segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Maioria dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar de Bolsonaro

Quaest: maioria dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar de Bolsonaro

Por Ronald Stresser — Sulpost

55% dos brasileiros acham que a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro é justa
Minervino Júnior/CB
 

O Brasil respira fundo à medida que se aproxima o julgamento marcado para 2 de setembro no Supremo Tribunal Federal (STF). No centro do turbilhão, a figura de Jair Bolsonaro segue polarizando o país — mas a nova fotografia do humor social é nítida: mais da metade dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar do ex-presidente.

A constatação vem da pesquisa Genial/Quaest, encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre 13 e 17 de agosto, com 2.004 entrevistas presenciais de pessoas com 16 anos ou mais. O estudo tem nível de confiança de 95% e margem de erro de ±2 pontos percentuais.

O que diz a pesquisa

  • “A prisão domiciliar de Bolsonaro é justa ou injusta?”
  • Justa: 55%
  • Injusta: 39%
  • Não sabem / Não responderam: 6%

Os números não são apenas estatísticas frias; eles traduzem um sentimento que atravessa ruas, redes e famílias. Para muitos entrevistados, a medida cautelar simboliza a lei aplicada sem exceções. Para outros, é a expressão de um país ainda tenso, em que decisões judiciais se confundem com disputas políticas.

O contexto jurídico e o fio da navalha

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, em Brasília. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes após o ex-presidente descumprir restrições judiciais ao participar de uma videoconferência com aliados. O episódio adicionou um novo capítulo à relação já conflituosa entre o ex-chefe do Executivo e o Judiciário.

É importante lembrar: pesquisas de opinião não determinam o rumo de processos. Elas ajudam a entender a temperatura da sociedade e a legitimidade percebida das decisões. No STF, prevalecem provas, fundamentos jurídicos e o respeito ao devido processo legal. Ainda assim, a fotografia captada pela Quaest indica que uma parte expressiva do país enxerga a cautelar como proporcional ao momento.

2 de setembro: o "Dia D"

O julgamento previsto para início de setembro promete ser um divisor de águas. Não está em avaliação apenas a manutenção de uma medida cautelar: discute-se, de forma mais ampla, o pacto democrático, os limites de atuação de lideranças políticas e a capacidade das instituições de responderem a atos que tensionam o Estado de Direito.

Entre a sede de justiça e o medo da instabilidade, o país se observa no espelho. A pesquisa revela uma sociedade que quer regras claras e consequência para os atos — sem abrir mão da democracia e de suas garantias.

Metodologia

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada pela Quaest. Foram entrevistadas 2.004 pessoas, com 16 anos ou mais, entre 13 e 17 de agosto, em entrevistas presenciais. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Esta reportagem integra a cobertura contínua do Sulpost sobre democracia, justiça e direitos no Brasil.

Edição: Ronald StresserRedação Sulpost

Contato da redação: stresser.pt@gmail.com | WhatsApp - Pix: (41) 99281-4340

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