Trump vence Harris e retorna à Casa Branca, agora com maioria no Congresso
Atualizada às 16h06 - Horário de BrasíliaDonald J. Trump (Republicanos) foi eleito presidente dos Estados Unidos nesta terça-feira, 5 de novembro de 2024, após derrotar a atual vice-presidente Kamala Harris (Democratas). Trump obteve 292 dos 538 votos do Colégio Eleitoral, enquanto Harris conquistou 224, segundo dados da Associated Press (AP) atualizados às 16h, horário de Brasília.
Além da vitória presidencial, os republicanos saíram das eleições com uma base sólida no Congresso. No Senado, o partido garantiu 52 cadeiras, superando os 43 assentos dos democratas. Na Câmara, os republicanos elegeram 201 deputados, contra 184 dos democratas, marcando uma guinada expressiva à direita na política americana.
De seu quartel-general na Flórida, onde acompanhou a apuração, Trump declarou: “A América nos deu um mandato sem precedente”. Esse triunfo lhe garantiu também o voto popular, com 68 milhões de votos, enquanto Kamala Harris obteve 62,9 milhões de votos. Ele é o primeiro republicano a conquistar a Casa Branca com o maior número de votos populares desde George W. Bush, em 2004.
Apoio ampliado entre latinos e afro-americanos
Trump teve uma performance destacada entre eleitores negros e latinos, especialmente em estados-pêndulo e áreas tradicionalmente democratas, como a Flórida, onde os republicanos conquistaram o apoio de eleitores de Miami pela primeira vez desde 1988. A estratégia republicana focada nos jovens homens desses grupos se mostrou eficaz, refletindo um esforço contínuo para aumentar o diálogo com essas comunidades.
Republicanos fortalecem presença no Congresso
A vitória de Trump marca uma derrota significativa para o Partido Democrata, que perdeu o controle do Senado e viu seu número de representantes na Câmara diminuir. Os resultados evidenciam uma onda conservadora e fortalecem o partido republicano para os próximos anos, consolidando a base de apoio a Trump para implementar sua agenda.
Um novo mandato e promessas de mudanças internas e externas
Trump retorna à Casa Branca com uma agenda de propostas focadas na economia e imigração. Ele prometeu isentar gorjetas e contribuições de impostos, cortar a carga tributária e controlar rigorosamente a imigração, prometendo a maior deportação em massa da história americana. A inflação alta no governo Biden, que afetou o poder de compra dos americanos, foi um ponto central de sua campanha.
No cenário internacional, Trump promete rever a participação dos EUA na Otan, alertando os aliados europeus de que é necessário um maior compromisso. Sua intenção de reavaliar o papel americano nas tensões internacionais coloca a Europa em alerta, principalmente diante de desafios como o conflito na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio.
A vitória de Trump fortalece o movimento “Make America Great Again” e, ao lado de seu vice, o senador JD Vance, o ex-presidente tem o apoio necessário para levar adiante suas pautas conservadoras e populistas. Agora, ele retorna à Casa Branca mais experiente, cercado de um círculo menor e mais leal de assessores, o que promete uma abordagem mais coesa.
Para os próximos anos, espera-se que Trump adote uma postura ainda mais assertiva, aproveitando a maioria republicana no Congresso. Em meio a desafios domésticos e internacionais, o novo governo prepara o terreno para uma era de mudanças significativas e potencialmente controversas na política americana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário