Estudo aponta que letalidade policial no Rio ainda é alarmante, principalmente para jovens negros e moradores de comunidades carentes
© TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL |
Um estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que o Rio de Janeiro precisa reduzir em 66% sua letalidade policial para se aproximar de um índice aceitável em uma democracia. Embora as mortes por intervenção policial tenham caído de 1.814 em 2019 para 871 em 2023, a taxa no estado segue muito acima da média nacional.
O relatório evidencia que a maioria dos mortos em confrontos policiais são jovens negros de baixa escolaridade, residentes em comunidades carentes. Em 2023, pessoas negras foram mortas em uma proporção 6,4 vezes superior às pessoas brancas, e 54,5% das vítimas tinham entre 12 e 24 anos. Essa realidade é vista pelo Fórum como um reflexo do “estado de coisas inconstitucional” na segurança pública do Rio.
Desde a ADPF das Favelas, medida do STF que impõe restrições às operações policiais, iniciativas como câmeras corporais e notificações prévias de operações têm buscado reduzir a violência. No entanto, o governador Cláudio Castro sustenta que a ADPF favorece o crime organizado, um argumento contestado pelo Fórum, que reforça que os índices criminais do estado estão em queda.
Stresser, com informações da Agência Brasil.
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