domingo, 24 de novembro de 2024

Sergio Moro: polêmicas sobram, mas trabalho pelo Paraná falta

 Sergio Moro: o senador paranaense em busca de holofotes, mas e o Paraná? 

 
Senador Sergio Moro: muita polêmica e pouco trabalho pelo povo do Paraná - Foto: Lula Marques
 
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) parece estar em constante busca por novos conflitos para manter-se no centro das atenções. Após desavenças públicas com figuras do cenário político paranaense, como Ademar Traiano e Ney Leprevost, agora o alvo é o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Mas, enquanto acumula polêmicas nas redes sociais e fora do estado, fica a pergunta: o que Moro tem feito de concreto pelo Paraná desde que assumiu o cargo no Senado?

Na sexta-feira (22), Moro protagonizou mais um bate-boca virtual, dessa vez com Eduardo Paes. A troca de farpas começou após o prefeito chamar o juiz afastado Marcelo Bretas de “delinquente”. Em defesa de Bretas, Moro respondeu atacando Paes, mas recebeu uma resposta à altura. “Recolha-se à sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”, disparou o prefeito, apontando a ambição política como o fator que teria destruído a credibilidade de Moro e Bretas na luta contra a corrupção.  

Essa não é a primeira vez que o ex-juiz tenta alimentar sua relevância política por meio de embates. Recentemente, Moro se envolveu em uma disputa com Traiano e Leprevost. Traiano, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, não hesitou em expor a incoerência do senador, destacando que ele criticou acordos de não persecução penal, um mecanismo que ele mesmo ajudou a implementar enquanto ministro da Justiça. Já Leprevost foi ainda mais duro, chamando Moro de “traidor contumaz” e “oportunista”.  

No entanto, o que mais chama atenção é a ausência de respostas concretas sobre as contribuições de Moro para o Paraná. O senador tem investido mais tempo em brigas e polêmicas do que em apresentar soluções ou projetos que beneficiem os paranaenses. A sensação é de que a atuação de Moro no Senado serve mais a seus interesses políticos pessoais do que ao estado que o elegeu.  

Com eleições de 2026 se aproximando, é impossível ignorar a articulação de Moro, que parece já estar mirando novos desafios eleitorais. Suas ações, muitas vezes deslocadas no contexto ou carregadas de ressentimento, como a crítica à derrota de sua esposa, Rosangela Moro, na campanha para a prefeitura de Curitiba, mostram um político mais focado nos próprios holofotes do que nas demandas reais de seus eleitores.  

Resta saber até quando os paranaenses continuarão assistindo a essas cenas sem questionar: onde está o trabalho de Moro para o estado? Afinal, polêmica por polêmica, os eleitores merecem mais do que apenas espetáculo político.

Ronald Stresser, de Curitiba.

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