Em meio a forte pressão dentro do Partido Democrata, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21/7) que desistirá de sua candidatura à reeleição. Em uma declaração pública, Biden afirmou que sua decisão foi tomada "no melhor interesse do meu partido e do país".
O presidente expressou seu apoio à vice-presidente Kamala Harris como sua substituta na corrida presidencial, alterando significativamente a dinâmica da disputa pela Casa Branca a apenas quatro meses das eleições. A decisão de Biden segue semanas de intensa pressão de seus colegas democratas, intensificada após seu fraco desempenho no debate contra o republicano Donald Trump no final de junho.
Em uma carta divulgada nas redes sociais, Biden declarou: "Embora minha intenção tenha sido buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu desista e me concentre exclusivamente em cumprir os deveres como Presidente pelo restante do meu mandato". Ele prometeu se dirigir à nação sobre o assunto na próxima semana.
Biden agradeceu à vice-presidente Kamala Harris, qualificando-a como uma "parceira extraordinária", e expressou sua gratidão ao povo americano pela confiança depositada nele. Ele reafirmou sua crença no potencial dos Estados Unidos, destacando que "não há nada que a América não possa fazer - quando fazemos juntos".
Logo após o anúncio, Biden declarou em uma segunda postagem seu "total apoio e endosso para que Kamala seja a candidata de nosso partido este ano", conclamando os democratas a se unirem para derrotar Trump.
A pressão para que Biden se retirasse da corrida presidencial intensificou-se após um desempenho desastroso no debate contra Trump, onde foi criticado por incoerência e uma voz fraca, atribuídas pelo partido a um resfriado. Recentemente diagnosticado com Covid, Biden afirmou na sexta-feira que estava ansioso para "voltar à campanha na próxima semana".
Entre os possíveis candidatos democratas à presidência, além de Kamala Harris, estão os governadores Gavin Newsom (Califórnia), J.B. Pritzker (Illinois), Josh Shapiro (Pensilvânia) e Gretchen Whitmer (Michigan).
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