domingo, 6 de outubro de 2024

Vôo da FAB reaptria brasileiros do Líbano

Avião da FAB com brasileiros repatriados do Líbano pousa em São Paulo

 
© PAULO PINTO/AGENCIA BRASIL
 

Na manhã deste domingo (6), às 10h25, a aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, trazendo 229 brasileiros e três animais de estimação de volta ao Brasil. O avião havia partido de Beirute no sábado (5), às 13h18 (horário de Brasília), em meio à operação de repatriação organizada pelo governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionou pessoalmente o grupo ao desembarcar e, em discurso, criticou duramente o impacto da guerra na região, especialmente o sofrimento de civis inocentes.

"O Brasil é um país generoso e não tem contencioso com nenhum país do mundo porque a gente não deseja guerra. A guerra só destrói. O que constrói é a paz", afirmou Lula, sublinhando o caráter pacifista da política externa brasileira.

O voo faz parte da primeira fase da Operação Raízes do Cedro, um esforço coordenado para trazer de volta os brasileiros que vivem no Líbano em meio à crescente tensão militar na região, desencadeada pelas operações das Forças Armadas de Israel. Estima-se que cerca de 20 mil brasileiros morem no Líbano, e aproximadamente 3 mil já manifestaram interesse em retornar ao Brasil. O governo está comprometido em repatriar semanalmente cerca de 500 cidadãos.

A missão conta com uma tripulação multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros e psicólogos, além de representantes de diversos órgãos do governo para garantir a segurança, assistência médica e acolhimento psicológico dos repatriados. O próximo voo de retorno ao Líbano está programado para decolar às 14h deste domingo (5), dando continuidade à operação.

Repatriação, um gesto patriótico

Em um mundo cada vez mais interconectado, o impacto de conflitos regionais é sentido globalmente, com repercussões sociais, políticas e econômicas que transcendem fronteiras. Guerras modernas afetam cadeias de suprimentos, desestabilizam mercados globais e provocam crises humanitárias que muitas vezes exigem respostas rápidas e coordenadas de diferentes países. Nesse contexto, repatriar cidadãos que se encontram em áreas de conflito se torna um ato essencial de soberania, uma demonstração clara de que o Estado não apenas protege seus cidadãos no território nacional, mas também no exterior.

A repatriação é um gesto de profundo patriotismo, reafirmando o compromisso do governo em cuidar de seus cidadãos, onde quer que estejam. Além de resgatar vidas em risco, é um sinal ao mundo de que o país valoriza a dignidade humana e os direitos de seu povo, independentemente da distância geográfica. O Brasil, ao repatriar seus cidadãos, não apenas garante a segurança deles, mas também fortalece sua posição no cenário internacional como uma nação que promove a paz e o respeito pelos direitos humanos. Resumindo, a repatriação é o retorno do cidadão à sua terra natal, custeado pelo Estado, em nosso caso de cidadãos brasileiros que se encontram no exterior em situação comprovada de risco e desvalimento.

Ronald Stresser, com informações da AB.

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