Juros estratosfericos transformam dívidas em pesadelos no Brasil. Não bastasse a inadimplência crescente o Banco Central ainda tratou de aumentar a taxa Selic, medida que alguns classificam como "terrorismo econômico"
A realidade dos juros no Brasil continua a ser uma das maiores dificuldades econômicas para os brasileiros. Com a recente elevação da taxa Selic para 11,25%, as consequências têm sido duras, principalmente para aqueles que já enfrentam desafios para manter suas contas em dia.
O rotativo do cartão de crédito, considerado um dos maiores vilões das finanças pessoais, tem atingido taxas superiores a 400% ao ano. Esse nível absurdo de juros compostos – o temido “juros sobre juros” – faz com que dívidas pequenas cresçam rapidamente, tornando-se impagáveis em questão de meses.
Essa política de juros elevados, que teoricamente serve para controlar a inflação, acaba asfixiando o consumidor e prejudicando a economia como um todo. Famílias e empresas, sufocadas pelo custo do crédito, veem-se obrigadas a cortar despesas e postergar investimentos, o que afeta diretamente o consumo, os negócios e a geração de empregos.
A Força Sindical, entidade que defende os direitos e interesses dos trabalhadores e aposentados, bem como diversos especialistas em economia popular têm criticado abertamente essa abordagem do Bacen, chamando-a de "desastrosa" e "irracional". O argumento é simples: juros em níveis tão altos comprometem o crescimento econômico, prejudicam a população e agravam ainda mais a desigualdade.
Para muitas famílias, a dívida no cartão de crédito deixou de ser apenas um incômodo e passou a ser uma armadilha financeira da qual é quase impossível escapar. A sensação é de impotência diante de boletos que crescem sem parar, mesmo quando os pagamentos são feitos regularmente.
É urgente debater soluções viáveis para essa crise. Reduzir as taxas de juros e criar políticas de proteção ao consumidor podem ser caminhos para aliviar essa carga e permitir que mais brasileiros saiam do sufoco.
Até lá, a luta diária para equilibrar as contas continua, com muitos pagando um preço altíssimo por uma política econômica que, para muitos, já passou da hora de ser revista. A população brasileira está cansada de ser feita de refém dos juros bancários.
Stresser, da redação.
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