Ministério Público e Partido dos Trabalhadores não conseguem barrar candidatura; Rosangela Moro celebra decisão judicial que a mantém na disputa ao lado de Ney Leprevost.
CURITIBA — Em uma decisão que fortalece a candidatura de Rosangela Moro à vice-prefeitura de Curitiba, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) rejeitou, por unanimidade, uma ação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que buscava impugnar sua participação nas eleições municipais. Rosangela, deputada federal por São Paulo e esposa do senador Sergio Moro, concorre ao lado de Ney Leprevost, ambos do partido União Brasil.
A ação do MPE alegava que a transferência de domicílio eleitoral de Rosangela para Curitiba — depois de ter sido eleita por São Paulo em 2022 — configurava uma "fraude velada". O argumento, entretanto, não foi aceito pelo TRE, que concluiu que não houve ilegalidade no processo. A juíza eleitoral Vanessa Jamus Marchi destacou que o Ministério Público perdeu o prazo para apresentar a impugnação, o que garantiu a permanência de Rosangela na disputa.
Além do MPE, o Partido dos Trabalhadores (PT) também tentou barrar a candidatura de Rosangela Moro. A legenda questionava a mudança de domicílio eleitoral, alegando fraude contra os eleitores que a elegeram em São Paulo. Porém, o tribunal rejeitou o pedido, com o desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz afirmando que não há diretriz que impeça um político de se mudar de unidade federativa após ser eleito.
Rosangela comemorou a decisão, declarando que "a Justiça prevaleceu" e que a acusação contra sua candidatura foi "sem fundamento". A parlamentar afirmou que seguirá firme na campanha, sem se abalar por "jogadas políticas".
A decisão do TRE-PR ocorre em um contexto de alta competitividade nas eleições municipais de Curitiba. A candidatura de Rosangela Moro ao lado de Ney Leprevost pode desafiar o cenário até então dominado por Luciano Ducci, candidato da Frente Brasil da Esperança, que aparece como uma das principais forças na corrida eleitoral.
Diante disso, surge uma questão: a tentativa do PT de impugnar a candidatura de Rosangela seria um sinal de que a chapa formada por ela e Ney Leprevost realmente tem potencial para mudar o rumo das eleições e disputar um segundo turno contra o predileto Eduardo Pimentel?
Ronald Stresser, da redação.
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