Paraná: onde turismo e sustentabilidade se encontram

Paraná: onde turismo e sustentabilidade se encontram para transformar vidas através da geração de renda e divisas

 

Ilha do Mel - Deyvid Setti e Eloy Olindo Setti • CC BY 3.0

 

Por trás de cada clique na câmera e cada trilha percorrida nos parques estaduais do Paraná, há histórias que se conectam profundamente com a natureza. Assim são as pessoas que redescobrem sua relação com o planeta e com as comunidades que encontram hoje no turismo sustentável, um caminho para a prosperidade. Sob a liderança do governador Ratinho Júnior e do secretário de Turismo Márcio Nunes, o estado tem se destacado como exemplo concreto de que o desenvolvimento e a preservação do meio-ambiente podem — e devem — caminhar lado a lado.

No ano passado o turismo em Unidades de Conservação (UCs), do estado do Paraná, registrou aumento de 9,2 pontos percentuais, alcançando a marca histórica de quase 600 mil visitantes. Um número que impressiona, mas que não revela toda a história. Por trás desses dados estão sorrisos, passos cuidadosos nas trilhas e momentos de contemplação que transformam não só quem visita, mas também quem vive ali.

Ilha do Mel: refúgio que encanta e inspira

Quem chega à Ilha do Mel, em Paranaguá, não encontra apenas praias paradisíacas e um cenário de sonho. Encontra uma comunidade engajada, que entende a importância de proteger o que é seu. Com mais de 203 mil visitantes em 2024, a ilha lidera o turismo nas UCs do estado.

Mas o sucesso não se mede apenas em números. “Cada visitante que pisa aqui sai transformado. Eles levam consigo a experiência de estar em um lugar onde a natureza ainda é soberana e onde cada ação tem um impacto”, diz Ana Paula, moradora local e guia turística há mais de 15 anos.

Para Ana, o turismo sustentável trouxe mais do que renda. Trouxe orgulho. “Antes, as pessoas viam o turismo como algo que só trazia problemas. Agora, a gente vê que é possível fazer diferente. A gestão dos parques nos mostrou isso.”

Transformação que vai além das trilhas

A Serra da Baitaca, com seus picos imponentes e vistas deslumbrantes, também é exemplo dessa transformação. Com um crescimento de 15,3% na visitação em 2024, o parque é fruto de uma gestão compartilhada que envolve a comunidade de Quatro Barras.

“A gente vê o impacto direto. São turistas comprando nas nossas lojas, comendo nos nossos restaurantes. Isso muda a cidade”, conta José Ricardo, comerciante local. “Mas o que mais me emociona é ver como o turismo sustentável educa. Os turistas chegam mais conscientes, mais cuidadosos. Isso faz toda a diferença.”

Essa mudança de mentalidade não é coincidência. O projeto Parques Paraná, lançado em 2019, aposta em uma abordagem que vai além da preservação ambiental. Ele integra a população local, promove educação ambiental e incentiva práticas sustentáveis.

“O turismo aqui no Paraná não é só sobre números. É sobre criar uma relação de respeito e admiração entre as pessoas e a natureza”, explica Rafael Andreguetto, diretor de Patrimônio Natural do Instituto Água e Terra (IAT).

Comunidades que prosperam com o turismo

O impacto positivo do turismo sustentável no Paraná vai além dos parques mais conhecidos. Lugares menos explorados, como o Salto São Francisco da Esperança, viram sua visitação quase dobrar em 2024, com um aumento de 98,4%. Essa movimentação trouxe esperança para pequenos produtores e artesãos da região.

Mariana, que produz mel artesanal em Guarapuava, conta que as vendas aumentaram desde que o turismo começou a crescer. “As pessoas não vêm só para ver as cachoeiras. Elas querem levar um pedacinho daqui com elas. E isso nos ajuda a crescer, sem perder nossa essência.”

Um futuro promissor e consciente

O Paraná possui 73 Unidades de Conservação, abrangendo mais de 26 mil km² de áreas protegidas. Esses números impressionam, mas o verdadeiro destaque está no cuidado com cada detalhe. Desde a implementação de trilhas sustentáveis até a capacitação de guias locais, tudo é planejado para garantir que o turismo seja uma ferramenta de preservação, e não de degradação.

“É um desafio constante, mas quando a gente vê o sorriso de uma criança ao aprender sobre a Mata Atlântica ou o brilho nos olhos de um turista ao ver o pôr do sol na Ilha do Mel, sabemos que estamos no caminho certo”, afirma Márcio Nunes.

Para ele, o turismo sustentável é mais do que uma estratégia de governo. É um compromisso com as futuras gerações. “Não se trata apenas de atrair turistas, mas de mostrar que o Paraná é um lugar onde a natureza é respeitada e onde todos podem viver em harmonia com ela.”

A experiência que transforma

Para quem visita o Paraná, o impacto é imediato. Não são apenas paisagens deslumbrantes, mas um convite à reflexão. Cada trilha percorrida, cada comunidade visitada, cada história ouvida deixa marcas que vão além do turismo convencional.

E talvez esse seja o maior legado do estado: provar que é possível crescer sem destruir, ensinar sem impor e preservar sem excluir. O Paraná é mais do que um destino. É um exemplo vivo de que o turismo sustentável não é apenas uma possibilidade, mas uma necessidade.

Enquanto o sol se põe sobre as montanhas da Serra da Baitaca ou ilumina as águas cristalinas da Ilha do Mel, o Paraná segue mostrando ao Brasil — e ao mundo — que desenvolvimento e preservação podem, sim, coexistir em harmonia. E quem ganha com isso somos todos nós.