quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

O politicamente correto e a subversão da cultura brasileira

O politicamente correto e a subversão da cultura brasileira - a nova censura disfarçada de virtude

Por Ronald Stresser - Carnaval 2025

  
 

Nos últimos anos, um fenômeno tem se alastrado pela sociedade brasileira: a imposição do politicamente correto como um dogma absoluto. Trata-se de uma política social orquestrada pela esquerda socialista e comunista, que tenta transformar o Estado em uma entidade paterna, regulando comportamentos e ditando normas morais sob o pretexto de inclusão e respeito. No entanto, o que vemos, na prática, é uma interferência abusiva na vida privada das pessoas e uma mutilação sistemática da cultura nacional.  

Reis Momos "fitness" e a hipocrisia da militância

Um dos exemplos mais emblemáticos dessa subversão cultural é a tentativa de "modernizar" o Carnaval. Durante décadas, a figura do Rei Momo era sinônimo de exuberância, bom humor e fartura. O critério de escolha, tradicionalmente, exigia que o candidato tivesse pelo menos 120 quilos, reforçando a imagem do rei festivo, inspirado na ideia de abundância antes da quaresma. No entanto, essa tradição vem sendo atacada sob o argumento de que perpetua "gordofobia".  

Curiosamente, os mesmos militantes que combatem a suposta gordofobia são os que, há mais de duas décadas, promovem um expurgo da cultura carnavalesca, vetando Reis Momos gordos em diversas cidades brasileiras. Agora, sob o pretexto de inclusão e saúde, tentam impor um padrão "fitness" ao posto, apagando a tradição histórica. Seria o próximo passo proibir passistas mulatas e restringir o título de Rainha do Carnaval a perfis considerados "diversos" por critérios ideológicos?  

A contradição salta aos olhos. A militância que diz lutar pela diversidade e aceitação do corpo quer, na verdade, ditar quais corpos podem ou não ocupar determinados espaços. Esse fenômeno é um reflexo direto da subversão socialista, que nunca teve como objetivo a liberdade individual, mas sim o controle sobre o que as pessoas podem pensar, dizer e celebrar.  

Javier Milei e a dependência estatal da classe artística  

Outro exemplo de como essa política de imposição ideológica avança é a relação entre Estado e cultura. Recentemente, o presidente da Argentina, Javier Milei, expôs uma verdade inconveniente:  

"Se você é um artista e depende de subsídios do governo, você não é um artista, é um funcionário do governo. Se você é um artista, mas faz propaganda política, você não é um artista, é um político."

Essa declaração desnuda uma prática comum nos governos de esquerda: a utilização da cultura como ferramenta de manipulação política. No Brasil, isso se reflete na dependência de artistas de editais públicos e incentivos fiscais. Muitos, em vez de buscarem reconhecimento pelo mérito e pelo talento, tornam-se meros porta-vozes da agenda progressista estatal, defendendo pautas alinhadas ao governo em troca de verbas. 

Subversão como arma política 

O comunismo e o socialismo sempre se utilizaram da subversão como arma de dominação das massas. Essa estratégia consiste em destruir símbolos culturais, questionar valores tradicionais e ressignificar conceitos para enfraquecer a identidade nacional e facilitar a implementação de uma nova agenda ideológica.

No caso do Carnaval, a tática usada nessa verdadeira guerra híbrida parece materializar-se na tentativa - até agora muito bem sucedida - de reescrever a tradição do Rei Momo, eliminando seu simbolismo original e impondo um padrão "fitness" que atende à narrativa esdrúxula do politicamente correto. Veja beam que não se trata de uma mudança espontânea, mas sim de um processo planejado para minar raízes culturais e substituir referências populares por versões "adequadas" ao discurso da esquerda.  

O que testemunhamos hoje não é uma evolução natural da sociedade, é uma imposição autoritária e ideológica de uma visão de mundo distorcida, onde discordar do "politicamente correto" se tornou uma espécie de crime moral. A liberdade de expressão e a autenticidade cultural estão sendo soterradas por uma patrulha ideológica nos moldes do nazismo de Adolf Hitler, que decide, de cima para baixo, o que é aceitável ou nã. O governo hoje se intromete, inclusive, dentro das nossas próprias casas, querebdo ditar regras que não nos representam e às quais vetamos. A privacidade do lar deveria ser inviolável segundo a Constituição Federal de 1988, mas o esquerdista radical quer dizer até como deve ser até o modelo famíliar das pessoas, como se houvesse um padrão no qual todos se encaixem. Nivelar por baixo, financeira e intelectualmente, todas as pessoas, é o jogo do comunismo.

Resistir é preciso

O Brasil precisa despertar para a realidade dessa nova forma de censura, que avança sob o disfarce de inclusão e justiça social. As pessoas precisam abrir os olhos. Não cabe ao Estado ou Município, ou ainda à mídia golpista e paga que sobrevive usando uma concessão pública para determinar quais corpos podem representar uma tradição, tampouco subsidiar artistas para fazer propaganda política.  

Se não houver resistência porbparte dos cidadãos de bem, veremos cada vez mais símbolos culturais sendo moldados conforme os interesses de uma elite ideológica, de um partido político, que quer controlar não apenas a política, mas também a arte, o humor e até mesmo as festividades populares, dominando o livre pensamento e controlando a liberdade de expressão das pessoas. O Carnaval, um dos maiores patrimônios culturais brasileiros, há tempos já se transformou numa vítima dessa engenharia social travestida de virtude

É hora de defender a cultura, a tradição e, acima de tudo, a liberdade do povo brasileiro. Se nossa bandeira jamais será vermelha, precisamos reconhecer que várias engrenagens e mecanismos do nosso sistema já estão contaminados pela ideologia torpe que deseja nivelar a todos e a tudo por baixo, fazem de tudo e usam toda espécie de artifício para poder prosperar as custas do sofrimento individual e coletivo de toda uma nação.

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