terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Festas corporativas ficam no passado em 2024

Crise econômica e festas de fim de ano: empresas brasileiras reduzem tradição em 2024

 
 

O fim de ano no Brasil sempre foi marcado por festas corporativas, ocasiões que celebram conquistas e reforçam o espírito de união entre equipes. No entanto, em 2024, sinais claros de uma economia em crise estão transformando o cenário. Empresas de diversos setores estão cortando custos, e as tradicionais confraternizações estão sendo repensadas. A redução na realização desses eventos revela um reflexo direto de um contexto econômico turbulento, agravado pela gestão econômica conduzida pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Com o dólar ultrapassando a marca dos R$ 6, inflação em alta e juros que não param de subir, a economia brasileira tem desafiado não apenas os consumidores, mas também as empresas. Um levantamento recente realizado pela Ticket, com 150 profissionais de recursos humanos de companhias de todo o país, apontou que apenas 67% das empresas pretendem realizar festas de confraternização neste ano, uma queda de 8% em relação a 2023.

Impacto econômico nas tradições empresariais

Para as empresas que decidiram abrir mão das festas, alternativas como a distribuição de cartões-presente ou bônus foram adotadas como substituto. Segundo a pesquisa, 35% dessas organizações planejam investir em benefícios financeiros, enquanto outras 23% preferem enviar alimentos e bebidas aos colaboradores. Apesar dessas iniciativas, o cenário ainda reflete a pressão por cortes de custos em um momento de incertezas econômicas.

"Estamos enfrentando um momento difícil, em que precisamos priorizar o que é essencial para o negócio. Apesar de não realizarmos a festa este ano, buscamos outras formas de valorizar nossos colaboradores", comenta a diretora de RH de uma empresa no setor de tecnologia que preferiu não se identificar.

Tatiana Romero, Diretora de Recursos Humanos da Ticket, reforça a necessidade de inovar: “Soluções que oferecem autonomia aos colaboradores, como cartões-presente, geram uma percepção de valor positiva, especialmente em tempos desafiadores como este”.

Os números que revelam a crise

Além do encolhimento nas confraternizações, outros indicadores econômicos preocupam. O aumento constante no preço dos alimentos compromete o orçamento das famílias, enquanto a alta dos juros desestimula investimentos e dificulta o acesso ao crédito. Com isso, as empresas enfrentam uma combinação de aumento nos custos operacionais e retração no consumo.

A incerteza econômica também afeta os planos para 2025. Muitos empresários já preveem um cenário de cautela, com pouca margem para investimentos e aumento na inadimplência. Para especialistas, isso pode ser um reflexo direto de uma condução econômica que não consegue alinhar política fiscal, controle inflacionário e estímulo ao crescimento.

A percepção da gestão econômica

A atuação de Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda tem sido alvo de críticas. Analistas apontam que as medidas adotadas até agora não têm conseguido reverter os principais gargalos da economia brasileira. A falta de clareza em relação às reformas estruturais e a dificuldade em equilibrar o orçamento têm gerado descrédito entre investidores e incerteza para os próximos meses.

“Os sinais são claros: estamos vendo um governo que não consegue conter a inflação nem criar condições para reduzir os juros. Isso afeta diretamente as empresas, que precisam reduzir custos e postergar investimentos”, avalia o economista Rafael Moreira.

O clima nas empresas e a perspectiva para 2025

Entre os trabalhadores, o clima é de apreensão. Uma pesquisa complementar mostrou que apenas 20% prefeririam uma confraternização tradicional em vez de benefícios como um cartão-presente. Isso demonstra que, mesmo diante de cortes, há uma expectativa de reconhecimento – um desafio para as empresas que, por sua vez, enfrentam dificuldades financeiras.

Com o Brasil caminhando para 2025, as expectativas são de um ano ainda mais desafiador. Enquanto o governo tenta equilibrar as contas e ganhar a confiança do mercado, as empresas buscam alternativas para manter suas operações e engajar suas equipes.

A dúvida que paira no ar é: até quando a economia brasileira suportará esse cenário de alta pressão? A resposta pode ser decisiva não apenas para as finanças, mas também para o futuro do ambiente corporativo e da sociedade como um todo.

Ronald Stresser, da redação.

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