74ª Regata Santos-Rio leva emoção ao litoral paulista e carioca em uma das provas mais icônicas da vela brasileira
Revista Náutica / Reprodução |
Neste fim de semana, o mar entre São Paulo e Rio de Janeiro é cenário para a 74ª edição da Regata Santos-Rio, a competição de vela mais tradicional do país. Com largada dada nesta sexta-feira (25), mais de 200 velejadores de 30 equipes enfrentam o desafio de cruzar 200 milhas náuticas — cerca de 360 quilômetros — em uma aventura que começa no Iate Clube de Santos e termina no Iate Clube do Rio de Janeiro.
O evento conta com a participação especial de Torben Grael, lenda da vela brasileira com cinco medalhas olímpicas, duas de ouro, e sete vitórias na Santos-Rio. Grael ainda detém o título de Fita Azul por ser o primeiro a cruzar a linha de chegada em seis edições. Em 2023, o barco Crioula conquistou o título, completando a prova em pouco mais de 29 horas. E quem ainda detém o recorde é o veleiro Camiranga, com a impressionante marca de 18 horas e 9 minutos na 65ª edição.
A largada no litoral de Santos deu um espetáculo à parte. Os ventos noroestes acima de 20 nós (40 km/h) proporcionaram uma regata local vibrante antes que as embarcações seguissem para o Atlântico, deixando o público entusiasmado nas margens. Desfilando ao longo do Deck do Pescador na Ponta da Praia, as embarcações empolgaram com suas manobras desafiadoras e repletas de ousadia, enquanto o som da Banda dos Fuzileiros Navais tornava o momento ainda mais grandioso.
O velejador Luiz Fernando Dancini, do Iate Clube de Santos, descreveu o início da travessia como intenso. “Phoenix foi o primeiro a ajustar a proa, seguido de perto por Duma e Inaê. O vento estava forte na costa, e foi preciso muita habilidade para manter o equilíbrio. Torben Grael e o Maximus escolheram uma linha costeira, aproveitando ao máximo o vento favorável,” relatou Dancini, que acompanhou a largada de perto.
A Santos-Rio não é apenas uma competição de vela, é um encontro de cultura, tradição e amor pelo mar. A travessia entre Santos e Rio se consolidou como uma verdadeira celebração da vela brasileira, conectando o público à emoção e à aventura do esporte. A cada edição, essa regata renova seu legado e reforça a paixão por desbravar o oceano, inspirando novos navegadores a explorarem as águas e mergulharem no mundo encantador da vela.
Veleiro Camiranga, recordista da regata Santos-Rio - Foto: Aline Bassi/Balaio de Ideias/Divulgação |
Edição: Ronald Stresser
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