encontra o que ninguém mais vê. É o cão que muda o rumo de uma operação”, explica um oficial do Batalhão de Choque, ao relembrar uma apreensão histórica em que um pastor-belga detectou mais de 300 kg de entorpecentes escondidos sob o piso falso de uma van.

Além da força, exemplo de lealdade

A atuação dos K-9 da Polícia Militar do Paraná é, acima de tudo, uma lição de entrega. Eles não sabem o que é medo. Não pedem aplausos. Não buscam manchetes. Mas, em cada missão, dão tudo de si.

E quando, ao fim da jornada, seus corpos cansados encontram descanso longe da linha de frente, resta a certeza de que cumpriram com honra o que juraram sem palavras: servir e proteger, com o coração e com o faro.

Enquanto houver crime tentando se esconder nas sombras, haverá um cão pronto para farejá-lo. E enquanto houver policiais que tratam seus parceiros com respeito e afeto, haverá também esperança de que o trabalho de segurança pública não é apenas sobre força, mas sobre lealdade, empatia, coragem e amor pelo serviço.

📍 Com informações da Agência Estadual de Notícias do Paraná e PMPR.

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