quarta-feira, 25 de setembro de 2024

A Verdade Sobre a Lava-jato: a entrevista de Leandro Demori com o Juiz Federal Eduardo Appio

A verdade sobre a Lava-jato: entrevista do Juiz Federal Eduardo Appio no "Dando a Real"

 
O Juiz Federal Eduardo Appio no "Dando  Real", da TV Brasil - Reprodução

No último episódio do programa "Dando a Real", o juiz federal Eduardo Appio abriu a "caixa-preta" da Lava-jato, revelando detalhes surpreendentes e inexplorados da operação que abalou o Brasil. Appio, que assumiu a 13ª Vara Federal em Curitiba, a famosa Vara da Lava-jato, fez declarações impactantes sobre a gestão de processos e as práticas que envolviam a operação.

A Entrevista

Leandro Demori deu início à conversa destacando a importância da transparência na TV pública e a necessidade de discutir temas polêmicos e relevantes para a sociedade. Com um tom sério, ele introduziu Appio, que não hesitou em criticar o que chamou de "caixa-preta" da Lava-jato. 

A caixa-preta da Lava-jato

"Sim, existem elementos que a sociedade brasileira não conhece", afirmou Appio ao ser questionado sobre a falta de transparência na Vara. Ele relatou sua experiência ao assumir a vara em fevereiro de 2023, quando não recebeu um briefing sobre os processos em andamento, o que o deixou tateando no escuro.

Durante a entrevista, Appio mencionou documentos secretos e interceptações telefônicas que levantaram suspeitas sobre espionagem política. "Havia indícios concretos de que autoridades públicas do país inteiro estavam sendo monitoradas", declarou, fazendo uma analogia com práticas do FBI nos Estados Unidos.

A controvérsia dos acordos de leniência

Um dos pontos mais controversos discutidos por Appio foi a gestão de uma conta secreta que acumulou bilhões de reais de acordos de leniência, dinheiro que deveria ter sido devolvido aos cofres públicos. "Esse dinheiro estava sendo utilizado de maneira indevida", explicou, detalhando como os valores destinados à Petrobras foram liberados sem o devido processo legal. 

Appio destacou a irregularidade nas práticas de gestão financeira, afirmando que o dinheiro, em vez de ser repassado à União, estava sendo direcionado a uma fundação privada que, segundo ele, não estava sujeita ao controle do Tribunal de Contas da União.

Indústria de delação e pressão política

A entrevista também abordou a suposta "indústria da delação" dentro da Lava-jato, com Appio referindo-se a declarações de Tacla Duran sobre pagamentos a advogados para facilitar delações. Ele confirmou que havia indícios de que esse esquema de delação era comum, e que a pressão exercida sobre os delatores era intensa.

A ligação polêmica

Um dos momentos mais tensos da entrevista foi quando Appio confirmou ter feito uma ligação para o filho de um desembargador que poderia estar ligado a um caso de corrupção. Ele justificou a ligação como uma tentativa de buscar informações em um ambiente hostil, onde não havia apoio para suas investigações.

A Lava-jato e suas consequências

Appio concluiu a entrevista refletindo sobre o impacto da Lava-jato na sociedade brasileira. Ele enfatizou que a operação, embora tenha sido apresentada como um combate à corrupção, também expôs falhas graves no sistema judiciário. "O que se observou foi uma erosão da soberania nacional e um desvio de recursos que pertenciam a todos nós", alertou.

Eduardo Appio deixou claro que, apesar dos desafios enfrentados durante sua breve passagem pela Lava-jato, ele se orgulha de ter buscado a verdade. "Faria tudo de novo", afirmou, reforçando seu compromisso com a justiça e a transparência.

Essa entrevista impactante trouxe à tona questões que permanecem em debate no Brasil, revelando a complexidade e as controvérsias que cercam a Lava-jato. O público agora tem a oportunidade de refletir sobre os desdobramentos dessa operação e suas implicações para o pressente e o futuro do país. Assista na íntegra abaixo.

Ronald Stresser, da redação.

Assista com calma e veja a aula que o Appio deu. Se ainda houver quem defenda Moro, Dallagnol e a turma de Procuradores e Delegados que atuaram com eles, já é delírio e fanatismo. Freud, em "Psicologia das Massas e Análise do Eu", e, Dietrich Bonhoeffer, com a "Teoria da Estupidez",  explicam. D.W.


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