Pesquisa em plantas medicinais

Paraná lança horto de plantas medicinais com investimento de R$ 6,5 Milhões. Novo centro de pesquisa em Londrina visa avanços em biodiversidade e desenvolvimento tecnológico

 

Piana lança pedra fundamental do Horto / Igor Jacinto

Londrina – O Paraná deu um passo significativo para o avanço da pesquisa em plantas medicinais com o lançamento da pedra fundamental do Horto de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares Beatriz Rugani Ribeiro de Castro. A solenidade, realizada na sexta-feira (16) na sede do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), contou com a presença do vice-governador Darci Piana e diversas autoridades, incluindo o deputado federal Tadeu Veneri e o secretário da Inovação, Alex Canziani.

O novo horto receberá um investimento inicial de R$ 5,8 milhões do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), além de R$ 700 mil oriundos de emenda parlamentar. A infraestrutura do projeto incluirá estufas, canteiros para cultivo, laboratórios e áreas para treinamento, em uma área de 10 mil metros quadrados. Adicionalmente, haverá uma área de 5 mil metros quadrados dedicada à conservação de plantas de porte arbóreo.

Durante o evento, o vice-governador destacou a importância do horto para a pesquisa científica e a preservação ambiental. "O Paraná terá uma estrutura para cuidar cientificamente dos efeitos medicinais dessas plantas", afirmou. O secretário estadual da Agricultura, Natalino Avance de Souza, ressaltou a relevância do investimento público no setor agrícola.

O horto também representa a culminação de mais de 50 anos de pesquisa na área, iniciada na década de 1970, e será um centro interdisciplinar de referência. De acordo com Vania Moda Cirino, diretora de pesquisa e inovação do IDR-Paraná, a nova estrutura permitirá otimizar técnicas de cultivo e processamento de princípios bioativos, promovendo o desenvolvimento de bioinsumos e novos produtos para a agricultura e saúde.

Além das atividades de pesquisa, o horto oferecerá capacitação a profissionais da agricultura, saúde e estudantes, fomentando a sustentabilidade e o empreendedorismo. A iniciativa será impulsionada por parcerias com universidades e centros de pesquisa, como a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e contará com a colaboração do setor privado para expandir os produtos desenvolvidos.

O horto homenageia a pesquisadora Beatriz Rugani Ribeiro de Castro, falecida em 1993, que contribuiu significativamente para o estudo de plantas medicinais. A construção do horto, prevista para dois anos, promete consolidar o Paraná como um líder em pesquisa e desenvolvimento na área de plantas medicinais. 

Ronald Stresser, com informações da Agência Estadual de Notícias

 

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